30 de novembro de 2008

a fome e a gula

Decorre este fim de semana mais uma recolha de bens pelo Banco Alimentar Contra a Fome.
Há cada vez mais Portugueses a recorrerem aos apoios prestados por esta instituição.
Há cada vez mais pessoas com falta de dinheiro para ...comer!
Há Portugueses solidários, daqueles que vão aos supermercados e que contribuem.
Mas não são todos...
Há alguns que não dão porque não têm. E ninguém pode dar aquilo que não tem.
Outros não dão, porque não vão ao supermercado e porque...
Vejamos alguns aspectos relacionados com esta questão.

A União Europeia reprovou, esta semana, um reforço orçamental de 200 milhões de euros do programa comunitário de ajuda alimentar. Ou seja, a CE rejeitou a hipótese de se passar de 300 para 500 milhões de euros o apoio alimentar! Elucidativo.

Em Portugal, seguindo a estratégia do mundo ocidental, o governo decidiu ajudar o Banco Português de Negócios, com recurso ao dinheiro dos nossos impostos.
Nacionalizou-o.
Segundo a imprensa, o buraco no BPN pode ultrapassar os mil milhões de Euros. Comparando estes 1.000 milhões (para apenas um banco Português) com os 300 milhões que a Comunidade Europeia disponibiliza para apoiar os que não têm que comer em 27 países...
Segundo o 24 Horas, José Oliveira e Costa (ex-presidente do BPN) apoiou a campanha eleitoral de Cavaco Silva com uma doação de 15 mil euros. Que terá doado tão ilustre personagem ao Banco Alimentar Contra a Fome? Ou será que a fome dele é outra?

Ainda em Portugal e segundo o Expresso, o governo optou por socorrer o Banco Privado Português devido ao efeitos que a falência do banco teria na imagem de Portugal nos mercados externos, bem como a crise de confiança que acarretaria internamente.
Este banco não é um banco comercial.
Tem como principal objectivo a gestão de fortunas.
Actuava essencialmente no mercado financeiro internacional.
A grande maioria do Portugueses não reunia as condições mínimas para poder ser aceite como cliente nesta instituição...
Ouve-se agora dizer que o BPP poderá usufruir duma garantia do Estado que rondará os 600 milhões de euros.
Essa garantia é suportada, uma vez mais, com o dinheiro dos nossos impostos.
Assim se corrigem os erros (ou a ganância?) dos responsáveis pela administração do banco. Responsáveis esses que receberam do BPP, em 2007, mais de um milhão de euros em remunerações e acções (falamos de apenas 4 administradores)...
Sabe-se também que o ex-presidente do BPP, João Rendeiro, mantém o seu vínculo à função pública... sempre pode vir a dar jeito, não pela fome mas, quem sabe, pela gula...

Há poucos meses, o governo também decidiu apoiar um outro banco, o BCP.

Cedeu mesmo os seus melhores administradores no activo - da CGD - para que pudessem ajudar tão ilustre instituição. E nem as questões de concorrência impediram tal decisão. É que os administradores da CGD à data estavam, certamente, na posse de muitas e importantes informações confidenciais, relativas à instituição que geriam. Informações essas que podem agora ser utilizadas em benefício do BCP e em prejuízo da CGD...
Ou será que esses administradores eram do tipo Dias Loureiro que não sabiam nada do que se passava no banco? Mas, se assim fosse, para que é que serviria a sua ajuda no BCP, se eles não sabiam nada de nada? A propósito, para que serviria Dias Loureiro na administração do BPN ?

Como se pode observar, apoios há.
Alguns deles são direccionados para quem passa fome.
Outros para quem é guloso.

Fica o agradecimento à Comunidade Europeia e ao seu Presidente.
"Saúdo esta iniciativa da Comissão [programa de estímulo económico] e felicito o seu presidente [Durão Barroso] por esta iniciativa".
José Sócrates, Lusa, 26-11-2008


a força da tanga

Estamos agradecidos ao povo Irlandês!

29 de novembro de 2008

o fosso


28 de novembro de 2008

desprezo pelos míudos?

Houve, na vereação da CMAS, quem se mostrasse preocupado com a chegada das chuvas.
Até deu para escrever sobre isso na folha de Alcácer.
Palavras...
Intenções...
Faltam resultados!

A intervenção em causa iniciou-se em Fevereiro.
Estamos a chegar a Dezembro.
Falta muito para estar acabada.
E é uma coisa tão simples!
Para quem não sabe dançar...
...até o chão atrapalha!

Alcácer merece mais!

