29 de dezembro de 2008

mais do mesmo

Apresentamos aqui um extrato da acta duma Assembleia Municipal realizada há mais de uma ano:

________________________________
" ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ALCÁCER DO SAL

SESSÃO ORDINÁRIA DE 21 DE DEZEMBRO DE 2007
ACTA Nº 06


O Presidente da Câmara…
Quanto à ampliação da Escola do Morgadinho, existe uma verba cativa para que
no final de 2008 se possa iniciar a obra, pelo que se não for apoiada pelo Governo
será a Autarquia a financiá-la.

____________________________

Mais uma obra adiada...
Uma vez mais,os compromissos assumidos não foram honrados.
Quem assim se comporta, repetidamente, não merece confiança.
Tiveram todas as condições para mostrar trabalho.
A grande maioria das promessas não passarou do plano das intenções.
Enganaram-se ou enganaram-nos?
Tanto faz.
Certo é que esta equipa já mostrou que não tem capacidade para liderar Alcácer do Sal.

Bora lá mudar!

21 de dezembro de 2008

incubadora... de intenções

Aconteceu há um ano, precisamente.
Em plena Assembleia Municipal.

A promessa foi apresentada por Pedro Paredes - "início da obra de reabilitação e ampliação do Mercado Municipal que integrará, para além da continuação do mercado no piso 0, uma incubadora de empresas no piso 1".

E reforçada, na mesma ocasião, por João Massano com a afirmação de que o orçamento de 2008 contemplava " de facto aquilo que se vai realizar, não aquilo que teriam intenção de fazer".

Mais... do mesmo!
Onde estão as obras no mercado municipal?
Onde está a incubadora de empresas?
Pode-se confiar em quem não cumpre a sua palavra?
Têm maioria absoluta.
Têm dinheiro.
E falham.
Que lhes faltará?
Sabedoria? Habilidade? Resistência?

Alcácer merece mais!

_______________________________
Nota:
Apresentamos alguns trechos extraídos da Acta Oficial da Assembleia Municipal acima referida:

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ALCÁCER DO SAL
SESSÃO ORDINÁRIA DE 21 DE DEZEMBRO DE 2007
ACTA Nº 06

6- ANÁLISE E VOTAÇÃO DO DOCUMENTO “GRANDES OPÇÕES DO PLANO (PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS E ACTIVIDADES MAIS RELEVANTES) E ORÇAMENTO PARA 2008”;
O Presidente da Câmara Municipal deu início à apresentação do documento
referido, fazendo uma exposição introdutória do mesmo: “O Orçamento que vos apresentamos é um Orçamento de transição.
...a situação não é no entanto desesperada e
não nos vai impedir de realizar uma série de iniciativas de que convém destacar as seguintes:
...
- início da obra de reabilitação e ampliação do Mercado Municipal
que integrará, para além da continuação do mercado no piso 0, uma incubadora de empresas no piso 1.

No seguimento do proferido pelo Presidente da Câmara, interveio o Vice-Presidente...
Classificou o Orçamento como um documento de rigor, que
contempla de facto aquilo que se vai realizar, não aquilo que teriam intenção de fazer.

15 de dezembro de 2008

não venda a alma ao diabo!


14 de dezembro de 2008

os 850 merecem ser comemorados

A CMAS colocou na cidade muitos cartazes sobre os 850 anos de Alcácer do Sal.
Têm enfeitado a nossa terra ao longo de muitos meses.
850 anos é, realmente, um marco assinalável.
Há um ano atrás já havia quem solicitasse uma comemoração digna desta data.
Para o comprovar recorremos a uma acta da Assembleia Municipal de Dezembro de 2007.

Nela podemos ler:

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ALCÁCER DO SAL
SESSÃO ORDINÁRIA DE 21 DE DEZEMBRO DE 2007
ACTA Nº 06


De acordo com a historiografia nacional, no próximo dia 24 de Junho de 2008 completam-se 850 anos sobre a data da conquista de Alcácer do Sal pelos exércitos comandados pelo primeiro rei português, D. Afonso Henriques. É uma efeméride cuja importância a levou a ser considerada para feriado municipal, e como tal comemorada desde 1970.
Pelo seu significado, deverá continuar a ser recordada pelos alcacerenses com iniciativas e acções que a dignifiquem e lhe dêem visibilidade. Nesse sentido, os eleitos pelo Partido Socialista na Assembleia Municipal de Alcácer do Sal pretendem:
1. Evocar a necessidade de promover actividades que, envolvendo a população e instituições locais, possam contribuir para o conhecimento e divulgação de um dos episódios mais marcantes da nossa história.
2. Solicitar ao executivo municipal que assuma a responsabilidade de as organizar, dinamizar e divulgar.



