31 de maio de 2008

miragens no deserto das ideias

Hoje, a câmara municipal enviou uma mensagem por telemóvel aos Alcacerenses (aderentes do sistema de sms da cmas). Referia-se aos novos transportes urbanos de Alcácer do Sal. E convidava as pessoas a participar, amanhã, na viagem inaugural.

Acontece que os transportes urbanos em causa já estão em funcionamento há vários anos! Tanto que foram criados pelo executivo anterior... e não mudam.
O que é confirmado oficialmente. Vejamos.

Notícia da folha de Alcácer de Março: "...não se registarão alterações nos percursos e paragens".
"O serviço é rigorosamente o mesmo, a única coisa que muda é que os autocarros vão ser brancos...Circuitos e paragens não muda nada."declaração do Presidente Paredes registada em http://www.mirasado.pt/ , Fev 2008.

Como é possível falar em novos transportes urbanos de Alcácer do Sal se nada muda para os utilizadores? As paragens, os circuitos e os horários são os mesmos. Os autocarros actuais (que foram estreados neste serviço) são substituídos por outros novos. E continuam a ser de borla.


Então, onde estão os novos transportes urbanos?
Resposta: Os novos não existem, porque são os "velhos".

Ao não introduzir melhorias ao funcionamento da rede de transportes, a câmara demonstrou, uma vez mais, a sua incapacidade.
Decorreu o tempo, mais do que necessário, para recolherem dados, avaliarem a situação, identificarem oportunidades de melhoria, planearem a sua execução e implementarem as acções. Porque há muito a fazer para melhorar o serviço. E não mudar significa não evoluir, estagnar, decair.
Então porque não o fizeram?
Porque não sabem fazer melhor, achamos nós. E chegamos a essa conclusão ao analisarmos os resultados apresentados - ou a falta deles.
Neste caso, a única acção visível foi entregar o serviço a privados (*)

Carga a mais para esta gestão autárquica?

Tudo isto tem uma explicação. E sobre isso nós temos uma opinião. Ei-la:

É um facto que esta câmara não consegue fazer obra que se veja.
A confrontação com esse facto causa nervosismo e desconforto aos responsáveis pela gestão autárquica.
O nervosismo tolda as almas e deforma o raciocínio.
Sendo possível atingir-se o desespero, em situações mais avançadas.
Aí perde-se a razão. É-se dominado pela emoção. E aparecem, frequentemente, as decisões irracionais. Com consequências negativas, que também afectam o autor da decisão. É aquilo que se costuma chamar um tiro no pé. Uma coisa frequente naqueles que, ao fazerem a travessia do deserto, têm miragens falsas dum oásis salvador.

E o que são os "novos" transportes urbanos senão uma miragem irrealista, de quem atravessa um deserto de ideias?

(*) - sobre as contas e os custos do serviço falaremos noutro artigo

29 de maio de 2008

outro estudo da comunidade europeia

Foi divulgado mais um estudo da Comunidade Europeia.
Abordava um tipo de exclusão específico - a exclusão financeira.
E analisava, entre outros aspectos, a percentagem da população que não tinha sequer uma conta bancária.
Portugal, neste aspecto, destacava-se pela negativa.
No entanto, noutros aspectos da área financeira, Portugal destaca-se de forma exactamente oposta: falamos dos lucros dos operadores bancários.


À primeira vista pode parecer estranho. Mas não é. Vejamos.

O maior banco português é a CGD.
O dono da CGD é o Estado Português.
Este banco, cujos lucros constrastam com o período de crise prolongada em que vivemos, discrimina os seus clientes em função do seu rendimento económico.

Sejamos concretos.

  1. Uma pessoa que tenha uma conta na CGD com um saldo entre 1.000 € e 1.500 € paga de comissão de despesa de manutenção 20 €uros por ano.

  2. Uma pessoa que tenha uma conta na CGD com um saldo entre 500 € e 1.000 € paga de comissão de despesa de manutenção 28 €uros por ano (mais 8 €uros).

  3. Uma pessoa que tenha uma conta na CGD com um saldo inferior a 500 € paga de comissão de despesa de manutenção 52 €uros por ano (mais 32 €uros).

São excepções os jovens até aos 25 anos, os alunos do ensino superior, os serviços mínimos (seja lá o que isso for) e os titulares de conta-ordenado (o que exclui, entre outros, os desempregados e muitos dos empregados precários do país).

Para ter uma conta bancária, quanto mais baixo for o rendimento, mais ela paga . E o valor a pagar não é desprezável!

Note-se que, na situação actual do País, são muitos os Portugueses que não têm economias. Porque o seu salário é escasso para suportar uma vida com dignidade. Ou seja, o único dinheiro que podem ter no banco é o seu salário, e apenas no início de cada mês!

Não ter conta bancária significa não ter acesso à rede de caixas multibanco. Já imaginou sair do trabalho a correr para ir pagar a conta da água ou da luz e quando lá chega encontra a loja fechada? Já imaginou não poder carregar o telemovel no multibanco? Já imaginou não poder receber um cheque traçado (como pagamento dum biscate por exemplo) porque este tem que obrigatóriamente ser depositado? Já imaginou como seria a sua vida sem acesso ao crédito para a habitação?

Não estamos à espera que os bancos façam caridade. Mas também não esperavamos que os bancos discriminassem negativamente as pessoas de menores recursos. Principalmente quando o dono do banco é o Estado.