27 de novembro de 2008

instabilidade no pacto de estabilidade

A crise que Portugal atravessa já se sentia no início do milénio.
Havia na altura, pelo que constou, um pântano político avassalador.
Nessa altura a Europa estava em crescimento, demonstrando grande fulgor. Nós estavamos em crise declarada.
Era o Portugal da tanga...
Ferreira Leite era ministra...
Havia um Pacto de Estabilidade que era necessário seguir.
Havia um défice sagrado que justificava tudo.
Havia investimento público que era necessário cortar.
À custa desse pacto fez-se muita coisa.
A grande maioria dos Portugueses perdeu poder de compra, perdeu direitos, perdeu alegria, ... perdeu!
Outros houve, uma pequena minoria, que ganharam, ganharam muito. Dinheiro, poder, influência...
Os Bancos davam lucros fabulosos. Com a ajuda de reduções no IRC.
Tudo isso se fazia duma forma aparentemente determinada.
Diziam-nos que aquele era o caminho a seguir.
Diziam-nos que era imprescindível e necessário.
Diziam-nos que era para o bem de todos nós.


Os tempos mudaram.
Para isso a Europa deu, uma vez mais, a sua ajuda. E levou-nos o discurso da tanga para Bruxelas.
À tanga sucedeu-se a engenharia da Universidade Independente.
A crise em Portugal continuou.
O pacto de estabilidade manteve-se.
O défice permaneceu sagrado.
O investimento público reduziu-se.
A grande maioria dos Portugueses continuou a perder.
A Europa mantinha a sua vitalidade.
Diziam-nos que aquele era o caminho a seguir.
Diziam-nos que era imprescindível e necessário.
Diziam-nos que era para o bem de todos nós.

Mas eis que alguém descobre que os bancos andavam a fazer batota.
Gente honrada, insuspeita e honesta deu em ... batoteiros!
Descobriram-se produtos tóxicos no mercado.
Descobriram-se buracos por tudo quanto era sítio.
Como ninguém parece ter sido responsável por isso, conclui-se que as descobertas se deveram a fenómenos de geração espontânea.
Por isso era preciso dar uma mão e ajudar.

Nesta altura, a crise continua instalada em Portugal. Mas não só.
Agora vêm-nos dizer que afinal o Pacto de Estabilidade pode ser alterado.
Agora vêm-nos dizer que o défice pode ser ultrapassado.
Agora vêm-nos dizer que o investimento público deve crescer significativamente.

Enfim, vêm-nos dizer precisamente o oposto que nos diziam ainda há muito, muito pouco tempo.
Dizem-nos isto, da mesma forma como nos disseram o contrário.
Que este é o caminho a seguir.
Que tudo isto é imprescindível e necessário.
Que tudo isto é para o nosso bem.

A crise continua.
A maioria dos Portugueses também continua... a perder.
E a pagar o descaramento dos batoteiros.
Tudo isto parece normal numa sociedade vocacionada para as "empresas".
Mas não faria mais sentido seguirmos no sentido duma sociedade vocacionada para as Pessoas?

O que faz a ganância...
... e a batota!

26 de novembro de 2008

amianto na revolução

Na "revolução" em curso em Alcácer do Sal, anunciada pela equipa Paredes, realça uma preocupação com o amianto.

Lê-se nas notícias publicadas: "No que toca ao abastecimento de água, a velha canalização tem a agravante de ser em ferro fundido e fibrocimento (que contém amianto, material potencialmente cancerígeno)".

Está cientificamente provado que o amianto pode provocar cancro do pulmão através da sua inalação.
Sabe-se que o período de encubação da doença pode ser muito longo (muitos anos). O que dificulta a relação entre a causa do problema e o seu efeito visível. E pode levar uma pessoa mais distraída a não valorizar o risco no momento.

Para melhor esclarecimento sobre os riscos provocados pelo amianto pode fazer uma pesquisa na internet. Recomendamos a leitura da informação disponibilizada oficialmente pela Comunidade Europeia.
O risco de se contrair cancro do pulmão, por inalação de partículas microscópicas de amianto, é um risco real e preocupante.
Não se trata, como algumas pessoas querem fazer crer (onde se inclui o assessor do Presidente - Luís Dias), dum falso alarme. Se o fosse, a Comunidade Europeia não tomaria as posições que tomou.
Em nossa opinião, a desvalorização deste problema, como de muitos outros, apenas pretende encobrir a incapacidade de quem tem a responsabilidade de agir, de corrigir e melhorar a situação actual, condição indispensável à evolução duma sociedade. Também pensamos que os responsáveis, cientes de que não dispõem da determinação, do saber e da vontade necessárias para superar este tipo de obstáculos, desviam as atenções (as feiras, as festas...) e/ou mascaram os factos de acordo com as suas conviniências.

