Alcácer do Sal esteve representada na Marcha da Indignação em Lisboa. Foi uma participação pequena, atendendo ao número de manifestantes - 100.000. Foi uma participação livre, consciente e responsável dos professores da nossa terra.
Os professores não têm medo de avaliações, conforme alguém tenta fazer crer. Eles, até serem professores, foram avaliados vezes sem conta. E isso nunca foi impeditivo de alcançarem os objectivos propostos. Posteriormente continuaram a ser avaliados, de acordo com os modelos que lhes foram apresentados.
O que os professores não querem é ser avaliados deficientemente e manipulavelmente. Sem regras claras, objectivas e mensuráveis e por pessoas mal habilitadas para o efeito.
Para esclarecer melhor esta questão, apresentamo-vos o relato dum facto real.
A cena passa-se no interior dum estabelecimento de ensino em Alcácer do Sal. Em concreto na sala onde o Conselho Executivo está instalado.
Um elemento do Conselho Executivo solicita a um professor que assine uma lista.
O professor, usando os seus direitos, recusa educadamente assinar tal documento.
Outro elemento do Conselho Executivo, também presente, pede imediatamente o processo individual do professor, de forma a registar a recusa para que conste na sua avaliação.
Isto não é avaliar.
Isto é chantagem.
Aconteceu em Fevereiro de 2008, no interior duma escola de Alcácer do Sal.
Como é possível um sistema de avaliação de pessoas permitir tal atitude?
Muitas, muitas outras histórias nos chegaram aos ouvidos...
Como um professor de trabalhos manuais (agora chama-se outra coisa...) avaliar um colega de educação física...
Ou um professor de geografia avaliar um colega de filosofia e um outro de economia...
Ou um professor de Fisico-Química avaliar um colega de Informática...
Ou ...
Por algum motivo apareceram em Lisboa 100.000 dos 143.000 professores existentes em Portugal.
Infelizmente este problema não se restringe ao sistema de ensino.
Já nos contaram muitas outras histórias de "interessantes" avaliações em curso no nosso Município...
Falaremos delas noutro dia.
9 de março de 2008
marcha da indignação
Etiquetas: escola
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