Mas não é tudo.

Se tiver uma conta à ordem na CGD, com alguns milhares de Euros e por períodos alargados de tempo (2 ou 3 anos por exemplo), o rendimento que lhe é pago é ZERO! Porque as contas à ordem não rendem juros...

Se tiver uma conta à ordem na CGD (por exemplo conta ordenado) em que o seu saldo entre em negativo, são-lhe cobrados juros mensais. Mesmo que tenha uma outra conta, também na CGD, em que o seu saldo seja substancialmente superior ao valor em negativo. Conta essa em que não lhe pagam juros...e até lhe podem cobrar comissões.

Isto acontece num sector da economia sólido e em forte crescimento. Para o ajudar, a taxa de IRC praticada no sector bancário é menos de metade da taxa aplicada aos outros sectores. Continuamos sem conseguir entender a razão desta excepção. Os bancos não estão em crise (vejam-se os lucros declarados; até podem esquecer as off-shore). Em contrapartida, outros sectores da economia estão em crise, nomeadamente a população Portuguesa. E não são merecedores de apoios equivalentes àqueles que são dados aos bancos. Pelo contrário! Ainda são discriminados, negativamente, pelo sector apoiado pelo Estado.


por: Portugal ao Sol

ser amado sem saber

aviso apresentado, por um cidadão, a um consumidor de combustível, hoje em Alcácer do Sal

conversas na rua

Comentava-se hoje, em Alcácer do Sal, a sessão de câmara extraordinária.
Foi convocada para aprovar a carta educativa do concelho.
O assunto é tão sério que merece os devidos cuidados e atenções.

Ouvimos dizer que a reunião mal começou...
...porque os deputados da oposição abandonaram a sala, em protesto.

Alguém intrigado questionou: Não é costume isso acontecer. O que é que se passou?"

Houve quem explicasse:
A oposição queixa-se de não ter recebido a documentação com a antecedência necessária para a analisar e assim fundamentar a sua opinião. Por isso propôs adiar a reunião 1 semana. É que, segundo afirmaram, não foram cumpridos os requisitos legais...
A proposta da oposição não foi aceite.
Em protesto, os 3 deputados do PCP abandonaram a reunião, deixando os deputados da maioria PS a falar uns com os outros.

Eis que um terceiro acrescenta:
O mais caricato foi o motivo apresentado para recusar o adiamento da reunião.
Sabem qual foi?
Pelo que ouvi dizer, a Srª Ministra da Educação não deixa avançar a nova escola secundária enquanto Alcácer não tiver uma Carta Educativa. E para isso, os vereadores têm que votar e aprovar. Agora estão cheios de pressa. Estarão com medo que a escola não esteja pronta antes das eleições?

Quando outro interviniente remata:
Não pode ser. Então o executivo não disse, alto e bom som, que já tinha feito a sua parte relativa à nova escola e que só faltava o governo cumprir a sua palavra? Enganaram-se outra vez?
Ou sou eu que estou errado?

Dos presentes, todos responderam à última pergunta.

28 de maio de 2008

exclusão


Portugal é o único país da Europa 25 cuja diferença entre os mais ricos e os mais pobres ultrapassa a dos Estados Unidos, ou seja, onde a repartição da riqueza é mais desigual.

Relatório sobre a situação social na união europeia em 2007
extracto retirado do DN de 28 de Maio de 2008



A taxa de risco de pobreza mais elevada em Portugal era de 42%, registando-se nos grupos compostos por idosos vivendo sós e famílias com dois adultos e três ou mais crianças.
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extracto retirado do DN de 28 de Maio de 2008
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Em simultâneo, o 1º ministro continua a responsabilizar os seus antecessores do psd. Que dessa vez nem sequer cumpriram 4 anos de mandato... e que foram antecedidos pelo ps na governação...

Sejamos honestos.

Portugal é governado há 30 anos pelos mesmos partidos. A situação actual do país deriva das acções de muitos dos governos anteriores, e não apenas do último. Assim como depende do governo actual.

Não venham com a desculpa da crise mundial, que existe mas não justifica tudo.

Senão vejam a forma como os nossos vizinhos Espanhóis enfrentam esta mesma crise. E comparem a sua situação com a nossa.

27 de maio de 2008

Alcácer de plástico? Não, obrigado.

Os Açores "têm de ser servidos pelos melhores... Se estes não forem filiados no PS, paciência" afirmou Carlos César, esta semana, na sua terra.

Manuel Alegre afirmou recentemente que Carlos César "não é um socialista de plástico".

Temos pena de não ouvir estas expressões acerca de Alcácer do Sal...

E aquilo que nos é dado a observar contradiz as palavras de Carlos César.

Com consequências visíveis: não há obra que se veja na nossa terra!

Será do plástico?
Ou será falta de habilidade e débito de conhecimento?

É urgente a tomada de acções que invertam o abominável estado de estagnação em que estamos mergulhados.
A continuar neste ritmo não vamos lá.

Alcácer merece mais!

estado social

O Diário de Notícias de 26 de Maio de 2008 apresenta uma reportagem sobre a Noruega. País com semelhanças à Finlândia, seu vizinho e "inspirador" do nosso governo - de forma passageira, para nossa infelicidade.

Fala-se muito da América, da Alemanha, da França, etc. e muito pouco dos países nórdicos.