Acontece que, até há poucos anos, o fibrocimento incluiu amianto na sua composição. Desconheciam-se, na altura, os seus efeitos negativos.
Teve uma aplicação muito variada na construção civil (e não só, infelizmente).
Com grande incidência em coberturas / telhados / revestimentos.
Alcácer do Sal não foi excepção. Existem várias construções, espalhadas pelo concelho, com coberturas de fibrocimento.
Um dos exemplos é a Escola do Morgadinho.


Ciente deste risco, a Associação de Pais pediu, à cerca de dois anos, apoio ao Presidente Paredes para resolver este problema. Ou seja, pediu a remoção das placas de fibrocimento da Escola e a sua substituição por outro material que não fosse suspeito de causar danos graves à saúde das pessoas.
O Presidente Paredes assumiu o problema e comprometeu-se com a substituição da actual cobertura. Também assumiu uma data para que a obra estivesse terminada: o início do ano lectivo em curso. Ou seja, Setembro de 2008.
A data para conclusão da obra já passou.
As obras nem sequer foram iniciadas.
Porquê?
Ninguém pode afirmar, neste momento, que o risco na Escola do Morgadinho não existe.
Mas isto parece não preocupar a equipa Paredes.
Pelos vistos, a saúde das pessoas - maioritariamente crianças - pode eventualmente esperar.

O que não esperou foi uma uma revolução imaginária em Alcácer do Sal.
Com a preocupação do amianto nas condutas de água.
Que, nessa aplicação particular, é inofensivo.
Porque o risco existe apenas através da inalação. Ora nós não inalamos água...
Não é referido oficialmente mas o maior risco, nesta situação, decorre do processo de substituição das condutas de fibrocimento. Ou seja, através do seu manuseamento e posterior depósito. Neste processo, as normas de seguranças abundam e estão muito bem definidas. Aí há realmente espaço para o executivo da CMAS se debruçar. E verificar se as normas de segurança estão a ser devidamente seguidas. Para que não se repita aquilo que aconteceu na substituição da cobertura de fibrocimento do Centro Infantil, há cerca de um ano...

Em nossa opinião, esta nova preocupação da CMAS deriva da oportunidade em executar os projectos disponíveis e financiados pela Comunidade Europeia. Neste caso concreto, os projectos em curso já estavam aprovados quando a equipa Paredes chegou, com um rei na barriga, ao poder. O aproximar das eleições e a ausência de obra que se veja provoca um nervosismo difícil de disfarçar. E que, por vezes, dá origem a passos em falso. O que acontece, em nossa opinião, com estas incongruências do amianto...
... É que se mostram preocupados com o amianto onde ele é mais inofensivo e desprezam o amianto onde ele pode ser, claramente, mais agressivo.
Oportunismo político?

Alcácer merece mais!

______________________
NOTA:
A necessidade de renovação das condutas de abastecimento de água e de escoamento de esgotos é inquestionável. Ela é claramente necessária e já vem tardiamente.
Aqui a questão é outra.
É a falta de coerência na utilização dos argumentos seleccionados. E o tipo de acções desenvolvido...

25 de novembro de 2008

terão começado?

Terão começado?
Terão começado as obras no Largo Luís de Camões e sua envolvente?

Ouvia-se dizer, há cerca de 3 anos, que este local seria alvo de uma das primeiras intervenções de requalificação.

Será que começaram agora a intervenção e nem sequer avisaram as pessoas?
Veja a alterações mais evidentes, captadas neste local a 25.11.2008:




Resta-nos relembrar que, nestes 3 anos, já ocorreram ali várias intervenções intermitentes. Acções desgarradas ou ocorrências casuísticas. Eis as mais vistosas:

  1. parquímetros (2) - destruídos
  2. parque de bicicletas gratuitas para os munícipes - destruído
  3. arquitontice toldo dos taxis - executado
  4. arquitontice toldo do camarão - executado
  5. esgotos no rio - adiado
  6. trânsito na rotunda 25 de Abril - desleixado
  7. estacionamento - desordenado

Falta obra que se veja. Não só no Largo Luís de Camões, mas em toda a cidade... Já passou tempo suficiente para mostrarem do que (não) são capazes.

Alcácer merece mais!

21 de novembro de 2008

arquitontices chegam ao Torrão!