[...]

Para além desta iniciativa, o Presidente da Assembleia Municipal também se pronunciou sobre a relevância de semelhante data. Vejamos outro trecho da mesma acta:

O Sr. Presidente da Assembleia Municipal [...]
Apelou à sensibilidade de todos, para que o dia 24 de Junho seja diferenciado, não só enquanto dia do Concelho, mas também pelas comemorações dos 850 anos da conquista de Alcácer do Sal pelo Rei D. Afonso Henriques, afinal não é todos os dias que se assinala uma data de tamanha relevância.


No dia 24 de Junho estivemos no Largo Pedro Nunes.
Ouvimos as bandas filarmónicas tocarem muito bem, como sempre.
E ouvimos o discurso do Presidente Paredes.
Ficámos desalentados.
Ele tentou apresentar uma explicação para o facto de não haver celebração dos 850 anos da cidade.
Foi triste.
Não compreendemos a explicação.
Não percebemos porque é que a PIMEL esgotou a capacidade organizativa da CMAS, não deixando espaço para organizarem as comemorações dos 850 anos da cidade!
(areia a mais para a camioneta?)

Certo é que o ano de 2008 está a terminar.
Celebrações dos 850 anos da cidade não houve.
Restaram uns panfletos.
É mau.
É demasiado mau.
Na tentativa de taparem o sol com a peneira, divulgaram uma versão histórica diferente . Os autores são funcionários da CMAS. E afirmam que os 850 anos deveriam ser comemorados, não em 2008, mas em 2010!
Extraordinário!
Se as comemorações deverão ocorrer em 2010, porque anunciaram o facto para 2008? O presidente da câmara não fala com os funcionários da CMAS? A vereadora da cultura anda a fazer o quê?
O executivo camarário distraiu-se, enganou-se ou baralhou-se?
Os deputados do partido socialista também andavam enganados?
E Duarte Lynce estava mal informado sobre a sua cidade?
Certo é que, perante tal facto, os cartazes mantiveram-se afixados pela cidade. Não os removeram, por estarem em desacordo com a realidade histórica...

A quem entregámos nós os destinos da nossa terra?


Ou será que, os 850 anos sempre se completaram em 24 de Junho de 2008 e, vá-se lá saber porquê, não se comemorou a data?

Seja como for, há aqui um erro bizarro!
Isto é inaceitável, seja qual for a situação correcta.

Alcácer merece mais!

13 de dezembro de 2008

balelas

Recorte extraído da folha de Alcácer nº 45, de Dezembro de 2008



Em 2006 a escola de actividades náuticas era uma prioridade da CMAS.
Estamos a chegar a 2009 e a escola de actividades náuticas não se vê.
Pelo que dizem, o projecto - leia-se a intenção - continua a decorrer...
Resultados concretos é que não conseguimos ver!
Nem sequer é anunciada uma data para o inicio da actividade.
Quem vier a seguir que faça, não é? Agora já não vão a tempo...
De boas intenções está o inferno cheio.
O que nós precisamos é de acções. Concretas e realistas!

Já agora lembrem-se que, para haver praticantes em Alcácer, têm que começar por limpar o rio.
Ou acham que há alguém disposto a correr o risco de mergulhar naquelas águas poluídas?
Vá lá, façam as coisas como devem ser feitas.
Construam uma ETAR para Alcácer (o que até faz parte da vossa lista de promessas).
Irradiquem as descargas directas provenientes de explorações pecuárias.
Trabalhem, por favor.
E deixem-se de conversa fiada.
Mostrem resultados!
É essa a vossa obrigação.

O que vale a pena ser feito, vale a pena ser bem feito.

Alcácer merece mais!

12 de dezembro de 2008

BRICOLAGE....


