29 de julho de 2008

é o mercado...

A 11 de Julho, o petróleo comercializava-se no mercado internacional a 147,50 dólares / barril.

Duas semanas depois, a 25 de Julho, o preço descia para 124,31 dólares / barril.

Ou seja, o preço do petróleo desceu 23,19 dólares por barril.
Isto corresponde a uma redução de 16% .

Compare esta variação com a evolução dos preços dos combustíveis em Portugal.
(16% de 1,50€ dá 24 cêntimos...)

Pode também comparar o tempo de reacção da Galp consoante os preços sobem ou descem...

É o mercado...
Foi para isto que liberalizaram o preço dos combustíveis?
Afinal quem é que ficou beneficiado?
Portugal? Como?

bombeiros

Os Bombeiros de Alcácer do Sal necessitam e merecem melhores condições para desempenharem a sua nobre tarefa.

Todos nós necessitamos dos Bombeiros e desejamo-los cada vez mais eficientes no apoio que nos dão no dia a dia.

As actuais instalações são evidentemente deficitárias. Esta é uma opinião que julgamos ser unânime.
Mas tarda em aparecer um novo quartel de Bombeiros de Alcácer do Sal por impedimentos legais que cabe à CMAS resolver. Consciente disso, o actual executivo meteu a mão no problema e decidiu tentar resolvê-lo. A promessa foi feita há já muitos, muitos meses...

A solução correcta passava por alterar o PDM. Com esta medida podia-se resolver o problema dos bombeiros e muitos outros que afectam a nossa terra. É um trabalho longo, profundo, denso e de extrema importância. Mas não. Não se mexeu no PDM. Este executivo demonstrou falta de visão e falta de determinação para enfrentar tarefas de maior dificuldade. O que é, inegavelmente, um erro clamoroso que trará custos elevados no futuro.

Alternativamente, este executivo camarário decidiu contornar o problema através dum Plano de Urbalização. É como fazer um pequeno remendo numa manta esburacada. É um processo claramente mais simples pelo que se depreende que também fosse mais rápido. Mas nem isto conseguiram fazer em tempo útil. O presidente já confirmou que não há falta de dinheiro. Que terá faltado?
Falharam outra vez!

Enquanto tudo isto não se resolvia, o tempo foi passando e o prazo de candidatura a financiamento foi-se aproximando. A solução legal para a construção do novo quartel de bombeiros não aparecia !

Mas, de remendo em remendo, começou por se abandonar o PDM, para depois se abandonar o Plano de Urbanização e agora suspender-se o PDM (no local do futuro quartel de Bombeiros). É um atropelo em cima de outro atropelo. O descrédito duma organização. O vazio empreendedor duma equipa. Isto parece uma aldrabice.

Mas ainda bem que a CCDR-A aceitou uma solução.
Porque todos nós queremos um novo Quartel moderno e funcional.
Pior seria perdermos esta oportunidade de financiamento.


Acreditamos que, com este nível de desempenho da Câmara, outros financiamentos disponíveis no QREN se perderão. Para sempre... As boas oportunidades escasseiam. Não se podem desperdiçar! A evolução de que tanto necessitamos não se alcança com negligência.

Mais um triste exemplo da forma como o executivo camarário conduz os destinos de Alcácer do Sal. Perante o próximo obstáculo imposto por um PDM antigo e desactualizado, o que irão fazer?

bora lá mudar... porque assim não vamos lá!

26 de julho de 2008

um pensamento de Obama

Obama, candidato democrata à presidência norte americana, em digressão europeia, conversou em Londres com Brown (1º ministro inglês).
Aí, ao falar para ingleses sobre a intervenção no Iraque e no Afeganistão, referiu: "...penso que o povo americano está agradecido pela ajuda que foi dada".
Ficamos com dúvidas sobre tão profundo pensamento.
Aquela invasão / guerra não avançou contra as recomendações das Nações Unidas?
Já terão descoberto as armas de destruição maciça?
Conseguiram descobrir as ligações próximas entre o Saddam e a Al Qaeda?
Se bem que ainda não tenham conseguido apanhar o Bin Laden, pelo menos conseguiram enforcar o Saddam. E o Iraque, que era uma ditadura, passou a ser um regime militar em guerra civil, o que é uma evolução, pelos vistos, assinalável. Isto ajudou a subida do preço dos combustíveis, assim como o desenvolvimento da indústria de armamento, da construção e do petróleo. A desestabilização da região também cresceu de forma assinalável.
Entretanto, outras ditaduras tão deploráveis como a do Saddam, continuam pacificamente a sua acção, muitas vezes com o apoio explícito dos polícias do mundo.
A produção e o tráfico de droga no Afeganistão também tem crescido em ritmo elevado nos últimos anos. Os talibans continuam a ganhar força e o seu domínio cresce contínua e sustentadamente.
Enquanto Guantanamo não cumpre, há já tanto tempo, as mais elementares leis do direito internacional. Excepções sem qualquer lógica ou explicação aceitável. As leis aplicam-se de acordo com as conviniências? Ou haverá leis secretas que estão fora do conhecimento público?
Já poucos perdem tempo a falar de Bush. A não ser para o classificarem como o pior presidente americano de sempre. Enquanto isso, Obama tem aparecido como uma nova esperança... empenhado na luta contra o terrorismo e agradecido pelas ajudas prestadas.
Mas como é que alguém pode pensar em agradecer a participação de quem quer que seja em tanta mentira, em tamanho fracasso?
Os factos falam por si...








































autismo?

Na última semana o dólar voltou a desvalorizar. A cotação chegou aos 1,6038 €uros. Um máximo histórico.
Na última semana o preço do petróleo manteve uma descida que já vinha das semanas anteriores. Comercializou-se a menos de 125 dólares o barril. Esteve a 140 ainda não há muito tempo... Este facto associado à desvalorização do dólar originou uma descida muito significativa no preço do crude.