As arquitontices chegaram ao Torrão.
Estão em exposição na Praça Bernardim Ribeiro.
A sua estética, localização e integração em tão emblemático local é significativa.
Comentários para quê?
As imagens falam por si...

Notável, não é?




Não resistimos a fazer uma sugestão:
Recomendamos à CMAS que encomende um estudo, à Parque Expo SA, para casas de banho com viabilidade de privatização. E, se der para pedir mais uma coisinha, também podiam pedir para estudarem um fontanário. E, já agora, também estudavam uns pinos verdes, para colocar ali à volta. Para terminar, pediam ainda para estudar um muro, assim como o muro da vergonha e um toldo! Sim, um toldo, mas a sério. Não como o toldo dos Açougues nem como o toldo dos táxis. Mais parecido com o toldo do camarão, mas que faça sombra onde ela faz falta! Iluminado com lâmpadas fluorescentes, daquelas que se usam nas barracas da feiras. Tudo pintado de branco, o imaculado branco. Depois bastaria esperar que os empresários da noite, da dança, da arqueologia e dos desportos ao ar livre se sentissem atraídos para investirem num sistema imaterial... com uma sociedade de reabilitação.

Para celebrar tanto estudo, tanta iniciativa e tanto fulgor, faziam uma estátua à Arquitontice e colocavam-na bem alta, lá bem em cima, como símbolo de genialidade duma equipa capaz de governar um... quintal!

20 de novembro de 2008

Brasil, 6 - Portugal ...



a "revolução" Paredes

A página da CMAS na internet anuncia uma revolução em Alcácer do Sal.
Ali para a zona histórica.
Inclui canalizações de abastecimento de água, condutas de drenagem de esgotos e calçada. Que necessitam, indiscutivelmente, de ser reparadas e melhoradas.
O título da notícia é "Obras revolucionam centro histórico de Alcácer do Sal".
O artigo fala do esforço dispendido por esta quipa na execução das obras.
Mas não fala que, quando a equipa capaz de governar o mundo chegou à CMAS, já havia duas candidaturas aprovadas para a renovação dos sistemas de abastecimento de água e de esgotos.
O valor total das duas candidaturas rondava um milhão e oitocentos mil Euros (1.800.000,00€)!


Para quem acha que tem uma equipa capaz de governar o mundo...
...levar quase 3 anos para avançar com o projecto não é incapacidade.
Não é incompetência.
É genialidade...

Com esta revolução Paredes, vamos ter uma rede de esgotos renovada, a descarregar directamente no... Sado!
Ainda não descobriram que é urgente construir uma ETAR?
Já se esqueceram das promessas?
Genial?

Ganda revolução...

Alcácer merece mais!

18 de novembro de 2008

resposta

O Alcácer do Sol mostrou a sua indignação perante a notícia "estrada da Ameira já pavimentada", publicada na última folha de Alcácer.
Houve quem considerasse a nossa abordagem incorrecta, ou mesmo pouco honesta.
Pelo que voltamos ao tema, para esclarecer melhor a nossa posição, se é que era necessário... (a sabedoria popular diz que mais cego é aquele que não quer ver)

Certo é que a folha de Alcácer do mês passado afirma: "a estrada da Ameira já está pavimentada."


Eis as imagens da referida via no dia 13.11.2008:


















As imagens falam por si.
Avalie você quem fugiu à verdade...

Alcácer merece mais!

17 de novembro de 2008

estrela nacional

Ouvimos dizer que o Estrela da Amadora corre sérios riscos de vir a ser nacionalizado.
Este facto decorre, por um lado, das dificuldades financeiras do clube. Por outro lado, decorre da defesa do interesse público.
O governo, particularmente activo e atento às questões financeiras, poderá tomar medidas rapidamente. Um dos aspectos em causa são os salários dos jogadores em atraso. O que poderá originar uma greve que, a acontecer, gerará um impacto negativo à desejável estabilidade do campeonato português de futebol.
Também ouvimos dizer que se pretende desenvolver uma imagem forte do futebol nacional perante o mundo e a UEFA. Há necessidade em manter viva a possibilidade de virmos a organizar, em breve, um campeonato do mundo. Um desígnio nacional que poderá integrar os projectos de interesse nacional - PINs.
Repare-se que o sucesso de Portugal sempre se deveu, em grande parte, ao futebol. Antigamente disputava o seu poder com o fado e a N.SrªFátima. Hoje disputa-o com as telenovelas, os centros comerciais e o marketing. Mantendo sempre um papel de elevado relevo na sociedade portuguesa.
Argumentos mais do que suficientes para justificar qualquer nacionalização. Ainda ouvimos dizer que, caso o governo avance com o processo, o estrela da amadora poderá passar a chamar-se o estrela da nação ou, alternativamente, o estrela da nacionalização.