10 de dezembro de 2008

o museu em 2009

Muito tempo depois do museu ter sido encerrado e das necessárias obras terem sido prometidas, a intervenção lá começou, à cerca de um ano atrás.

"O objectivo é reabrir o museu em 2009", lê-se na folha de Alcácer de há um ano.

Ficamos à espera para ver o que vai acontecer:

  • conseguirão, desta vez, cumprir o prazo?
  • reaparecerão, com desculpas ingénuas, a justificar o atraso da obra?
  • ou ficarão calados, resignados, desanimados e descrentes de si mesmo?
Tente você advinhar qual a hipótese correcta.

9 de dezembro de 2008

a ponte levanta?

As obras na ponte metálica foram anunciadas à muito tempo e iniciadas há pouco mais de um ano.

Em Junho de 2006 já a folha de Alcácer as anunciava (ver foto abaixo).
Esta semana, após longa intervenção, a ponte abriu à circulação rodoviária (o espaço pedonal ainda está vedado ao público).
Naturalmente, o site da CMAS noticiou o facto.

Perante isto ficámos com uma dúvida e com uma certeza.

A dúvida prende-se com as alterações na descrição da intervenção, quando comparamos o discurso antes das obras começarem e agora que estão a terminar.
Ou seja, a julgar pela informação divulgada inicialmente, estava contratualizada "a reabilitação dos aparelhos de apoio e do sistema de levantamento do tramo levadiço" (ver imagem abaixo).

O discurso oficial actual (site da CMAS), agora que as obras estão a terminar, descrevem uma série de intervenções efectuadas na ponte. Mas é omissa quanto ao funcionamento do sistema de levantamento do tramo levadiço.

Este facto levantou-nos a dúvida (extensiva a outros Alcacerenses): afinal foi ou não reabilitado o sistema de levantamento do tramo levadiço da ponte?
É claramente importante o seu esclarecimento.
Porque se trata dum assunto que interfere com a dinâmica da cidade e porque estão em causa contratos celebrados com o dinheiro dos contribuintes.
Aguardaremos pacientemente pelos necessários esclarecimentos.

Para além das dúvidas também temos certezas.
Neste caso temos a certeza de que vamos continuar a ter (sabe-se lá durante quanto tempo) uma solução rodoviária caótica na Rotunda 25 de Abril.
A circulação na ponte continua a funcionar de forma alternada.
A confusão e as filas de trânsito vão continuar... tal como tem acontecido desde que as obras tiveram início.
É necessária a reformulação da circulação rodoviária naquele local.
Já lá vai mais de uma ano e nada...
Porque será que não se mexem?
Porque se resignam?
Mais do mesmo!
Até quando?
Alcácer merece mais!

8 de dezembro de 2008

morto à nascença

Em 2005, na chegada ao poder em Alcácer do Sal, com um rei na barriga de cada um, havia muitas ideias e muitas intenções, para além daquela arrogância toda.
O tempo foi passando e a realidade acabou por vir ao de cima.
Da arrogância inicial chegámos à resignação actual, ao desânimo e à descrença dos derrotados.
Grande parte das ideias não passaram de intenções.
As intensões mantiveram-se como tal.
Não há resultados que se vejam.
Como escape, de péssima qualidade, aparece o recurso às obras imaterias...
Mas como é possível alguém pensar que pode governar um concelho de forma imaterial?
Só alguém que julgava ter uma equipa capaz de governar o mundo... mas o seu mundo era afinal um quintal.

Eis mais um exemplo desta situação, adaptado à quadra natalícia:

A iniciativa, com direito ao maior destaque da folha de Alcácer de Janeiro de 2006, morreu logo após a primeira edição. Em 2006 e 2007 não houve Concurso de Presépios. Este ano também não se ouve falar de tal coisa...
Ideias deste nível havia muitas.
De nível superior nem tanto.
A maioria não se concretizou.
E das que avançaram... a maioria fracassou!
Estranha forma de se governar.
Ou antes, tanta ingenuidade ...

Alcácer merece mais!

7 de dezembro de 2008

o panfleto e o desporto

Ainda o triste panfleto...
Acerca do Desporto (pág.s 57 e 59), fala-se do Grande Prémio da Páscoa em Atletismo (que passou de 400 participantes em 2007 para 250 em 2008...), do skatepark, da actividade física para idosos, da requalificação do Parque Desportivo (sem dizer como nem quando...) e de mais provas nacionais que passaram pelo concelho.