Perante isto, que aconteceu em Portugal?
O preço dos combustíveis desceram proporcionalmente? Não!
O mesmo não acontece quando o petróleo sobe...
Porquê?
É o mercado a funcionar?
A favor de quem?
Do desenvolvimento do país não é seguramente.
Da maioria dos portugueses também não.
Não vislumbramos nenhuma acção determinada do governo para contrariar esta situação.
Provavelmente acham que está tudo a correr dentro da normalidade...
Triste normalidade esta, que invadiu Portugal.

18 de julho de 2008

comprar tudo feito

Em fase de expansão da estratégia de festas e feiras da CMAS - já que não há obra que se veja - tem sido dado grande destaque à festa da juventude e outras festarolas.

Comprovando a grande incapacidade da CMAS em conceber, estruturar, organizar e realizar o que quer que seja, a festa da juventude terá a contribuição fundamental de uma empresa de fora -a kalimodjo.
Não temos nada contra empresas, nem contra as pessoas de fora.
Só não entendemos o motivo para comprar tudo feito. Em vez de se fazer em casa aquilo que os recursos disponíveis permitem. Com trabalho e saber, é certo.
Esta contínua opção da CMAS confirma que há dinheiro. Mas será este o melhor destino a dar-lhe?

Já se imaginou a contratar, uma empresa especializada, para celebrar cada um dos aniversários na sua familia, de forma a impressionar os vizinhos? Não escolheria outra opção mais sensata e mais vantajosa? Porque será que a CMAS não faz o mesmo? Com feiras, festas e bolos tentam esconder o quê?...

Façam obra que se veja.
E mudem o rumo da nossa terra, em direcção ao desenvolvimento!

... de meia tijela


Em tempo de crise aguda e prolongada em Portugal, nem todos estão desapontados.
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Um exemplo apenas.
Francisco Van Zeller, patrão dos patrões (chefe da CIP - confederação dos industriais portugueses), não tem dúvidas e, acerca do novo código do trabalho, afirma:
"Vieira da Silva [ministro do trabalho] fez melhor do que um governo de direita".
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No polo oposto, o daqueles que dependem do seu trabalho para sobreviverem com dignidade, escutam-se comentários críticos e preocupantes.
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Uma coisa é certa. É estranho haver um acordo, entre duas partes, em que apenas uma sai ganhadora. Ou seja, com a introdução da nova lei, uma das partes não vai ganhar nada, em nenhum dos aspectos. Razão para se perguntar: como foi possível os perdedores concordarem?
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Com dinheiro, com muito dinheiro, e ainda mais dinheiro, conseguem-se coisas inimagináveis. Há quem o tenha para investir. O troco aparecerá mais tarde, como sempre...
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Socialismo de ...

sejam bonzinhos, colaborem!

O Presidente da República pediu aos cidadãos nacionais que "não baixem os braços".
17/7/2008 em Celorico de Basto

14 de julho de 2008

a escola de que nós precisamos

A Escola Secundária tem sido alvo duma atenção especial, desde há uns tempos para cá.
Estamos de acordo de que a Escola seja debatida, apoiada e estimulada.
Há muito a fazer.
Resta saber se aquilo que está a ser feito vai ao encontro das necessidades dos nossos estudantes em particular e da comunidade em geral.

Há dúvidas sobre o assunto.
Falemos hoje dum facto concreto.

No ano lectivo anterior, o Ministério da Educação, através da Inspecção-Geral da Educação, realizou um estudo na ESAS sob o tema "Efectividade da Auto-Avaliação das Escolas".
A autonomia duma escola só é possível se existir um sólido processo de autoavaliação. Só assim é possível identificar os aspectos menos positivos, agindo de forma a inverter a situação. Só assim é possível identificar os processos que correm bem e aplicar as boas práticas noutros processos da vida escolar. Só assim é possível ser, responsavelmente, autónomo.

Acontece que o relatório da Inspecção-Geral da Educação produziu resultados preocupantes. Ei-los:
  1. foram avaliados 5 parâmetros
  2. a avaliação podia variar de 1 - Não Satisfaz até 4 - Muito Bom
  3. parâmetro "linhas orientadoras e padrões de qualidade" - classificação:1-Não.Satisfaz
  4. parâmetro "planeamento e implementação das actividades de auto-avaliação" - classificação:1-Não.Satisfaz
  5. parâmetro "planeamento e implementação de acções de melhoria" - classificação:1-Não.Satisfaz
  6. parâmetro: "recursos humanos" - classificação:2-Satisfaz
  7. parâmetro: "recursos financeiros e físicos" - classificação:2-Satisfaz

Ou seja, embora os recursos (humanos, financeiros e físicos) sejam satisfatórios os restantes resultados são 100% negativos (todos 1 - Não Satisfaz).

Acontece que, o mesmo estudo já tinha sido realizado pela mesma entidade há dois anos lectivos atrás. Nessa altura foram considerados 9 parâmetros. Todos eles tiveram avaliação 1 - Não Satisfaz com excepção para os "recursos humanos" e os "recursos financeiros e físicos" avaliados com 2 - Satisfaz. Repetiu-se o insucesso!

Não se verificou, segundo estes relatórios, uma reacção positiva da Escola em tempo útil (relativamente aos processos identificados). Não houve sequer 1 parâmetro que saísse da situação de Não Satisfaz (o mais baixo degrau da classificação)!

Isto é inquietante. Principalmente quando conjugado com outros aspectos inerentes ao processo educativo (alguns já abordados aqui, no Alcácer do Sol).

É necessário mudar.

Precisamos duma escola que lidere processos de mudança, com lealdade, competência e capacidade de sacrifício. Que valorize o mérito e o esforço, sem autoritarismos bacocos e com o envolvimento de todos, aceitando a diversidade em vez de procurar unanimismos. Que forme jovens responsáveis e capazes de enfrentar, com sucesso, os desafios do futuro.

Precisamos duma escola em que os alunos sintam prazer naquilo que fazem. E que ajam duma forma activa, com curiosidade permanente e espírito de iniciativa, na busca de resultados concretos. Que se orgulhem dos resultados que alcançam, individual e colectivamente. Que não estudem por estudar, nem trabalhem por trabalhar. Que sejam fiéis a si mesmos, críticos e interventivos.

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imagem do interior da escola

13 de julho de 2008

outra vez ?!...