Entretanto, o sector bancário, ao ter conhecimento destes factos, já reclamou um tratamento equivalente para a banca. Argumentam que o sector bancário está a atravessar uma nova fase duma situação financeira difícil. E que os apoios dados já lá vão. E o que já lá vai, já lá vai. Como ainda não conseguiram sair da crise e ainda há dinheiro disponível dos nossos impostos, argumentam que estão reunidas as condições necessárias à atribuição de apoios adicionais. Reinvindicam assim a nacionalização de todos os prejuízos, mas só mesmo dos prejuízos do sector.

No apoio a tão altos desígnios, poderá também ser avaliada a hipótese de se voltar a aumentar os impostos. O que se pode justificar, tendo em atenção que tudo isto, a acontecer, será para o bem de todos nós.

16 de novembro de 2008

alunos 2

Na semana que agora termina houve, em Portugal, várias manifestações de estudantes do ensino público.
Contestavam, essencialmente, o regime de faltas definido no estatuto do aluno (ver artigo "alunos", aqui publicado no dia 14.Nov.2008).
Nessa altura os alunos foram acusados, por vários sectores ligado ao poder, de estarem a ser manipulados.

Segundo a TSF, hoje, domingo, Maria de Lurdes e o seu ministério distribuiu, por todas as escolas, um "despacho".
O "despacho" entra em vigor já amanhã, segunda-feira.
E define alterações ao regime de faltas dos alunos!
Chegou-lhes agora a pressa...

Se Maria de Lurdes decidiu trabalhar este domingo, nas alterações ao regime de faltas, é porque reconheceu a necessidade em modificar o que estava previamente definido. E se fez modificações é porque havia incorrecções. Senão teria ficado, ela e a sua equipa, a descansar - sempre se poupavam umas horas extras ao erário público...

Ao alterar o regime de faltas dos alunos, Maria de Lurdes veio demonstrar que os estudantes tinham razão.
Se os alunos tinham razão, caem por terra as afirmações de que eles estavam a ser manipulados. Quando muito, se alguma coisa houve, tratou-se apenas de estarem a ser bem aconselhados. Porque, tal como a ministra confirmou com a sua acção, eles estavam a defender pontos de vista correctos.
Resta assim a questão: afinal, aqueles que acusavam, alto e bom som, os alunos de estarem a ser manipulados, estavam era, eles mesmo, a manipular... a opinião pública. Desceram ao nível daqueles que arremessavam ovos como forma de protesto. Valerá tudo na política?

Enfim, são estes os dirigentes que temos...
Num dia defende-se uma coisa.
No dia seguinte decide-se em direcção oposta...

Por algum motivo estamos, e pelos vistos vamos continuar a estar, na cauda da Europa.

____________________________
NOTA:
Houve manifestações de estudantes em que ocorreram factos lamentáveis, como o arremesso de ovos.
Mas, outras houve, em que isso não aconteceu. Como exemplo podemos referir a manifestação dos estudantes onde foram captadas as fotografias aqui apresentadas na 6ª feira. E esse facto não foi divulgado na comunicação social. Porquê? Falaram de comportamentos incorrectos quando eles aconteceram. Não falaram dos comportamentos pacíficos e civilizados quando eles também aconteceram.
Será manipulação?
Ou é apenas política?...

3 anos em sondagem

Decorreu, nas últimas duas semanas, mais uma sondagem do Alcácer do Sol, que contou com 60 participantes (um único voto por cada ligação à internet - cada IP).

À pergunta:
na sua opinião, no jantar comemorativo dos 3 anos de poder em Alcácer do Sal, o prato forte foi:

A opção que reuniu o maior número de votos foi:

o rei na barriga, na chegada ao poder (30 votos)

Seguiram-se outras opções como:

obras imateriais (21 votos)

a mão invisível que quer controlar tudo (21 votos)

nomeação política de sucesso de Ana Massano para a REGI (19 votos)

a resignação actual perante a incapacidade (19 votos)

negócios da noite (17 votos)

as "batatadas" nas eleições concelhias (16 votos)

as promessas da campanha por cumprir (16 votos)

saída da câmara do sr. Caetano (15 votos)

as obras iniciadas que nunca mais acabam (14 votos)

o esquecido plano operacional (12 votos)

as intenções apresentadas e nunca concretizadas (11 votos)

o protesto apresentado a Vítor Ramalho (10 votos)

"outra" foi a opção menos votada (8 votos), ou seja, aquela que excluía todas as anteriormente apresentadas.