Falta falarem também daquilo que prometeram e não fizeram.

Em 2006 afirmaram que, "os principais objectivos são a reactivação da escola de remo, vela e canoagem, no rio, bem como a criação de um centro municipal de desportos naúticos, na barragem do Pego do Altar".
Já estamos a chegar a 2009 e não se vê nada disto a funcionar.
Esqueceram-se?
Desistiram?
Enganaram-se?

Lembramo-nos ainda das famosas iniciativas do Atlético que, na última época, cobrava 50€ de inscrição mais 20€/mês às crianças e adolescentes para praticarem futebol...
Claro que não deu bom resultado... e acabaram por voltar a fazer como dantes.

Lembramo-nos das crianças do Centro Infantil que tinham aulas de natação na piscina coberta... e que, com este executivo, deixaram de ter...

Lembramo-nos dos projectos da área de desporto incluídos no Plano Operacional, mas que, tal como o Plano num todo, continuam escondidos e abafados... em vez de avançarem no seu processo de concretização...

Resignaram-se à sua verdadeira condição?

o apagão do Natal

O actual executivo tem centrado a sua acção nas feiras e nas festas.
Acontece que estamos em Dezembro, mês do Natal.
Que, de acordo com o discurso oficial, é a mais importante época festiva do ano.
Contrariamente ao que tem acontecido noutros anos, a cidade não apresenta, actualmente, a iluminação alusiva à época!
Embora tenha sido atribuída uma verba, para o efeito, no orçamento deste ano.
Tentamos perceber porque não há iluminações de Natal.
Pusemos a hipótese de que estavam a poupar dinheiro e a proteger o ambiente, reagindo à actual crise.
Percebemos rapidamente que essa hipótese não era válida.
Porque para este executivo, as festas têm sempre um orçamento substancial.
Se fosse para poupar dinheiro, já o teriam feito em muitas outras ocasiões.
Por outro lado, se estivessem preocupados com o ambiente, já teriam avançado com a limpeza do nosso Sado. E sobre a tão necessária ETAR, não se sabe nada de concreto...
Por isso, o motivo para não haver iluminações de Natal é, certamente, outro.
Também nos lembramos de ver uma equipa a colocar postes para os enfeites. Foi no mês passado, na Avenida dos Aviadores e na Marginal. O que demonstra que havia uma intenção concreta. Só que entretanto... parou!

Certo é que, até à data, ainda não vimos qualquer iluminação alusiva ao actual período festivo. Contráriamente ao que acontece, actualmente, na grande maioria das cidades, senão todas, de Portugal.
Que se terá passado?
Enganaram-se?
Expliquem-se publicamente, se fazem o favor.
Pode ser desconfortável mas é assim que funcionam os sistemas democráticos.
E, dessa forma, sempre anulam possíveis especulações... que, por acaso, já andam nas bocas de muitas pessoas...
Entretanto, vejam lá se ainda colocam umas luzinhas por aí, para disfarçarem o tamanho apagão... mesmo que tenham de pagar o dobro à empresa do sector que ainda tenha alguma disponilidade nesta altura.
Dinheiro para festas nunca faltou.
Não era agora que ia ser um problema...




Este ano tardam em cumprir o desígnio de esta época festiva ter mais luz.
Atrasados, outra vez!

6 de dezembro de 2008

o panfleto e a economia

Na recente edição da CMAS - do plano à acção - reparamos no destaque dado, no capítulo da economia, ao inov@lcácer.
O prémio era para ter sido atribuído em Outubro.
Ainda não ouvimos falar do vencedor...
Esqueceram-se?
Talvez não.
Mais parece que a iniciativa ficou, uma vez mais, muito aquem das expectativas.
O que confirma a ingenuidade e a leviandade com que tentam atrair novas empresas para o Concelho.
Há, também aqui, muito espaço para trabalhar com alguma inovação.
Há uma equipa que se propôs a isso.
E que dispõe de excelentes condições para o fazer.
Porque têm capacidade de decisão (derivada duma maioria absoluta).
E também têm uma situação financeira positiva.
Mas não há maneira de se verem resultados!
Porquê?
Que lhes faltará?
Saber? Habilidade? Capacidade?
Que será que lhes falta para não conseguirem mostrar obra que se veja?