A folha de Alcácer de Junho de 2008 anunciava, na página 4, as obras que estavam a decorrer na estrada de Casebres.

Acontece que, em Outubro de 2007, um documento emitido pela CMAS, referia esta mesma obra. E acrescentava que a Câmara pretendia reparar a estrada até ao final do ano (2007).



O final de 2007 já passou há muito tempo.
Em Junho, segundo o folheto da CMAS, a obra ainda estava a decorrer.
Falharam. Mais uma vez!...

12 de julho de 2008

robinho dos petróleos

Toda a gente sabia. Mas, oficialmente, nunca tinha sido assumido.
O governo acabou por confirmar que a Galp beneficia de acções especulativas. Chamou-lhe lucros extraordinários. Calculou-os. O resultado ultrapassou os 400.000.000,00 €uros só para 2008.
Esta crise não é, seguramente, para todos. Durão Barroso liberalizou o preço dos combustíveis assegurando que a medida permitiria baixar os preços. Perante os factos, ficamos sem saber se Durão Barroso se enganou, se foi enganado ou ambas as coisas.

Eis então que o actual governo decide agir para corrigir a situação. E resolve cobrar uma taxa de 25% sobre estes lucros extraordinários. Ou seja, cobra cerca de 110.000.000,00 €uros à petrolífera. E deixa-lhe, para seu próprio regalo, a modesta quantia de 330.000.000,00 €uros, cobrados aos clientes finais de forma pouco aceitável.
A especulação compensa! E Portugal perde em todos os aspectos.

Temos um governo à medida das empresas, que relega para plano secundário a maioria dos cidadãos (excepções para os muito ricos e os muito pobres...).
Nós vamos continuar a pagar o combustível a preços especulativos.
A realidade não vai mudar. Nem para a grande maioria dos Portugueses, nem para a Galp.

Vejamos, novamente, o detalhe dos preços dos combustíveis (pode ler outro artigo do Alcacer do Sol, sobre este assunto, publicado em 23/4/2008).
Em 2002, o petróleo comercializava-se no mercado internacional a 77 €uros o barril.
Actualmente, o petróleo comercializa-se, no mesmo mercado, a cerca de 89 €uros o barril. (*)
Isto corresponde a um aumento de apenas 16 % desde 2002 até hoje - 6 anos!
E nós, nas bombas, pagamos aumentos escandalosamente superiores em nome de quê?
Não é nome de Portugal, nem do seu desenvolvimento.
É em nome dum mercado.
Porque os interesses das empresas não podem ser atacados.
Princípio oposto é aplicado aos cidadãos, sempre que são revistos os seus direitos (excepção para os muito pobres, não vão eles perder a cabeça e fazerem disparates - o que seria uma chatice).
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Que fará o governo relativamente a outros produtos que também são vítimas de ataques especuladores? Falamos, por exemplo, dos produtos alimentares e de algumas matérias-primas.
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Que fará o governo às empresas que pagam uma taxa de IRC que é menos de metade da taxa cobrada à generalidade das empresas? Falamos, por exemplo, do sector bancário.
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Que fará o governo para defender os interesses dos cidadãos e o desenvolvimento do país?

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(*) - atendendo a que a cotação do dólar ronda os 1,57 €uros e que o preço do petróleo anda à volta dos 140 dólares por barril

levante-se do chão

O Notícias do Litoral desta semana publicou um artigo de opinião assinado pelo Vice Presidente João Massano.
Lemos o artigo com atenção. Gostamos de saber o que têm para nos dizer as pessoas que dirigem os destinos de Alcácer do Sal.
Não descobrimos nada de relevante.
Explicamos porquê.
Todos sabemos que Alcácer permanece num abominável estado de estagnação. Isto não é novidade para quem quer que seja.
Perante este cenário, qual foi o caminho escolhido pelo autor do artigo? Confirmar esta evidência, agarrando-se ao passado tentando encobrir aquilo que não se faz por cá.
Esta é, em nossa opinião, a posição dos fracos, dos impotentes e incapazes.
O que nós precisamos é de pessoas com capacidade de visão e de concretização. Precisamos de conceber e executar obras concretas, materiais e coerentes que invertam a actual situação.
Precisamos de falar, projectar e agir colectivamente em direcção ao futuro.
O passado já foi. O futuro começa agora.
Com choros e choradinhos não vamos lá.
Mas com vontade, saber e inteligência podemos alterar esta actual desolação que é Alcácer do Sal.
Sejamos concretos (falamos do artigo referido):

  1. É apresentada a questão do envelhecimento e do decréscimo da população. A questão é importante. Mas falta uma resposta: que medidas concretas, realistas e eficazes é que o actual executivo implementou, nestes quase 3 anos de mandato, para inverter esta situação? E que medidas está neste momento a estudar para levar a efeito a curto, médio e longo prazo?
  2. É apresentada a questão do analfabetismo. Pois bem, a grande maioria dos analfabetos tem muito mais de 30 ou 40 anos. Mas, lendo o artigo, fica a sensação que este indicador se deve às políticas pós 25 de Abril. E que, nesta questão, o regime da ditadura não teve responsabilidade no facto. Isto é querer tapar o sol com a peneira.
  3. Ainda sobre o analfabetismo, que agora, no século XXI, evoluiu para iliteracia. Quando se fecham escolas pelo concelho fora, quando se obrigam os alunos de 10 anos (e mais) a saírem de casa antes das 08:00 da manhã para só regressarem ao pôr-do-sol, quando se prometem obras nas escolas e não cumprem as promessas, quando cada vez mais alunos optam por escolas exteriores ao concelho e não se reage, quando aparecem os programas das novas oportunidades como sendo uma grande solução para o processo educativo da nossa população, quando falta repetidamente papel, tinteiros e outro material nas escolas do 1º ciclo, etc., etc. quando tudo isto acontece com a anuência do actual executivo camarário, que legitimidade fica para se desculparem com outros? Será assim que se vai reduzir a iliteracia na nossa terra?
  4. A falta de empresas sediadas no concelho é outro aspecto importante que também é abordado. Mas aqui também se repete a pergunta feita no ponto 1. Que fez este executivo, de concreto, aplicável e realista para permitir captar empresas de média e grande dimensão? Quantas empresas já trouxeram para o concelho? E quantas deixaram fugir, por falta de condições? E que acções estão a desenvolver para tornar esta terra realmente atractiva do ponto de vista empresarial? Conhecemos o mundo empresarial. Até agora estamos desiludidos com as acções de fachada que temos visto.