Note-se que esta sondagem permitia, a cada participante, escolher simultâneamente várias opções.

15 de novembro de 2008

futeboladas


Um simples jogo de bola a feijões, entre Portugal e o Brasil, vai custar cerca de 1 milhão de euros...
Parece divertido.
Estarão a gozar connosco?
Ou nós é que andamos enganados?

Dizem-nos que não há dinheiro para isto, nem para aquilo, devido à crise (largas costas tem esta crise)
Depois falam-nos de utilidade pública.
E passam cada vez mais telenovelas, constroem mais centros comerciais, invistem em off-shores e nacionalizam prejuízos privados (só os gigantescos).
A nós cabe-nos pagar.
Perder poder de compra.
Suportar o mau funcionamento de Escolas e de Serviços de Saúde que conseguiram resistir ao seu encerramento.
Aguentar a inoperância da Justiça.
Colaborar com o elevado preço dos combustíveis, quando o crude desce no mercado internacional.
Assumir os elevados juros da euribor, comparados com os juros do banco central europeu.














Colaborar com a especulação financeira ao comprarmos alimentos a preços incompreensivelmente inflacionados.
Aceitar o aumento dos impostos (quando prometeram que não o fariam...)
Observar pacificamente o crescimento da corrupção.
Suportar políticos corruptos e incompetentes.
Acreditar que este é o modelo socio-económico possível, sem alternativa viável, verdade quase imaculada!

Você consegue estar de acordo com este tipo de sociedade?

14 de novembro de 2008

alunos



Decorreram hoje, em várias cidades de Portugal, manifestações de alunos do ensino básico e secundário.
Houve escolas fechadas, protestos e polícia. Alguns deles à paisana e infiltrados no meio dos estudantes. O Estado estava, possivelmente, em risco.
Falámos com um estudante que participou activamente nos protestos.
Tentámos entender o motivo da sua contestação.

Eis os pontos de vista apresentados:

1. Regime de faltas. Um aluno que falte o equivalente a duas semanas - 10 dias - terá que fazer uma prova, por cada disciplina, para retomar a Escola com possibilidade de sucesso. Independentemente do motivo das faltas. Ou seja, um baldas tem o mesmo tratamento que um aluno empenhado que tenha um problema de saúde. Na perspectiva do estudante com quem falámos, isto é injusto e inaceitável.

2. Um aluno que siga o percurso normal no ensino secundário tem que cumprir, com dedicação, três anos de estudo. Um outro aluno, com uma perspectiva alternativa, abandona a escola, espera pelos 18 anos, inscreve-se no desemprego e tira o 12º ano em menos de um ano e com financiamento mensal através das novas oportunidades. Financiamento esse que é superior àquele que é atribuido aos alunos do ensino superior. Na perspectiva do estudante com quem falámos, isto é injusto e inaceitável.

Ficámos sensibilizados pelos argumentos deste estudante.
Perguntamos-lhe ainda se os estudantes estavam a ser manipulados.
Ele respondeu que sim, que estavam a ser alvo de manipulação. Havia quem os tentava manipular quando os queriam convencer de que as suas preocupações não tinham fundamento, que eram falsas, que eram desajustadas...

Que dizer?

Um dos participantes que mais se destaca na fotografia ostenta o fardamento da PSP e tem uma pose significativa... até parece que está ali perdido.

poluição económica







deserto... de ideias válidas

Quando se está no deserto, até as miragens são alvo de notícia.
A Estrada da Ameira, mesmo sem estar pronta, tem sido noticiada por vários meios de comunicação...
O que aguça a curiosidade.
Daí termos decidido regressar ao tema.
Não vamos falar na falta de passeios.
Nem de passeios onde uma pessoa não passa.
Nem de passeios com postes ao meio.
Ou para contentores do lixo...



Vamos apenas acrescentar 4 detalhes demonstrativos da incapacidade deste executivo camarário.

1. Porque será que não há espaços destinados à plantação de árvores ao longo da estrada da Ameira?

2. Porque será que não há espaços destinados à circulação, em segurança, de veículos não poluidores, alternativos ao poluente automóvel?

3. Porque será que os cabos eléctricos ficaram ali pendurados em vez terem feito uma instalação subterrânea? Empobrece a paisagem, polui visualmente, aproxima-nos do 3º mundo... Era possível fazê-lo. Senão reparem que na Azinhaga de Rio de Clérigos os postes de iluminação não estão ligados por cabos aéreos...