Há, na nossa praça, muitos senhores ilustres a convencerem-nos de que Portugal está a seguir o caminho certo, não havendo alternativas viáveis ao rumo escolhido...

Demonstra a realidade outras formas de organizar, estruturar e governar as sociedades com sucesso. Para além do abominável modelo liberal - já lhe chamam socialismo de meia tijela... um neologismo a reter.

E se a nossa realidade difere da realidade do norte da Europa, a ponto de não ser possível a comparação com ela, também difere da realidade da América, da Alemanha e até da França.
Uma coisa é ser cego.
Outra coisa é não querer ver, ou sofrer de visão selectiva. Desprezando o interesse global da sociedade em benefício de uma pequena minoria.

Os dados disponíveis permitem corrigir facilmente os desvios de visão. E infelizmente abundam. Parece que só falta a vontade...
Uma sociedade com 20% da população a viver em pobreza, com a maior diferença na distribuição da riqueza da Europa, com perdas contínuas de qualidade de vida, na saúde, na justiça, na educação, no trabalho e na solidariedade social não é certamente uma sociedade de que alguém se possa orgulhar.
Excepção para os 3% da população que estão cada vez mais ricos. E que consideram, dum modo geral, o estado social como um alvo a abater...


Há mais Portugal para além do défice!


por: Portugal ao Sol

26 de maio de 2008

ivas


O Diário de Notícias de hoje publica uma pequena notícia sobre o México.
O tema é actual. Concilia a questão do aumento do preços dos alimentos com os impostos sobre eles aplicados.
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Em Portugal, o preço dos alimentos também tem subido substancialmente. O que é normal atendendo à característica global do fenómeno.
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Tratando-se de bens alimentares de primeira necessidade, com um grande impacto nos mais carenciados, a questão do IVA que lhes está aplicada aparecerá inevitavelmente em discussão.
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Não estamos com isto a dizer que se devem baixar as receitas fiscais.
Mas há correcções ou ajustes que se podem e devem fazer.
Porque não faz sentido que a taxa de IVA aplicada ao leite, ao pão, ao arroz, etc. seja a mesma que é aplicada à coca-cola ou ao red bull...
Porque não faz sentido que as fraldas para bébés paguem 21% de IVA, quando ao mesmo tempo se diz que é necessário aumentar as taxas de natalidade.
Porque não faz sentido que, para um casal, seja mais caro ir a Setúbal de comboio do que de carro particular...
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Porque não faz sentido vivermos num minúsculo país com mais de 2 milhões de pobres!
E fundamentalmente, porque é possível fazer mais e melhor!
por: Portugal ao Sol

25 de maio de 2008

provas para as estatísticas?


Terminaram recentemente as provas nacionais do ensino público.
Estiveram envolvidos os alunos desde o 1º ciclo até ao secundário.
Falámos com alunos e professores.
A opinião de ambos, sobre as provas, foi praticamente unânime: "muito fáceis".

Estranho, não é?
Talvez nem tanto. Lembremo-nos das embrulhadas em que o ensino anda metido em Portugal.
Com exames fáceis esperam-se notas boas. E, pelo menos nas estatísticas, vamos ver melhorias significativas. O que dá direito a futuros auto elogios do governo. Independentemente de os alunos terem ou não evoluído na aquisição de novas competências.

São as aparências que mais interessam ao ministério da educação?

Até parece que sim.

Já nos processos de avaliação dos docentes, parecia haver mais preocupações com os professores do que com a aprendizagem dos alunos...

Tudo isto dá um imenso jeito ao ensino privado.
Até parece que Portugal pode esperar...

autoridades para quê?

Os preços dos combustíveis foi muito discutido no último debate parlamentar com o governo.

A determinada altura o governo falou. E disse que era preciso esperar pelas conclusões do estudo encomendado à Autoridade da Concorrência.

Ficamos admirados. Então é preciso pedir àqueles senhores para fazerem o trabalho que devia estar feito? Não é para isso que lhes pagam o ordenado? Não é essa a sua obrigação? Julgamos que a pergunta deveria ter sido feita ao contrário: porque é que o estudo não está pronto? Estiveram a descansar ou a analisar a concorrência das batatas?

O preço final dos combustíveis sobe mais do que o preço do crude - façam as contas em Euros, que é actualmente a nossa moeda. E tenham em consideração a desvalorização do dólar. As subidas dos preços nos postos de distribuição são sincronizadas. Mas mesmo assim há que continuar a esperar. Não vêem motivos para agir rapidamente...

Vamos ter que esperar pela análise da autoridade da concorrência. A mesma autoridade que se pronunciou, há poucos meses, contra a aquisição das Auto-Estradas do Atlântico pela Brisa... e que acabou por ver a sua recomendação contrariada pelo actual governo. Ao que a Brisa agradeceu e... monopolizou.

Se há uns meses desprezaram as conclusões da autoridade porque é que agora dizem que ela é determinante?

Estamos desconcertados perante a sensação de que, em ambas as situações, se privilegiaram os grandes grupos económicos... e não nos parece que o país, ou seja, os Portugueses, tenham tido alguma vantagem com estas decisões.

por: Portugal ao Sol

24 de maio de 2008

desprezo por quem paga

As contas do exercício de 2007 da CMAS foram apresentadas na última assembleia municipal .
Essa apresentação foi feita pelo Sr. Vice Presidente João Massano.
Cheia de auto elogios.
E com um agradecimento único, aos funcionários da câmara, pelo seu contributo nos resultados obtidos.