Observemos outros factos, outras perspectivas, da realidade do nosso concelho.

Este executivo aceitou, obedientemente, um investimento público (PIDAC) de 4.500 €uros para o Concelho em 2008. Já que estamos em maré de comparações, lembremo-nos que a Grândola foi atribuída a verba de, pelo menos, 7.900.000,00 €uros (no mesmo programa no mesmo ano). Porque não falar em corrigir e compensar este facto, que só pode ser um erro?

O QREN está a decorrer há já algum tempo. Não seria preferível falar das candidaturas que já foram apresentadas? Há programas em que a entrega de candidaturas já encerrou. Porque não se concentram energias nesta importante forma de financiamento para projectos estruturantes? Onde está a visão?

Falta pouco mais de um ano para as próximas eleições autárquicas. Porque não se fala nos objectivos que falta atingir, até ao fim do mandato, para que fiquem cumpridas as promessas eleitorais?

Um mandato - 4 anos - é insuficiente para resolver os nossos grandes problemas. Porque não se trabalha, abertamente, num projecto a longo prazo, que responda às debilidades actuais e tire partido da situação em que estamos inseridos. Porque não nos concentramos em transformar as nossas fraquezas em fortalezas, em vez de nos lamentarmos? O Plano estratégico já apresentado está mal concebido, foi mal discutido e não está suficientemente desenvolvido. Para além disso deveria ser um documento de análise e avaliação contínua. O que não acontece. Desta forma, as mudanças necessárias jamais ocorrerão em tempo aceitável e de forma positiva.

Já criticámos, no passado, muitas acções dos antigos executivos. Mas o passado já passou. O que agora nos interessa é o futuro. Estamos fartos de ouvir discursos de políticos que tentam encobrir as suas incapacidades com heranças recebidas. É lógico que o passado condiciona o presente e o futuro. Isso sempre assim foi e sempre assim será. Em todas as situações. Mas isso não pode ser impeditivo de se apresentarem e discutirem ideias, planos, projectos e acções concretas. Porque, tal como o Presidente Paredes afirmou, "há dinheiro e o executivo anterior não nos deixou uma situação financeira complicada". Ou seja, não há espaço para desculpas!

Mas, acções concretas são coisas que este executivo quase não tem para apresentar. Sem falta de dinheiro e com uma maioria absoluta têm feito pouco, muito pouco, e ineficientemente. Remedeiam o facto quando conseguem comprar tudo feito, geralmente a empresas de fora. Disfarçam com feiras e festas, desprezando acções estruturantes para o concelho. Desperdiçam oportunidades. Não traçam rumos, não definem orientações. Navegam à vista.

É por estes motivos que, sem obra para apresentarem, insistem teimosamente em desculpar-se com o passado.

Mas, a solução do problema está no futuro!

11 de julho de 2008

onde param os excedentes?

Portugal.

Pagaram-nos para arrancar as nossa vinhas e os nossos olivais; nós obedecemos.


Pagaram-nos para não semearmos as nossas terras; nós obedecemos.


Multaram-nos por produzirmos, em excesso, leite e seus derivados; nós reduzimos a produção.


Voltaram a pagar-nos para abatermos as nossas traineiras; nós obedecemos.

Criamos um défice monstruoso, umas vezes a satisfazermos cunhas, outras vezes para não nos chatearmos, mas sempre com uma dose de negligência assustadora. Mandaram-nos controlar o défice e nós fizemo-lo, como se nada mais houvesse para além dele.


Acabámos por fechar a nossa siderurgia; queríamos o melhor para o país.


Destruímos a formação de técnicos intermédios em nome de novas políticas de educação.


Tivemos muitas outras ajudas, em nome do desenvolvimento sustentado e do progresso.



Hoje,
A maior parte do peixe que compramos é importado;
Passámos de exportadores a importadores de leite - somos deficitários;
Importamos cada vez mais cereais, e cada vez mais caros;
Há uma crise generalizada nos produtos alimentares com reflexos directos na nossa vida;
A nossa indústria é apenúria que se vê - excepção para a autoeuropa (que sózinha representa 2% do PIB) e mais uma dúzia de empresas.
O desemprego mantém-se teimosamente alto.
Temos falta de recursos humanos qualificados.

Mas temos serviços, muitos serviços, muita actividade no ramo imobiliário, muito marketing, muita conversa fiada, muito futebol e televisão qualidade duvidosa.

E poucos resultados.
É assim há anos e anos a fio.
Agora aparece uma crise internacional e não estamos preparados para a enfrentar. Pagamo-lo caro. Muito caro.

Onde está a coerência?
Terá tudo isto aparecido, assim de repente, como que saído do nada?
Não foi possível prever que esta história ainda acabava mal? ...para Portugal.

É possível fazer mais e melhor.
É preciso acreditarmos. E mudarmos!

novamente excluídos

Ontem, na assembleia da república, o governo anunciou uma nova medida para combater a crise.

Pelo que entendemos, a medida pretende atenuar o efeito do aumento especulativo dos combustíveis.

Desta forma, o governo decidiu criar qualquer coisa como um passe social escolar. Destina-se a jovens, tem início no próximo ano lectivo e permite uma redução substancial no preço dos transportes.


Acontece que, à semelhança duma outra medida recente do governo - o congelamento do preço dos passes sociais - esta medida parece não ter aplicação no nosso concelho.

Porque será que não merecemos um tratamento igual aos habitantes de Lisboa e do Porto (locais onde esta medida se aplica)?

Somos, há já muitas décadas, vítimas do ostracismo dos sucessivos governos de Portugal. Este não é excepção - vejam as verbas atribuídas ao nosso concelho no PIDAC deste ano, com a submissão total do executivo camarário.

Porque razão não somos tratados em pé de igualdade com os Portugueses de outras regiões?