Como é possível, perante tamanho fracasso, apresentar o inov@lcácer como uma actividade digna de realce em 2008?
Em nossa opinião, apenas existe uma razão:

Quando não há nada melhor para apresentar...
...antes mostrar fracassos engalanados do que folhas em branco!



Mais do mesmo?

Alcácer merece mais!

_________________________

Nota: As fotografias foram retiradas da brochura: "do plano à acção"

5 de dezembro de 2008

patetices

A propósito "do plano à acção" - balanço da actividade de 2008 - CMAS e de uma obra emblemática executada em 2008 no Largo Luís de Camões





4 de dezembro de 2008

descriminação?

Na pág.63 do plano à acção - balanço do ano de 2008 - CMAS fala-se das obras previstas para as Escolas do ensino básico.

Note-se que apenas se referem a projectos.
Sobre a sua concretização... pouco ou nada dizem.
De acordo com a promessa do Presidente Paredes, as obras mencionadas para a Escola do Morgadinho já deviam estar concluidas em setembro de 2008... só que ainda não começaram! Enfim, mais do mesmo...

Mas esta notícia inclui um outro dado curioso.
É que para o centro escolar do Torrão está previsto um recinto desportivo coberto.
Mas para os centros escolares da Comporta, do Morgadinho e dos Telheiros não está previsto nenhum recinto desportivo coberto.
Achamos acertada a decisão relativamente ao Torrão.
Mas não entendemos a exclusão das restantes escolas neste aspecto concreto.
Porque razão as escolas não deverão ter, todas elas, um recinto desportivo coberto?
Será que chove mais no Torrão do que no resto do Concelho?

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Nota: estas obras são financiadas pela Comunidade Europeia através do QREN. As oportunidades não são para desperdiçar! Elas são poucas e não duram sempre. É possível que, quando quizermos corrigir os erros, já seja tarde. O QREN tem um limite temporal...

O que vale a pena fazer, vale a pena fazer bem feito!

3 de dezembro de 2008

2 de dezembro de 2008

...à acção!


A semana passada a CMAS lançou mais uma brochura em papel de luxo com 72 páginas.
Intitula-se “do plano à acção”
Lêmos.
Aqui fica uma breve abordagem sobre aquilo que nos foi dado ver, no documento, em termos de capacidade de acção.

São apresentadas, neste documento, várias obras. À falta de melhor, são-nos apresentados vários casos de insucesso. Eis as perfeitas evidências da (in)capacidade da equipa Paredes.


1. Plano de Urbanização de Alcácer do Sal
Foi despoletado para contornar o PDM quanto à construção do novo quartel dos bombeiros.
Não foi executado em tempo útil.
Assumiram a incapacidade.
E avançaram para outra solução: suspenção do PDM.
Uma solução atabalhoada mas que permitiu avançar com o projecto do quartel dos bombeiros... Aliás, este facto também é anunciado no mesmo documento (capítulo “protecção civil”).
Da revisão do PDM é que não se ouve falar... o que é, por si só, revelador da inoperância instalada.

2. Estrada da Ameira
Foi iniciada em Novembro de 2007 com um prazo de execução de 7 meses (o que é imenso atendendo à sua extensão que é menor do que 2 Km).
A obra, que em Dezembro de 2008 ainda não está terminada, contempla uma série de erros grosseiros:
a largura dos passeios não cumpre a regulamentação,
os passeios são preenchidos com obstáculos como postes e caixotes do lixo obrigando os peões a andarem pela estrada,
não há espaço para estacionamento automóvel,
não há arborização da via,
a cablagem não passou a subterrânea,
não há espaço para veículos não poluentes...

3. Galeões do Sal
São referidas as acções de restauro dos galeões, a saber, o Amendoeira e o Pinto Luísa. Acontece que o Pinto Luísa nem sequer tem mastro e nenhum deles tem velas... Galeões movidos a motor de combustão interna? Onde está a fidelidade ao modelo original? É assim que se protege o património?

4. Museu Pedro Nunes
Avançaram para as necessitadas obras de restauro. O embróglio é tão grande que já deixaram de dar relevo às obras em curso e correspondente conclusão. Não se fala sequer numa possível data para a sua reabertura. O que contradiz o discurso de início de mandato... O facto de relevo apresentado são as escavações arqueológicas (esperemos que não sejam conduzidas pela mesma pessoa que coordenou as escavações em frente à escola secundária...). Mais do mesmo?