Acontece que estes resultados foram conseguidos, em grande parte, à custa do aumento das receitas fiscais!
Ou seja, os impostos directos (IMI, IMT, IMV e derrama) cresceram 36% num ano!
Isso mesmo!
Em 2006 os impostos directos alcançaram o valor de 2.384.246,48 €.
Em 2007 o valor foi de 3.252.990,42 €uros!

Perante este facto, é impossível esconder a importância dos contribuintes nos resultados conseguidos.

Para o Sr.Vice Presidente João Massano, os contribuintes, que lhe pagam o salário todos os meses, não tiveram direito a qualquer agradecimento.
Opções que revelam o espírito e o carácter de quem gere a nossa terra...
...com desperdícios e ineficiências gritantes...

Todos nos lembramos!

Lembramo-nos dos mais de 200.000,00 €uros devolvidos à CCDRA. Para destruirem o projecto do Cartão do Munícipe. Sem nada, absolutamente nada, em troca! Adicionando os restantes investimentos feitos no projecto, o prejuízo da câmara acabou por ficar próximo dos 300.000,00 €uros!

Lembramo-nos da construção dum skate park à custa da destruição dum mini golf. Como se não houvesse mais onde intervir, em Alcácer do Sal.

Lembramo-nos da reorganização do pessoal da câmara. Com o número de técnicos superiores a crescer em flecha (jobs?). Sem resultados à vista... A ponto de pagarem, mais de 100.000,00 €uros, para alguém lhes dizer o que fazer. Quando já o deveriam saber quando chegaram ao poder.

E muitos outros casos...
Em simultâneo, não há obra feita que se veja!

Nós, os contribuintes, continuamos a pagar.
E pagamos imenso para desperdícios e ineficiências.
É uma tristeza.


Até quando?

...................................
NOTA:
Não quer isto dizer que, os funcionários da câmara, não mereçam um agradecimento. E que o seu esforço e dedicação não seja louvado. Na realidade, a responsabilidade pelos desperdícios e pelas ineficiências geradas não são deles. Mas de quem os dirige. Com pouca habilidade e débito de conhecimento.

22 de maio de 2008

opções...

O aumento dos combustíveis, dos produtos alimentares, dos juros, enfim, do custo de vida em geral, estão a asfixiar a grande maioria dos Portugueses.
A este cenário não podemos deixar de referir a influência directa dos governos de Portugal nas últimas décadas. Sempre a decidirem o "melhor" para o país, conduziram-nos a este estrangulamento desesperante. Excepção feita para os grandes grupos económicos.

Há cada vez mais pobres.
O desemprego real não desce.
Os Portugueses voltaram a emigrar em massa.
Voltou a sopa dos pobres em versão século XXI.

Ontem, no parlamento, o primeiro ministro debateu a situação económica do país.
Apresentou acções concretas para combater a crise.
As acções apresentadas, com impacto directo nos Portugueses - as famílias - foram apenas duas:

  1. o preço dos passes sociais, para quem vive na grande Lisboa, vão ser congelados (será que Porugal é Lisboa e nós somos paisagem?)
  2. aumento do abono de família, mas apenas para o 1º e 2º escalões (excluindo quase metade dos abonados...)

Na perspectiva do primeiro ministro não deve ser preciso fazer mais nada em prol da grande maioria dos portugueses.

No mesmo debate, o primeiro ministro considerou que não havia razões para mexer no escandalosos preço dos combustíveis em Portugal.

E não havia razões para actualizar os salários, em função da discrepância entre a inflação prevista em orçamento e a inflação real de Portugal. Fenómeno que se repete sucessivamente, desde o início do século...

E "escandalizou-se" quando lhe lembraram que há pessoas que passam fome em Portugal!

Farão de nós estúpidos? Ou apenas nos desprezam, em detrimento de outros interesses?

por: Portugal ao Sol

20 de maio de 2008

QREN

O novo quadro comunitário de apoio - QREN - integra um programa designado por "Política de Cidades - Parcerias para a Regeneração Urbana".

Alcácer do Sal era uma das cidades elegíveis.
O financiamento podia alcançar os 70% das despesas aceites.
Um dos objectivos do apoio centra-se na competitividade das cidades. Exactamente aquilo que nos faz falta!
O prazo para recepção de candidaturas terminou em 30 de Abril de 2008.

Fomos informados de que o município de Alcácer do Sal não apresentou qualquer candidatura.

Porquê?

Não necessitamos de apoio financeiro para nos desenvolvermos? Ou,
Somos governados por pessoas incompetentes?


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NOTA:
Já estamos a imaginar alguém a dizer que há muitos outros programas no QREN...
Mas, atendendo à nossa abominável situação, todos os apoios são poucos.
E não há razões para desperdiçar NENHUM recurso disponível.
Os apoios financeiros existem. O que não existe é habilidade e saber para os utilizar.
Estarão à espera que uma empresa de Lisboa faça o trabalho por nós?

nevoeiro


Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer -
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
.
Ninguém sabe que coisa quere.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
.
Fernando Pessoa, Mensagem

gaz-jacking?