Que mal teremos feito para continuarmos a ser sucessivamente discriminados?

Precisamos dum líder capaz de defender efectivamente os interesses de Alcácer do Sal. Precisamos duma equipa ambiciosa, dinâmica e capaz a gerir os destinos da nossa terra. Precisamos de cumprir as nossas obrigações e fazer valer os nossos direitos. O que é exactamente oposto às atitudes visíveis de submissão, apatia e resignação que o actual executivo camarário apresenta. Com excepção para as feiras e as festas. Mas são poucos, muito poucos, os que governam a sua vida com as feiras e as festas.

É possível fazer mais e melhor!

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NOTA:

10 de julho de 2008

estorias de ricos

Os 8 países mais ricos do mundo - G8 - juntaram-se, uma vez mais, para acertar estratégias na condução dos destinos do planeta. Desta vez foi no Japão.

Decidiram abordar o problema da crise alimentar. A subida dos preços do alimentos com o agravamento da fome no mundo preocupava-os. Na discussão envolveram os líderes da Etiópia, Tanzânia e Senegal, países em que a fome é crítica, entre muitos outros.
No final das discussões houve espaço para conviver e jantar.
Regalaram-se com uma sumptuosa refeição composta por 24 diferentes pratos, vários vinhos e muito luxo, tendo antecipadamente excluído os representantes da Etiópia, Tanzânia e Senegal, com quem tinham estado reunidos...

Depois disto, que resultados se podem esperar da preocupação desta gente rica?...

...diz quem não é cego: os mesmos de sempre.

É trágico, mas é verdade:
se tivesse acesso a 24 pratos de comida em simultâneo ficaria doente,
possivelmente com gravidade
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NOTA: Participou no evento um casal de Portugueses.

apontar a um alvo; acertar no outro...

A Câmara de Alcácer anunciou, há alguns meses, um processo inovador para a irradicação dos mosquitos.

Envolvia uma empresa estrangeira e tecnologia inovadora para alcançar os objectivos propostos.

No decorrer da campanha descobriu-se que essa acção não contemplava Alcácer do Sal cidade. O alvo era a zona da Comporta. Enfim, nada inesperado...

Recentemente, a Câmara de Alcácer levou a cabo uma acção para combater os mosquitos na cidade.
Não temos conhecimento do processo utilizado para o efeito.
Mas sabemos que morreram muitos pombos em consequência dessa acção.

O facto é confirmado num documento oficial (de 3/7/2008), assinado por um vereador, a que tivemos acesso.
Estranho não é?

Se queriam matar mosquitos, porque é que aingiram os pombos?

Se queriam matar pombos, porque é que disseram que queriam matar mosquitos - ou, mais propriamente, "desmosquitizar" a área?

Se queriam matar mosquitos e acabaram por atingir os pombos, provavelmente causaram também outros impactos, aparentemente menos visíveis. Falamos do impacto noutros animais, domésticos ou não (desde os cães e gatos aos pardais e outros seres vivos). E quem nos garante que os químicos usados não afectaram, involuntariamente, pessoas?

Depois de tudo isto fomos, há poucas horas, intensamente atacados por mosquitos, no Largo Luís de Camões.

Não valeu a pena.


Falharam, mais uma vez...

7 de julho de 2008

uma Escola Secundária Nova!

A semana passada abordamos o insucesso escolar na Escola Secundária de Alcácer do Sal - ESAS.
Os dados foram retirados da carta educativa.
Hoje tivemos acesso a dados mais recentes. Falamos dos resultados dos exames nacionais realizados muito recentemente.
Não ficámos tranquilos com aquilo que vimos.
Explicamos porquê:

Houve 33 alunos a fazer exame de Matemática A (12º ano).
Só 13 conseguiram tirar positiva. Ou seja, houve 60% de insucesso nesta prova! Num momento em que as notas de matemática a nível nacional subiram muito substancialmente. A média nacional rondou os 14 valores...

Mas se considerarmos o exame de Matemática Aplicado às Ciências Sociais (11º ano), a situação é ainda pior. Dos 18 alunos que fizeram exame, só 2 é que tiveram positiva. O que corresponde a 89% de insucesso.

A Fisíco-Química (11º ano) fizeram exame 22 alunos. Só 5 tiveram positiva. Isto corresponde a 77% de negativas...

Os números são assustadores.
E confirmam a preocupação por nós demostrada muito recentemente.
Os dados confirmam o nosso apelo:

Precisamos duma Escola Secundária Mesmo Nova!
O que vai muito além do betão, motivo de propaganda contínua do executivo camarário.

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Nota: os dados apresentados foram recolhidos das pautas expostas hoje na ESAS.
São dados concretos, oficiais e que falam por si.
E são motivo de preocupação para todos os cidadãos de Alcácer do Sal. Em especial para os responsáveis directos pela educação no nosso concelho.

6 de julho de 2008

os cidadãos vêm depois

A taxa de juros definida pelo Banco Central Europeu – BCE – tem vindo a subir.
É de 4% e subirá para 4,25% a partir do dia 9.
Os juros dos nossos empréstimos à habitação são indexados à EURIBOR.
Têm subido substancialmente mais do que os juros do BCE. O que afecta a vida, cada vez mais difícil, de todos nós.
Porquê?
O que é que se ganha com isso?

À primeira vista somos tentados a pensar que a EURIBOR está associada ao BCE.
Mas não, não está.
A EURIBOR estabelece uma taxa de juro de referência entre bancos dentro da União Económica e Monetária – zona Euro. A sua composição representa exclusivamente os interesses dos bancos europeus e dos mercados financeiros. Onde Portugal é representado pela CGD. A Espanha é representada por 2 bancos, a França por 3, a Alemanha por 5, etc.
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Na última 5ª feira, a taxa de juros do BCE (ainda) era de 4% enquanto a taxa de juro da EURIBOR a 6 meses era de 5,165%.
Ou seja, 29% mais cara.
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O gráfico abaixo representa a diferença entre a EURIBOR a 6 meses e a taxa do BCE, de Fevereiro a Julho de 2008. O seu crescimento é assinalável! Esta diferença era, no nício de Fevereiro, de 0,36%. No início de Julho o incremento já era de 1,15%.
Cresceu 219%!
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A Euribor tem-nos penalisado cada vez mais. Independentemente da política monetária do BCE. Ou seja, se o BCE sobe a taxa de juro, a Euribor sobe-a muito, mas muito mais.
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dados de Fev a Jul 2008
os valores apresentados referem-se ao 1º dia útil de cada mês

.....
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Estando a Europa (e o mundo) a atravessar uma crise profunda, porque razão os juros que nos cobram pela nossa casa aumentam muito mais do que os juros definidos pelo Banco Central Europeu?