5. Espaço Net / Edifício Pombo Cupido (antiga sopa)
O prazo estipulado pela própria CMAS, para conclusão das obras, terminou em Junho... Já lá vai quase meio ano. A obra não está terminada. Não é apresentada, sequer, a data prevista para a sua abertura. Apenas aparece a desculpa de que o atraso se deve ao facto do edifício estar degradado. Mas não sabiam isso desde o início? É que se o edifício não estivesse degradado não se justificariam algumas das intervenções previstas... Note-se que a área do edifício em causa equivale a uma pequena habitação familiar... Onde estará a dificuladade?

6. Parque de Feiras
Começaram por prometer um novo pavilhão da feira para o ano de 2006. Não cumpriram. Fizeram um concurso que foi um autêntico fiasco (porque será que só uma entidade se sentiu motivada a concorrer?). Repetiram o concurso. A vereadora da cultura falou, na assembleia municipal, na possibilidade de se iniciarem as obras ainda este ano... Agora vêm dizer que o projecto aguarda a sua “pormenorização”. Fazem-se de esquecidos quanto a uma possível data para início da intervenção. Pudera, depois de tantos falhanços... Para além do mais, repete-se aqui a questão levantada acerca do Largo Luís de Camões. Porque este projecto desenvolve-se em paralelo com o trabalho da Parque Expo. E funcionam de forma descoordenada... Mais uma acção desgarrada?

7. Estrada da Foz
O inicio das obras foi anunciado para Julho de 2008 (ver folha de Alcácer nº39). O prazo de execução previsto é de 6 meses. Pelo que esta intervenção deveria estar terminada em Janeiro de 2009... Basta passar por lá para verificar que, mais uma vez, o prazo não vai ser cumprido. Veremos no final o nível de qualidade da obra.

8. Financiamentos
Há também o registo de várias financiamentos a instituições do concelho. Atendendo que essas acções se resumem a distribuir parte do dinheiro que recebem dos nossos impostos, o que é extremamente fácil de executar, não as consideramos relevantes. Qualquer um o faria. Principalmente quando não há critérios específicos e objectivos para aplicar.

Uma verdadeira sucessão de fracassos.

Resumindo
Esta brochura é, em nossa opinião, propaganda barata, de má qualidade mas com uma apresentação cuidada. Ou seja, o embrulho é bonito, está bem feito mas o conteúdo é desolador. Prevalece a palha e o fracasso.
É que não há mesmo obra que se veja!
É certo que, aquilo que vale a pena fazer, vale a pena fazer bem feito.
Só que, pelo que afirmam, não conseguem fazer nem mais nem melhor. É que já estão a dar o seu melhor...
Acontece que o seu melhor é fraco. Muito fraco.
Porque predominam os fracassos.

Alcácer merece mais!



1 de dezembro de 2008

do plano...

A semana passada a CMAS lançou mais uma brochura em papel de luxo com 72 páginas.
Intitula-se “do plano à acção”
Lêmos.
Eis uma breve abordagem sobre alguns dos aspectos de planeamento apresentados no documento.
Abordaremos noutro artigo os aspectos referentes à “acção”, de forma a entender a relação entre “plano” e “acção”, alvo desta brochura.

1.
Em termos de “plano” em curso, encontrámos uma única referência em todo o documento. Está no último parágrafo da mensagem do presidente. É aí mencionado um Plano Operacional de Desenvolvimento. Este plano é muito recente. E, pelo que dizem, já arrancou...
No entanto não encontrámos mais nenhuma referência a este ou a qualquer outro plano em execução.
O que parece indicar que este planeamento acaba por ser mais decorativo do que funcional.
Na realidade, o Plano Operacional de Desenvolvimento apareceu como resposta às acusações de navegação à vista deste executivo. E foi apresentado, este ano, cheio de erros grosseiros... Não demos pela sua correcção.
Ficamos assim com dificuldade em entender o título do panfleto: do plano à acção.
Onde está o planeamento?
Abordaremos noutra ocasião o plano operacional de desenvolvimento...