Os combustíveis não param de aumentar em Portugal.
O petróleo bruto também tem aumentado no mercado internacional. Onde as transações se fazem em dólares...
Os valores mudam radicalmente porque o dólar se está a desvalorizar. Ou seja, um €uro vale agora cerca de 1,60 dólares... e quando foi criado valia menos de 1 dólar!

Mas os factos reais parecem não interferir no nosso país.
Senão vejamos:


  • o gasóleo aumentou, esta década em Portugal , cerca de 100%; na Europa comunitária o aumento médio (no mesmo período) foi de 53% aproximadamente
  • a gasolina aumentou, esta década em Portugal , cerca de 62%; na Europa comunitária o aumento médio (no mesmo período) foi de 32% aproximadamente

Porquê?

Será que isto se deve à liberalização do mercado, da autoria do governo do Sr. Durão Barroso?

Será que isto se deve ao facto de haver uma cartelização do mercado?
.
Será que isto tudo acontece, sem uma intervenção concreta do governo de Portugal, porque o preço dos combustíveis não interfere no desenvolvimento do País? Ou será que não convém incomodar aqueles que estão a ganhar com este negócio?

.

Afinal o que é que está em causa:

  • o desenvolvimento de Portugal, ou
  • o desenvolvimento económico de um grupo muito restrito de pessoas?

.

A guerra do Iraque deu um impulso no aumento do preço do petróleo.

Portugal, através do Sr. Durão Barroso, também deu um impulso à guerra do Iraque - quem não se lembra da cimeira dos Açores... em oposição à maioria comunitária.

Há razões muito concretas para Portugal continuar a divergir em relação à Europa. Mas não parece haver problemas... afinal temos o campeonato europeu de futebol para nos entretermos.

por: Portugal ao Sol

19 de maio de 2008

SEIS MESES é muito tempo

Na folha de Alcácer de Novembro de 2007, já lá vão mais de seis meses, anunciava-se a obra da estrada da Ameira.

Estas obras ainda estão longe de estar terminadas.
Têm causado muitos incómodos às pessoas.
E já se arrastam à tempo demais.
Senão vejamos.
Aquele troço não chega a ter 2 km.
Se a estrada já estivesse pronta, podiamos dizer que foi arranjada à velocidade aproximada de 300 m/mês. O que, perante a tecnologia hoje disponível, é simplesmente ridículo.
Imaginem quantos séculos seriam necessários para construir o aeroporto em Alcochete a esta velocidade...
.
Então, se a demora não se deve a questões tecnológicas, a que se deverá?
.
Poderemos pensar que há falta de dinheiro.
Sobre este aspecto, o Sr. Presidente Paredes ilucidou-nos quando afirmou: "Esta câmara não é das piores. Há dinheiro e o executivo anterior não nos deixou uma situação financeira complicada." (afirmação publicada no semmaisjornal de 10 de novembro de 2007)

Se a demora na execução desta obra não se deve a questões tecnológicas nem financeiras só nos resta uma outra hipótese:

É uma questão humana.

Ou seja.

Há materiais disponíveis, há tecnologia acessível e há dinheiro.

Mas não há saber nem habilidade para tirar proveito disto tudo.

Não conseguem fazer bem, rapidamente e com custos controlados.

E quando não se consegue fazer isto, é impossível introduzir factores de mudança, fundamentais numa sociedade desenvolvida e competitiva.

Assim não vamos lá.

Alcácer merece mais!

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NOTA:

Exemplos como este abundam no nosso concelho. Basta visitar os artigos antigos do Alcácer do Sol para recolher inúmeros outros exemplos. Ou seja, esta não é nenhuma excepção à regra. Este é o nível de desempenho do nosso executivo camarário.

16 de maio de 2008

será desta?

Esta semana tem-se verificado muito empenho e muita energia na construção do Muro da Vergonha.
Já não se vêm os blocos castanhos. Agora são cinzentos, côr do cimento.
Vislumbram-se inúmeros pilares, altos, bem altos.
Ou seja, vamos ter um Muro da Vergonha grande, para se ver bem.
Questões arquitectónicas ou arquitontices?


Esta é certamente uma das obras marcantes do 1º semestre de 2008 em Alcácer do Sal (a obra começou em Fevereiro).
Também é uma evidência da velocidade de modernização da nossa terra.
É que, de há uns tempos para cá, as coisas são como devem ser... primeiro planeia-se; depois orçamenta-se; a seguir cabimenta-se; finalmente executa-se. Isto é que é!
Se alguém julgar que a construção dum muro é uma obra simples, está redondamente enganado. E a prova está aqui, no Muro da Vergonha.
Caso contrário já estaria pronto há muito tempo!

Mas pelos vistos agora é de vez.
Vamos ver o resultado final...

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P.S. - Uma coisa é certa. As pessoas que ali trabalham não têm qualquer responsabilidade nas trapalhadas ali expostas. Apenas se limitam a cumprir as instruções dadas pelos incompetentes donos da obra.

15 de maio de 2008

houve outra alegria nas ruas

Comentava-se na rua uma reunião importante que decorreu em Alcácer no início da semana.
Foi à noite e até vieram pessoas de Setúbal...
Houve quem não conseguisse ficar até ao fim. E, pela cara dos intervenientes que saíam da reunião, a agenda era certamente indigesta.