A resposta é simples.

Porque a EURIBOR depende, única e exclusivamente, dos bancos e dos mercados financeiros. Defendendo os seus interesses particulares. O seu objectivo é o lucro, como em qualquer empresa. Em detrimento de outros aspectos, como por exemplo, as questões sociais. Questões essas da responsabilidade do poder político.
Que parece passar ao lado do problema...
...a assobiar para o lado, para disfarçar.
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É este o sistema instituído na nossa sociedade.
Um sistema em que os interesses das empresas estão primeiro.
E os cidadãos vêm depois...

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NOTA:
os dados apresentados foram obtidos em:
http://www.ecb.int/ (european central bank / banco central europeu) e
http://www.euribor.org/ (euribor)

5 de julho de 2008

Falharam. Outra vez!

Em Novembro de 2007, a folha de Alcácer anunciava que as obras na Estrada da Ameira já tinham tido início.


No seguimento do processo liderado pelo executivo camarário - planeamento, cabimentação, concurso e execução - foi definido um prazo de 7 meses para intervir em menos de 2 Km de estrada!
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O prazo era, à partida, excessivamente longo para tão pouca obra. O que demonstrou a capacidade de concretização da CMAS, naquela data.
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Hoje, em Julho de 2008, verificamos que nem este exagerado prazo, de 7 meses, foram capazes de cumprir. A obra está longe de estar terminada.
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Falharam. Outra vez!

estórias de Portugal de hoje

O gás natural baixou de preço, esta semana. Para os consumidores domésticos, a redução média foi de 3,4%.

Acontece que, em Alcácer do Sal, não podemos usufruir do gás natural, por falta de infra-estruturas para o efeito. Pelo que somos obrigados a usar gás de garrafa (ou botija).

Por este motivo somos excluídos desta regalia.

No Portugal de hoje, a taxa de IVA aplicada ao gás natural é de 5%. Já para o gás de garrafa, o IVA aplicado é de 20%.
Somos duas vezes penalisados!
Que mal teremos feito para sermos assim descriminados?

Se é possível mexer no IVA dos ginásios (foi reduzido de 21 para 5% recentemente), porque não se faz o mesmo em áreas realmente importantes e que façam sentido para os Portugueses?

Ainda há pouco tempo congelaram o preço dos passes sociais para ajudar a população a enfrentar o aumento do custo dos combustíveis. Acontece que, no nosso concelho, não há passes sociais, pelo que fomos, uma vez mais, excluídos da medida.

Estarão a testar a nossa paciência?

preocupações

Segundo o Notícias do Litoral de 2 de Julho de 2008, há quem esteja preocupado com o futuro do PS.

Entendemos perfeitamente as razões das preocupações.
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Mas não entendemos a razão porque estas pessoas não têm as mesmas preocupações em relação a Alcácer do Sal. Ou seja, porque não fazem, nada de visível, relativamente às mesmas questões que afectam o nosso concelho. Não é por falta de oportunidade que isso não acontece.
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Será o partido mais importante que a nossa terra?
Ou será outra coisa, aquilo que realmente fundamenta tal preocupação?

estórias de Portugal de hoje


O Tribunal de Contas divulgou ontem um relatório sobre a Águas de Portugal.

O relatório arrasa esta empresa pública.
Pelos vistos gastou-se uma fortuna a investir, no Brasil e em Cabo Verde, sem qualquer retorno.
Resultado: paciência...
Gastou-se outra fortuna com prémios e carros para aos funcionários.
Numa empresa que está em má situação.
Num país que está na penúria (falamos duma empresa pública).
Onde cortam aos funcionários públicos as actualizações salariais relativas à inflação anual.
Enquanto certos boys são premiados pelo desempenho numa empresa com resultados negativos (ou estará o Tribunal de Contas enganado?)

Onde está a lógica?
Quem ganha com estes grandes negócios que se fazem neste pequeno e pobre país?
Vejamos.

Ninguém vive sem água. Logo, há consumidores garantidos.
Ninguém vive sem gerar detritos. Que têm que ser tratados. Como cada um terá de pagar o tratamento dos detritos que gera, também há consumidores garantidos.

Nesta lógica é atribuído à Águas de Portugal o monopólio da captação e distribuição de água no país. Não há viabilidade para outras empresas competirem, uma vez que a rede de distribuição é única.

As autarquias que resistem a esta intenção enfrentam dificuldades em aceder aos fundos comunitários para aplicação na rede de captação e distribuição de água, assim como no tratamento de águas residuais ou no tratamento de resíduos sólidos urbanos.

A Águas de Portugal é a solução suave, gradual e docemente "imposta".
Que entra no negócio, investe em infra-estruturas e aumenta os preços no consumidor.
Até que não pode aumentar mais os preços sob pena de contestação social.
E continua a investir.
Mesmo sem haver retorno do investimento em tempo útil.
O que não a impede de avançar.
Recorre ao crédito, que lhe é concedido.
Porquê?
Porque tem a concessão em exclusividade por um período de 30 anos.
Porque, quando não pode subir mais os preços negoceia o alargamento do prazo de exclusividade - quererão chegar aos 50 ou aos 100 anos?
Porque quer integrar outros negócios que se afiguram como extremamente lucrativos num futuro próximo. Falamos dos resíduos sólidos e líquidos. O que funciona como argumento para solucionar a actual crise da empresa. Permitindo um crescimento artificial.
Tudo isto com a bênção dos que querem o melhor para o nosso país.