4. Porque razão se construiu "uma estação elevatória para o tratamento de esgotos e respectivas ligações" (ver imagem abaixo) e nem sequer se fala na construção da tão necessária ETAR? Vão elevar os esgotos para os enviar para onde?
Já imaginou o que sentiria se lhe vendessem um carro sem depósito de combustível? Você podia pôr gasolina no carro porque havia tampão e tubagem para ela escorrer. Só que depois não chegava ao motor...e o carro não andava.
É mais ou menos isto que se está a acontecer! Porque a CMAS constroi uma estação elevatória e suas ligações mas não constrói, nem sequer fala em construir, uma ETAR para tratar os respectivos esgotos.

recorte da última folha de Alcácer


São cabos a mais e capacidade concretizadora a menos!

Alcácer merece mais!

13 de novembro de 2008

é

Noticiava o Correio da Manhã de 8NOV2008 sobre o julgamento de Fátima Felgueiras:

«Crimes ficam sem castigo
Boa parte dos factos foram dados como provados. "É evidente que houve entregas de dinheiro ao Futebol Clube de Felgueiras. Deu-se também como provado que existiram retornos da Resin para financiar a campanha do PS. Havia contratos simulados, ajustes directos, no trajecto passaram-se facturas falsas." Mas, no final, um ano e meio depois do julgamento começar, nada disto resulta em condenações.»



...só que há uns mais iguais do que outros...

Ai Portugal, Portugal...

12 de novembro de 2008

a ponte é uma miragem

As obras na ponte estão quase prontas!
A ponte está a ficar mesmo bonita!
A intervenção começou há mais de um ano. Sob responsabilidade da Estradas de Portugal.
Neste ano, a rotunda 25 de Abril funcionou como um nó cego (do ponto de vista rodoviário).
A destruição da sua envolvente demonstra-o.
Mas vamos, finalmente, desfrutar de todo o trabalho de renovação.
O que é muito positivo.
Trata-se, afinal, duma construção emblemática de Alcácer.
Uma referência da nossa terra.
A curiosidade é tanta que fomos observa-la.
Aqui está o resultado na nossa curiosidade:



Há um toldo, ou melhor, uma arquitontice, que é um perfeito estorvo naquele local. A ponto de nos ocultar a visão da ponte (quando estamos nas esplanadas).
Esta foi uma das raras iniciativas criadoras deste executivo camarário durante os três anos de mandato.
Com um nível tal que é capaz de envergonhar qualquer pessoa de bom senso.
O tão pouco que fazem é de tão baixa qualidade que até dá dó!

Alcácer merece mais!

balança em movimento




A balança não está avariada.
Apenas desequilibrada.
Dê o seu contributo para acertarmos os pratos!
Participe na Vida activamente.
Olhe que,
tudo vale a pena
quando a alma não é pequena...

10 de novembro de 2008

mais vale tarde...



O pedido de desculpa está aceite.
Que a memória não o traia!

insegurança rodoviária

Há algumas semanas, fizeram uma intervenção na berma, junto ao Muro da Vergonha.
Deixaram, em plena curva, o pavimento danificado.
O que causa transtornos e gera insegurança na circulação rodoviária.
A imagem fala por si.



A imagem de quem dirige e coordena as actividades do Município continua a degradar-se.
Vá lá, acabem o trabalho.
Não deixem as coisas a meio.
Demonstra falta de profissionalismo.
Dá um ar desmazelado.
Retira-vos credibilidade.
Lembrem-se do vosso discurso e honrem a vossa palavra.
Os Alcacerenses merecem-no.

8 de novembro de 2008

"deixem-nos ser professores"

Realizou-se hoje uma manifestação que reuniu cerca de 120.000 pessoas.
Alcácer do Sal esteve representada. Tal como em Março, deste ano.
Participaram cerca de 80% dos professores de Portugal.
Estarão tantos professores enganados?






Que a Escola tem que mudar é uma opinião unânime.
Que a Escola Pública funciona cada vez pior é um dado que poucos se atrevem a contrariar.
Os políticos, dos últimos 30 anos, são os grandes responsáveis pela degradação do ensino público em Portugal.
E quem tem beneficiado dessas políticas?
O Português comum não foi, seguramente.




Querem-nos convencer de que a salvação do sistema passa pela avaliação dos seus "peões"?
Quantos problemas funcionais e estruturais persistem na Escola sem que os Conselhos Executivos, as Direcções Regionais ou o Ministério da Educação tome acções concretas e efectivas para a sua resolução?

Que sinal se transmite aos Portugueses quando se melhoram as estatísticas através de manobras de secretaria?