Tão indigesta que um dos participantes da conversa na rua lembrou: "nunca as palavras do Presidente Paredes se aplicaram tão bem; nessa noite via-se que havia outra alegria nas ruas, que andavam mais ocupadas à noite..." (1)

A que um outro acrescentou: "é verdade, o Presidente acaba por ter razão ao dizer que as pessoas achavam que em Alcácer não se passava nada, mas que entretanto passou a passar-se..." (2)

Advinhe você que reunião importante terá sido para merecer tantos comentários nas ruas de Alcácer do Sal.

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NOTAS:

(1) - Pedro Paredes afirmou "vê-se que há uma outra alegria nas ruas, que andam mais ocupadas à noite" ao semmais jornal de 10 NOV 2007

(2) - Pedro Paredes afirmou "As pessoas diziam que em Alcácer não se passava nada. Então passou a passar-se." ao semmais jornal de 10 NOV 2007

no reino do improviso

Com a organização da câmara municipal, decorrerá no próximo fim de semana o programa: Canto de Improviso. (*)

Esperamos um programa de muito elevada qualidade, atendendo ao elevado nível de improvisação aplicado pela câmara na gestão de Alcácer. É que a experiência conta muito nestas coisas.

Estamos mesmo em crer que, nesta área do improviso, existe um potencial tão vasto que poderemos aspirar a uma posição de relevo a nível internacional.
Quem sabe se os Suecos não resolvem criar o Nobel do Improviso para nos premiar?

por: Portugal ao Sol

(*) - de acordo com a informação disponibilizada em www.rostos.pt

mudam-se os tempos, mudam-se as ilusões?

Na última Assembleia Municipal o Sr. Presidente Paredes voltou a falar sobre o Plano Operacional de Desenvolvimento - Acção Estratégica.
Escutámos com atenção.
E ficámos confusos.
Parece-nos que há falta de coerência entre o discurso do ano passado (2007) e o discurso deste ano (2008).
Desta vez não ouvimos o Sr. Presidente Paredes falar de temas que valorizava há bem pouco tempo.
Sejamos concretos.

  • Será que o Sr. Presidente já não está empenhado em "atrair empresas ligadas à ... noite... e à dança"? (1) Terá entretanto percebido que a dinamização económica é algo mais complexo?
  • E a especialização de Alcácer já não se restringe aos desportos de ar livre? Terá finalmente descoberto que há outras cartas no baralho? (2)
  • E que dizer sobre a promoção de "actividades agrícolas, como visitar uma quinta pedagógica, andar de bicicleta e a cavalo"? (3) Ciclismo agrícola? Hipismo agrícola? Inovador, sem dúvida. Pena que a ideia não sobrevivesse...

Confuso, não acham?

Para quem se julgava capaz de governar o mundo...

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NOTAS:

(1) - afirmação de Pedro Paredes extraída do semmais jornal de 10Nov2007

(2) - em 28Fev2007 Pedro Paredes afirmou ao Notícias do Litoral :"penso que a especialização de Alcácer são mesmo os desportos de ar livre"

(3) - afirmação de Pedro Paredes ao Notícias do Litoral de 28Fev2007

embargada?

Terá sido embargada?
Suspensa foi de certeza. As imagens falam por si.


Falamos de uma intervenção camarária em frente à Escola Secundária, perto do Sr. dos Mártires.
A escavação arqueológica começou.
A escavação arqueológica parou.
E daí ainda não passou. Já lá vão muitas semanas.
Quando terminará?
Porquê?

Já é normal que as obras parem sem ninguém entender porquê.
Lembram-se do museu?
Lembram-se da estrada da Ameira?
Lembram-se do pavilhão da feira?
Se for necessário damos mais exemplos.


É evidente a incapacidade deste executivo em conduzir processos de mudança, por muito simples que sejam - vejam o muro da vergonha.
Será incompetência?



Chegou-nos a informação de que neste caso o IGESPAR (antigo IPPAR) teve que actuar. O que originou a interrupção da escavação. E o consequente pedido de esclarecimentos ao responsável da obra. Esclarecimentos que parecem levar muito tempo a dar...
Pelos vistos há dúvidas sobre a metodologia utilizada naquela escavação.
Dúvidas essas que são suficientes para pararem a obra. Que ali está ao completo abandono.


Porque será?
Será incompetência?

P.S. - Falando com as pessoas que ali trabalhavam, foi-nos dito que aquele espaço seria seguidamente aterrado para então se construirem ali moradias...
...isto é que é amor ao património arqueológico!

escasseiam os sinais de trânsito?

Ontem era bem visível, no cruzamento do restaurante Leonardo, uma deformação do pavimento que representava um risco para a segurança rodoviária.
Pelo que se pode observar das fotografias, esta deformação está cerca de 70 cm dentro da faixa de rodagem, se considerarmos o lancil do passeio como o seu limite (não há qualquer sinal a alertar para a redução da largura da faixa de rodagem)
Para além disso, aquilo que é bem visível durante o dia transforma-se numa armadilha quando a visibilidade diminui - à noite, por exemplo.




Esta deformação não apareceu dum momento para o outro.
Durante o dia só passa despercebida aos mais distraídos.
E pode causar um acidente rodoviário.
Mesmo assim não foi alvo alvo de qualquer sinalização.
Nestas situações, e enquanto não se reparam as deficiências, é necessário agir preventivamente. Para isso existe a sinalização rodoviária.