Tal como tem sido feito no passado, com outras empresas públicas, prevemos a privatização da Águas de Portugal dentro de alguns anos.
Para já é cedo. Há que alargar o negócio a todo o território português. E mais uns quantos detalhes.
Não falta muito...
Estamos perante um verdadeiro monopólio.
Estamos perante um dos grandes negócios do século XXI.
Negócio esse vedado e inacessível ao tão apregoado mercado.
Desta vez dá mais jeito assim... o mercado fica para a próxima.
É preciso é que se ganhe com isto. Mesmo que sejam muito poucos...

Os Portugueses podem continuar a pagar.

Porque ninguém deixará de comprar água.
Sob a pena de morte!

omissões na carta educativa

Porque necessitamos de uma Escola Secundária NOVA.

A carta educativa apresenta muitos dados.
Infelizmente nem todos são analisados, no documento, com a devida atenção.
O que empobrece a carta educativa, não dignifica os seus autores e afecta negativamente o desenvolvimento de Alcácer do Sal.
Falamos de factos concretos e recorremos aos dados apresentados.
Que são preocupantes.
Eis aqui um aspecto: o insucesso escolar no 12ºano.
A representação gráfica dos dados é a seguinte:

Donde se observa facilmente que:

  1. há uma tendência muito positiva de 1998 até 2000
  2. a partir do ano 2000, a tendência inverte-se; o insucesso escolar aumenta duma forma contínua e preocupante.
Se em 2000 houve 12 % de insucesso, em 2005 (último dado disponível) houve 45.
Um aumento de 375% em apenas 5 anos !!!

O que é que aconteceu?
Qual a causa deste insucesso?
Que acções estão a ser tomadas para inverter a situação?
Quem é responsável pela elaboração dum plano de recuperação?
Quais são as acções identificadas para o efeito.
Como vão ser implementadas?
Quem são os implementadores?
Quais são os timmings?
Como se vai verificar a efectividade do plano?
Etc...

Não vislumbramos, na carta educativa, nenhuma preocupação especial pelo insucesso escolar na Escola Secundária.
Mas que ele existe, existe! (ou a carta educativa contém dados que não reflectem a realidade).

Tem-se falado muito duma escola nova. Mas, esta escola de que falam, resume-se a betão e pouco mais. A Nova Escola de que todos nós precisamos é MUITO mais do que isso. Negligenciar este facto compromete o desenvolvimento do nosso concelho.

Esperamos, todos, por uma verdadeira Nova Escola !
A tendência verificada terá que ser invertida.
Com a participação activa de todos os elementos integrantes do processo educativo.
Sem exclusões nem omissões. Sem tratamentos preferenciais, nem cunhas. Com dignidade, correcção e profissionalismo.
Há que exigir resultados aos responsáveis pelos destinos da educação em Alcácer do Sal.
Os nossos alunos, que ainda optam por estudar na ESAS, merecem-no!
Alcácer do Sal também.

Os dados (vejam os resultados de 2000) mostram que é possível fazer melhor.

Façam-no!
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NOTA:
Os dados apresentados foram retirados da carta educativa.
Repare-se que o insucesso escolar é menor nos 1oº e 11º anos. Acontece que no 12º ano há exames nacionais eliminatórios, o que não acontece nos anos anteriores. Se a explicação estiver neste facto, a preocupação deverá ser ainda maior.

4 de julho de 2008

vergonha

A folha de Alcácer nº 38, a última publicada, trazia a notícia duma presidência aberta.
Esta presidência aberta foi no, popularmente conhecido, muro da vergonha.

E vergonha porquê?

Porque esta obra foi iniciada à cerca de 6 meses e ainda não está pronta. É duma simplicidade extrema. E contraria todo o discurso oficial de início de mandato deste executivo: o agora é que é, o agora planeia-se, cabimenta-se e executa-se como deve ser.
Afinal não foi!

Mas, com esta presidência aberta, a vergonha aumentou.

Porque valorizou algo que deveria ser escondido - quem se pode orgulhar de tamanha trapalhada?

Porque demonstra que não há, em Alcácer do Sal, nada mais relevante para se ver numa presidência aberta - o que é duma pobreza deprimente.

Porque confirma que ninguém liga às presidências abertas. Por isso estão desertas. Vejam a figura acima. Só lá aparece uma pessoa, que está no seu local de trabalho...

Bora lá mudar?

estórias de Portugal de hoje


SERÁ GOZO?

  1. o redbull e a coca-cola pagam 5% de IVA

as cadeiras de bébés pagam 20% de IVA

a comunidade europeia manda aumentar o IVA das portagens de 5 para 20% ; o governo obedece e paga a diferença

os combustíveis sobem desmesuradamente mas o governo não pode descer os impostos, para o bem do nosso país...

... enquanto o IVA aplicado aos ginásios desceu, muito recentemente, de 21 para 5%

Tudo isto para o nosso bem.

Será gozo? Ou estarão a testar a nossa paciência?

3 de julho de 2008

Falharam. Outra vez!

Falamos do Centro Cultural Pomba Cupido.
Havia um projecto com cerca de 5 anos...
O actual executivo decidiu avançar com a obra.
Anunciou-a em vários locais.
O resultado é visível através das fotografias. Palavras para quê? Já ninguém estranha o facto.

vista geral do edifício
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Lê-se, no painel publicitário, colocado no local e assinado pela CMAS:
" Projectos consistentes, investimentos seguros "
"Damos o nosso melhor a pensar em si!"



Detalhes do mesmo painel:
" Conclusão prevista: Junho 2008 "

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Junho de 2008 já passou.
A obra está longe de estar concluída.
Não percebemos onde está a consistência do projecto nem a segurança do investimento.
Mesmo a darem o seu melhor, falharam outra vez.
Não há obra que se veja.
Por muito pequena que seja.
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Alcácer merece mais!

2 de julho de 2008

falta de visão?

A nova Escola Secundária de Alcácer do Sal tem sido alvo duma atenção especial deste executivo.
Nesse processo, o ministério da educação obrigou o município a aprovar uma carta educativa para o Concelho.
A nova escola será construída com base nas necessidades identificadas nessa carta educativa. Motivo pelo qual fomos ler o documento.
Ficámos preocupados.
Explicamos porquê.