Passa pela cabeça de alguém avançar com um processo de mudança em conflito com 80% dos seus implementadores?
Pode passar, mas não em Democracia.
Maria de Lurdes necessita, urgentemente, de desenvolver as suas débeis capacidades de liderança.
O seu poder de influência é negativo.
A sua acção gera rejeição.
Será aquela mão invisível, que tudo tenta dominar, que lhe dá a força para seguir este caminho, rumo ao colapso?

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NOTA:
Já falámos com muitos professores.
Nenhum deles se mostrou desconfortável com o facto de ser avaliados.
(para chegarem a professores já foram avaliados tantas, tantas vezes...)
Mas todos eles se manifestaram contra esta avaliação.
Estarão todos errados?

miauuuu! miauuuzinho!!!

7 de novembro de 2008

factos são factos

Voltámos a ser criticados por não termos uma postura construtiva com o actual executivo camarário.
Aceitamos a iniciativa como sendo um elogio.
Explicamos, uma vez mais, porquê.

Para que serve ser construtivo se esta Câmara rejeita, preconceituosamente, os contributos de quem não se subordina à sua “disciplina” partidária?
Será esta uma consequência daquela mão invisível que João Massano referiu publicamente?
Uma coisa é certa, há motivos concretos para o Alcácer do Sol mostrar o seu descontentamento. Senão vejamos.

O Alcácer do Sol não optou por esta forma de estar por acaso. E também não esteve calado até Novembro de 2007 por distração.
Nesses dois anos o Alcácer do Sol observou e analisou os dados que descontraidamente foi recolhendo. E da observação de dois anos de actividade resultou, com naturalidade, na indignação que é patente nestas páginas.

Acontece que há três anos houve eleições.
O PS ganhou legitimamente.
Teve maioria absoluta, o que lhe deu todos os poderes para governar.
E governa com naturalidade.
Durante a campanha eleitoral foram feitas promessas.
Quando esta equipa se sentou na cadeira do poder estava tão entusiasmada que julgava ser uma equipa capaz para governar o mundo.
Transbordavam confiança.
Estavam convictos que iam fazer tudo e mais alguma coisa.
A situação económica herdada era positiva (já confirmado por Pedro Paredes) o que era uma grande ajuda.
A expectativa criada foi enorme!

E fizeram muita coisa.
Mas na vida o que conta são os resultados.
E é sobre eles que se fazem avaliações.
Se havia dinheiro e estavam em maioria absoluta, que desculpa poderia haver para justificar um falhanço?
Só uma calamidade, o que até há data não ocorreu.
E qual é a opinião formada após três anos de observação?
É que houve pessoas a serem tratadas sem respeito.
Houve arrogância, baixo nível, prepotência.
Houve incapacidade em escutar e entender os outros.
Houve uma série de destruições irracionais. Como se fossemos ricos e nos dessemos ao luxo de desperdiçar recursos.
Houve feiras e festas. Umas muito bonitas. Outras grandes fracassos. Mas quem mais ganhou foram os de fora (enquanto os da terra ficaram a ver passar as oportunidades).
Houve jobs para boys & girls, Regis, e...
Houve muita propaganda, muitos enganos, muitos recuos enfim, muita confusão.
Houve muitas ideias, em grande parte inconsequentes.
Houve falta dum discurso forte, coerente e ambicioso.
Houve falta duma visão, duma estratégia e dum plano de acções capaz.
Houve falta de liderança e falta de trabalho em equipa.
Houve falta de promessas cumpridas.
E houve e continua a haver uma ausência de resultados.
E a culpa é do Alcácer do Sol?

A equipa que governa a nossa terra escolheu o seu caminho.
Fez aquilo que sabe fazer.
Com toda a legitimidade.
O que não lhe retira responsabilidades perante as suas obrigações.
Não há aqui espaço para desculpas.
Se prometeram deverão cumprir. Ou apresentar uma boa justificação para a quebra de cada compromisso, sob pena de perda de credibilidade.
Façam-no!
Esta terra merece ser dirigida por pessoas credíveis.

É por estas razões que o Alcácer do Sol se recusa a embarcar num barco destes.
Assim como se recusa a pactuar com as pessoas que nele navegam, por muito que se goste desta terra.
Mas não prescinde da sua opinião própria.
Embora entenda que isso dava imenso jeito...

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NOTA
Cumpram os Senhores da Câmara as suas promessas e estaremos na primeira fila para lhes dar os parabéns!
Mas atenção, apenas contam os resultados.
De intenções já estamos todos fartos.
Não nos venham tapar o sol com a peneira!