Será que estamos a ver mal e isto não representa perigo algum...
...ou será que alguém anda a ver menos bem e não dá a devida importância à segurança dos cidadãos?

14 de maio de 2008

arquitontice em evolução

Na última Assembleia Municipal o executivo camarário foi questionado sobre o Largo Luís de Camões.

Respondeu o Sr. Presidente assumindo que ainda não tinham tido tempo de lá ir, prometendo uma intervenção no local.

Já aqui mostrámos que o Sr. Presidente se equivocou, tantas foram as intervenções no largo. Mas a dinâmica instalada é tal que as intervenções surgem umas a seguir às outras. E recentemente fomos surpreendidos com mais uma!

A iluminação da parte inferior do toldo dos táxis - arquitontice 2.
.


Na realidade o toldo já era iluminado pelos candeeiros de iluminação pública. Mas apenas na superfície superior. Que o toldo tapou... Agora foi iluminada a parte inferior. A isto se pode chamar uma arquitontice em evolução!

A necessidade de iluminação dos espaços públicos é indiscutível. Mas a forma como alcançar esse objectivo não pode ser desprezada. Aqui, a solução aplicada é a mesma que predomina nas feiras de província - simplesmente lâmpadas fluorescentes.
Se para uma feira (instalações provisórias e de curta duração) aquela solução é aceitável, para uma instalação definitiva num dos locais mais nobres da cidade é uma aberração.

Em termos de arquitontices, aquele tipo de iluminação acaba por se integrar perfeitamente no nível estético ali presente.
Só que nada daquilo faz sentido naquele local em particular.

É caso para usar as palavras do Sr. Miguel Sousa Tavares:

"Por favor, não governem mais!
...não há nada mais perigoso do que políticos sem ideias mas cheios de iniciativas.
...não há nada mais assustador do que os decisores desatarem a tomar decisões que ninguém lhes pediu e cuja necessidade ninguém sente. Apenas porque acham que assim estão a mostrar serviço."
(*)


Alcácer merece mais!


(*) jornal Expresso de 10 de Maio de 2008

sondagem com adesão recorde

à pergunta:

"em sua opinião, ao contratar uma empresa de Lisboa para fazer o estudo de enquadramento estratégico de Alcácer, o executivo camarário demonstrou que:"

foram apresentadas as seguintes opções:

  • não tem ideias válidas
  • não sabe planear
  • não consegue executar
  • é incompetente
  • é genial

Nesta sondagem houve 639 participações!

Cerca de 10 vezes mais participações do que é habitual noutras sondagens do Alcácer do Sol.

Estranho... verificámos que, contrariamente ao que tinha ocorrido anteriormente , cada computador deixou de estar limitado a um único voto. Ou seja, passou a ser possível, a cada computador, adicionar um voto cada vez que se ligasse à internet. Era só uma questão de ligar, votar, desligar, ligar, votar, ...e assim sucessivamente. Esta alteração é totalmente alheia ao Alcácer do Sol, sendo da responsabilidade do www.blogger.com (administrador do sistema de blogs)

Gostamos de saber que atraímos as atenções das pessoas do Concelho de Alcácer do Sal. Gostamos de saber que incomodamos alguns vendedores de ilusões. Mas não gostamos de tudo. Não gostamos que houvesse pessoas a esforçarem-se em adulterar resultados. Há várias evidências. Numa delas, num domingo à noite, entre as 23 e as 23:30 horas, houve 63 votos introduzidos, todos eles na opção do genial - mais de 2 votos por minuto, todos na mesma opção. Estatisticamente, e tendo por base a população do Concelho, isto só é possível através de pura manipulação. Terá valido a pena?

O que está em causa é se os Alcacerenses são ou não capazes de definir uma estratégia de desenvolvimento para a sua terra.

  • caso haja Alcacerenses capazes de conceber e elaborar um plano de desenvolvimento, então não haveria motivo para pagar a uma empresa de Lisboa para o fazer;
  • caso não haja Alcacerenses capazes de realizar tal tarefa, ou seja, definir o seu próprio futuro colectivo, então a solução correcta era pedir a quem soubesse. Mesmo que pouco ou nada conheça do nosso Concelho... que foi a opção do executivo camarário.

Foi esta útima opção a escolhida por 60% (389 votos) dos participantes. Ou seja, aqueles que consideraram esta decisão "genial".

Estranhamos haver tamanho número de pessoas a assumirem a incapacidade da sua terra na condução dos seus destinos. Isso não significa que não respeitemos a vontade da população de Alcácer. Por isso explicamos a nossa estranheza.

Nas últimas eleições, o partido vencedor teve 45% dos votos (aprox.).

Que terá acontecido para que esse apoio tenha crescido 33% (de 45 para 60%) depois dos disparates todos que têm andado continuamente a fazer? Quando, ainda por cima, existe um conflito aberto entre eles mesmos? Conflito esse que nos tem dado a conhecer melhor a sua essência...

Ao tentarmos entender este fenómeno, acabamos por nos deparar com as palavras do Sr. Vice Presidente da Câmara, quando afirmou:

"...há algumas zonas sombrias dentro do PS. Sem dúvidas que as há...Essa sombra existe. É uma espécie de mão invisível a tentar ou até mesmo a controlar tudo aquilo que puder, na tentativa de manipular - e manipula..." (*)

Está tudo dito! Só não quem é cego.