  1. A população do Concelho está a diminuir a um ritmo de 0,16% ao ano. Ou seja, entre 1991 e 2001 a população decresceu de 14.512 para 14.287 indivíduos, o que dá 1,6% em 10 anos.

  2. Estão em construção, na região, vários empreendimentos turísticos de média e grande dimensão. Sabe-se que a população residente não satisfará as suas necessidades de mão-de-obra. Pelo que são esperadas pessoas, vindas de fora, para o preenchimento de muitos dos postos de trabalho. Estas pessoas, ao fixarem-se na região, farão crescer a população activa (para trabalharem cá) e, consequentemente, a população estudantil (seus descendentes).

  3. É necessário formar, localmente, profissionais capazes de responderem às necessidades de trabalho na região. Ou seja, é importante estimular os nossos jovens a estudar, evitando que estes tomem opções com difíceis saídas profissionais.

  4. Pelos mesmos motivos e como um objectivo a médio prazo, é ainda imprescindível estimular, efectivamente, a natalidade. O que nem sequer se ouve falar.

Perante estes factos observamos os dados da carta educativa relativos à Escola Secundária de Alcácer do Sal - ESAS. E o que observamos foi:

A entrada de novos alunos na ESAS tem diminuido a um ritmo muito preocupante - se em 1998 (há 10 anos) havia 210 alunos no 10º ano, em 2005 (último dado disponibilizado) esse número era de apenas 98 alunos! Menos 53%. (ver gráfico com linha de tendência). Enquanto a população total apenas regrediu 1,6% em 10 anos...
Perante tudo isto, o que mostra a carta educativa?
Mostra que, embora os alunos permaneçam (em média) mais tempo na escola (porque reprovam mais) a população escolar da ESAS vai continuar a diminuir! (ver gráfico abaixo). As projecções apresentadas na carta educativa mostram uma Escola Secundária a definhar, a mirrar, ano após ano. Só poderá haver aqui um grande erro. Alguém está enganado na condução dos destinos deste concelho.
Não haverá perguntas a responder, problemas a solucionar, análises a fazer antes de apresentar pacificamente estes números crúeis?
Claro que há. Como há outro caminho a percorrer: o caminho do progresso e do desenvolvimento.
É necessário que os nossos jovens prolonguem os seus estudos pelo menos até ao ensino secundário. Para isso é necessário que a Escola Secundária se torne atractiva e estimulante. E isso é incompatível com as projecções feitas para a população escolar da ESAS.

É necessário entender o motivo pelo qual há cada vez menos alunos a inscreverem-se no 10º ano. Não nos referimos aos que deixam de estudar, mas aos que optam por outras escolas, externas ao concelho. Conhecemos vários. Têm as suas razões. E se nada mudar, muitos outros se lhe juntarão. Se não conseguirmos manter os nossos jovens ligados à nossa terra nesta fase da sua vida, corremos sérios riscos de os perder para sempre, como elementos activos na nossa sociedade local. Com custos elevados. E, ainda por cima, quando temos falta de pessoas qualificadas...

É preciso valorizar a formação das pessoas!

Nós temos, efectivamente, outra opinião. Porque acreditamos que é preciso fazer mais e melhor. O que está ao nosso alcance. Basta querer, saber e lutar por valores que nos dignifiquem a todos.

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NOTA: os dados apresentados foram retirados, sem excepção, da carta educativa.

1 de julho de 2008

estórias de Portugal de hoje

Foi hoje divuldado o breve arquivamento do processo judicial Madie, a pequena Inglesa desaparecida no Algarve. Já todos nós esperavamos por este desfecho. Foi, talvez, a investigação policial mais cara de Portugal. Foi a mais mediatizada. Envolveu o governo central. Para não se chegar a nenhuma conclusão.
Ninguém estranhou.
A justiça não funciona no nosso país. Porque é que agora seria diferente?
Ao mesmo tempo, é divulgado o facto de que há falta de médicos em Portugal. Para resolver o problema, a nossa ministra da saúde propõe ir buscar médicos ao estrangeiro. Ficamos embasbacados! Descobriram agora que há falta de médicos? Mas há tantos e tantos estudantes, brilhantes, espalhados por Portugal fora que gostariam de seguir medicina. E só não o fazem porque a sua média escolar é de 17 ou 18 valores (em 20)! O que os impede de ingressarem no curso que mais desejariam... Alguns, com mais posses, vão estudar para o estrangeiro, onde são bem acolhidos e têm sucesso. O governo sabe fechar hospitais, centros de saúde, maternidades, etc. e não sabe que é necessário formar mais médicos? Mal vai a saúde neste país.

O assunto acaba por nos levar para a política da educação em Portugal. O ministério da Educação anda obcecado com os professores, fecha escolas, junta o 1º ao 2º ciclo (com consequências negativas para os mais novos), põe crianças a deslocarem-se muitos kilómetros para irem à escola, separando-as da sua família e do seu meio social (há muitos que saem da sua terra às 8 da manhã para só regressarem às 5 ou 6 da tarde)... numa autêntica jornada de trabalho ... infantil. Vendem-lhes computadores portáteis a preço de saldo. Mas não os ensinam a utilizá-los plenamente. Pressionam e penalisam os professores mais exigentes e mais profissionais. Fazem exames fáceis, pretendendo com isso dados estatísticos convenientes. Comprometem a preparação dos jovens para enfrentarem um futuro que se assume como cada vez mais difícil.
Depois, aparece o Ministério da Educação 2, (do ensino superior) que se esquece das necessidades de formação de médicos. Mas não é só em Medicina que há falta de profissionais qualificados. Em contraste há outras áreas em que se formam muitos alunos sem saídas profissionais. Agora desempregados. Triste política de educação...

Podíamos falar de mais coisas, no Portugal de hoje.
Mas num país em que a justiça, a saúde e a educação mostram tamanhas fraquezas, já está tudo dito.
Num Portugal, em crise profunda, com um governo que se orgulha da redução do IVA em 1%. E nada faz para combater a especulação nos preços dos combustíveis...