2.
Por sua vez, no capítulo intitulado “urbanismo/planeamento” refere-se a existência dum protocolo com a Parque Expo para elaboração de um “plano de orientação para a revitalização dos vários núcleos urbanos do concelho, potenciando o desenvolvimento de uma forma global e integrada”.
Porque se "arranca" com o Plano Operacional de Desenvolvimento, criado tão recentemente, enquanto se espera para breve a apresentação do estudo encomendado à Parque Expo sobre a mesma temática - potenciar o desenvolvimento?
Será este o reconhecimento de que o Plano Operacional de Desenvolvimento contempla incoerências graves que urge resolver?
Estão assim a assumir a sua incapacidade para liderar os destinos do nosso concelho?
É esta a prova de que têm andado às cegas?
Para além do mais, e segundo foi anunciado, o prazo para conclusão deste trabalho da Parque Expo já está ultrapassado em alguns meses...
O planeamento falhou?
Enganaram-se?
Outra vez?

3.
No capítulo dedicado à “requalificação do espaço público” afirma-se que o Largo Luís de Camões já tem um projecto elaborado. A promessa vem de longe... e já está atrasada. Mas...
...porque executaram este projecto tão importante antes de a Parque Expo ter apresentado as suas recomendações sobre a revitalização do centro urbano de Alcácer?
Afinal para que é que encomendaram o trabalho à Parque Expo?
Para vista?
Porque razão as acções não são coordenadas?
Se o trabalho da Parque expo é importante, porque não se espera por ele?
Se o trabalho da Parque Expo não é importante, porque o encomendaram?
Estarão atrasados para as eleições?
E só se lembraram agora?
Mais obras desgarrradas?
Onde está o planeamento?

4.
No capítulo “requalificação do espaço público - obras prontas a avançar” são apresentadas apenas quatro intervenções: a primeira sobre passeios, a segunda sobre a pavimentação do acesso ao bairro das cotovias, a terceira sobre um muro de suporte e a última sobre a sustituição das madeiras no cais palafítico da Carrasqueira.
E é tudo!
O que é quase nada, para um concelho estagnado e deprimido. Necessitamos, urgentemente, de acções concretas que invertam o deplorável estado em que nos encontramos.
É necessário promover o desenvolvimento.
Com estas iniciativas não vamos lá.
Não foi isto que nos prometeram.
Onde está o planeamento?
Onde estão os resultados?

5.
Relativamente a candidaturas apresentadas ao QREN são apenas referidos os projectos para as escolas do ensino básico no concelho. O que, sendo importante, é pouco, muito pouco.
O desenvolvimento não depende apenas das instalações escolares do ensino básico.
Muito mais há para fazer.
E os restantes sectores de actividade?
Os financiamentos comunitários não duram sempre.
Temos que aproveitar as boas oportunidades, que são poucas.
Mas nós temos estado a desperdiça-las.
Quando acordarmos corremos o risco de não chegarmos a tempo.
Sofreremos seguramente as consequências desta inoperância.
Faltam ideias, capacidade ou saber? Talvez tudo junto...
Onde está o planeamento e a sua concretização?

6.
Há uma série de referências ao dinheiro a investir nas várias intervenções apresentadas. E, de concreto, nada mais. Apenas descrições vagas...
O factor financeiro é fundamental, mas o planeamento não se pode resumir a este único aspecto. Existem outros factores que não podem ser desprezados. O sucesso duma iniciativa também depende deles.
Isto é pobre. Muito pobre.
É o que temos...
Será esta uma das razões de tantos fracassos da equipa que gere a autarquia?

Onde está o planeamento de qualidade?
Onde estão os seus resultados?


Resumindo

Esta brochura é, em nossa opinião, propaganda barata, de má qualidade mas com apresentação cuidada. Ou seja, o embrulho é bonito, está bem feito, mas o conteúdo é desolador. Prevalece a palha e o fracasso.
É que não há mesmo obra que se veja!
É certo que, aquilo que vale a pena fazer, vale a pena fazer bem feito.
Só que, a julgar pelas suas próprias palavras, este executivo não consegue fazer mais nem melhor. É que eles já estão, há muito tempo, a dar o seu melhor...

Mesmo quando o seu melhor é fraco.
Porque predominam os fracassos.

Alcácer merece mais!