(*) - afirmações integrantes da entrevista publicada no jornal Litoral Alentejano de 15/4/2008

Post Scriptum

Agradecemos a todos, sem qualquer excepção, a divulgação dada ao Alcácer do Sol. Sem o empenho destes valiosos colaboradores não seria possível atingir o número de visitas alcançado. O que faz do Alcácer do Sol o líder regional de opinião na internet, cuja temática se centra em Alcácer do Sal.

Uma vez mais, muito obrigado, a todos!

7 de maio de 2008

quem não sabe... compra feito

A ponte metálica sofre obras de manutenção há já muitos meses.
Como consequência dessas obras, a circulação rodoviária sofreu um grande impacto.
Principalmente porque a travessia do rio passou a ser alternada.
Perante este cenário, não houve qualquer readaptação à circulação rodoviária.
As consequências são bem visíveis.
A confusão aumentou.
A rotunda encolheu.
Foi invadida pelos veículos de maior dimensão.

Primeiro foi o lancil a destruir-se.


lancil não resiste e desintegra-se
nunca foi arranjado
repare-se na sinalização ali colocada...

Depois foi o foco de iluminação embutido.
este foco ficou completamente destruído
a gestão da cidade limitou-se a tapa-lo com terra...

Ultimamente os estragos avançaram.
Ontem era uma tampa metálica:
repare que nem sinalização existe!
o buraco está lá
a tampa está partida
como foi possível chegar-se a este estado?

esta fotografia é desta semana!

Deixar chegar a situação a este ponto é lamentável. Ainda por cima quando está em causa a segurança dos cidadãos.

É necessário adaptar o local à realidade presente. E a circulação alternada na ponte é um facto definitivo. Se assim é porquê esperar tanto tempo para por ordem na rotunda?

Estarão à espera que os Senhores de Lisboa lhes venham dizer como é que devem fazer?

Terá sido para isso que lhes vão pagar mais de 130.000,00 €uros?

Se para fazerem um muro (ou será um passeio com estacionamento?) demonstram tanta dificuldade, este tipo de intervenção é claramente areia a mais na camioneta.

Assim não vamos lá.

Alcácer merece mais!

a ilusão dum oásis

Na década passada fomos presenteados com um oásis por um dos governos da altura.
Sim, um oásis!
Ou seja, aquilo que nos rodeava, a Europa e o Mundo, eram um deserto.
Portugal era o oásis no meio desse deserto.
Estava-se na época do dólar e do petróleo baratos. Havia grandes injecções de dinheiro da Comunidade Europeia.

Se não fossem as forças de bloqueio, suponho que teríamos alcançado o estatuto de mega-oásis. Mas não houve tempo para lá chegar...
coisas de tabus...

Desse oásis herdamos, nesta década, uma longa crise económica, social e ambiental, de como já não há memória.

Recentemente, mais concretamente no dia 25 de Abril de 2008, disseram-nos que "vender ilusões não é seguramente a melhor forma de fortalecer o imprescindível clima de confiança que deve existir entre os cidadãos e a classe política". (*)

Acredite que esta é mesmo verdade!
E foi-nos apresentada pelo criador do nosso oásis...

(*) - frase extraída do discurso do Sr. Presidente Cavaco Silva no 25 de Abril de 2008


por: Portugal ao Sol

falta de tempo? certamente que não

Na última Assembleia Municipal, uma deputada questionou o executivo sobre a necessidade de se intervir no Largo Luís de Camões.

Neste local o estacionamento é difícil e desordenado.
A circulação rodoviária é caótica.
O espaço está mal gerido, com prejuízo para a economia local, para o turismo, para o ambiente, para a mobilidade e para a qualidade de vida dos cidadãos em geral.
Esta era uma das grandes críticas pré eleitorais da equipa actualmente em funções.
E todos reconhecem que tarda uma intervenção para reabilitação do local.

Não estão em causa ideias, porque essas não faltam.
O que está em causa são resultados. Esses escasseiam!
E neste aspecto pareciam estar todos de acordo!

Até o Sr. Presidente, que afirmou que ainda não tiveram tempo de ir ao Largo Luís de Camões... prometendo uma intervenção para ...
Para quando Sr. Presidente?

Estranhamos a resposta do Sr. Presidente Paredes à pergunta da Deputada.

Explicamos porquê:

1. Toldo dos Táxis





conseguiu-se tapar a ponte...
conseguiu-se tapar o rio...
conseguiu-se afastar dali as pessoas





2. Venda de Camarão

o toldo que não tapa o sol... onde era preciso
o barco que despreza questões básicas de higiene
não há refirgeração para o camarão
não há onde lavar as mãos
a saúde pública foi desprezada



3. Regulação do Estacionamento Automóvel


os parquímetros foram instalados, validados e pagos
permitiam distinguir positivamente os utilizadores
(moradores, comerciantes, deficientes, etc.)
nunca foram postos a funcionar
rejeitaram-nos
em troca de nada
porquê ?

dinheiro directamente para o lixo
até parece que somos ricos...
4. Instalação de Equipamentos Destituídos de Sentido



5. Desmantelamento de Candeeiro de Iluminação Pública

destruir para quê?
com que fim em vista?


Como as imagens provam, houve tempo para intervir no Largo Luís de Camões.
O que não houve foi habilidade, arte, saber e competência.
O que repetidamente aparece em inúmeros outros locais da nossa terra.
Alcácer merece mais!