25 de junho de 2008

850 anos


Segundo reza a História e como afirmou o Presidente Paredes, fez ontem 850 anos que D. Afonso Henriques conquistou Alcácer do Sal.
Data, a partir da qual, passámos a integrar o reino que deu origem ao Portugal actual.

Não vimos uma comemoração condigna do evento.
Ou melhor, este facto quase passou despercebido na nossa terra.

A data coincidia com a Pimel. Poderia ter sido o tema desta Feira. Mas não.
Preferiu-se usar o Sal e o Arroz para cabeça de cartaz.
Destacou-se o Quim Barreiros, a tourada e as tascas.
Mostraram-se ante-projectos de obras que não se sabe quando terão início, muito menos quando terminarão.
E não se deu o devido relevo a uma data tão marcante na vida da nossa cidade.
É esta a cultura que a CMAS estimula.
Porquê?
Terão vergonha da História de Portugal e de Alcácer do Sal?
Terão falta de coragem para assumirem o facto?
Ou foi um equívoco triste, muito triste?

Para quem tanto apregoa a História, as tradições e a nossa cultura, a subalternização deste tema é difícil de entender.
Foi feita a promessa, o ano passado, de que esta data iria ser dignamente celebrada...
Foi o que se viu.
Falharam, mais uma vez.

20 de junho de 2008

a OBRA!

" a nossa obra - obra no sentido genérico - está a ser imaterial, é também a de gerar consensos. Gerar esperança. Gerar um bocadinho de alegria e, o resto, as pessoas fazem "

afirmou, Pedro Paredes, Presidente da CMAS, ao Litoral Alentejano de 15 Jun 2008

Sr. Presidente, se está à espera que as pessoas façam o trabalho que deveria ser feito por si, para que é que se candidatou?

O que é certo é que as pessoas não fazem aquilo que é preciso ser feito porque não têm os meios à sua disposição. O Senhor é que, só em 2007, teve nas suas mãos quase 17 milhões de Euros, para pôr esta terra a mexer. (*) E o que fez? Obras imateriais? O que é isso? São coisas etéreas? É algum serviço espiritual?

17 milhões para, diz o Senhor, gerar consensos, esperança e um bocadinho de alegria.

Consensos? Onde? Basta olhar para a forma como os seus colaboradores mais directos se relacionam entre si. Basta lembrar a forma como trataram muitos dos trabalhadores da CMAS. Basta presenciar as sessões de câmara ou as assembleias municipais. Basta ouvir os comentários sobre conversas tidas com a população. Consensos? Para quem acha que consultar as pessoas é uma perda de tempo? Como?

Esperança? Está, seguramente, a pensar numa minúscula minoria. Porque a vida da maioria dos Alcacerenses é cada vez mais difícil de suportar. Abstraia-se dos boys, dos sedutores, dos bajuladores, ... Relacione-se com os Alcacerenses e leia. Leia o que lhes vai na alma. Vai ver que a esperança é um bem escasso na nossa terra.

Alegria? Onde? Quem? Não passeia nas ruas? Não fala com o povo? Não vê? Existirá algum oásis por aqui que nós não conhecemos?

Alcácer precisa, urgentemente, de obras materias concretas. Que são da responsabilidade da Câmara. Adia-las compromete significativamente o futuro de todos nós.

Alcácer necessita de:

  1. criar emprego

  2. atrair população activa

  3. formar e educar as pessoas, de forma contínua, racional e com qualidade

  4. um PDM actualizado, moderno, realista

  5. investimento público e privado (há vida para além da escola secundária e do turismo...)

  6. desenvolver projectos capazes de captar financiamentos comunitários

  7. atrair empresas de média e grande dimensão, aumentando os estímulos às pequenas e médias empresas locais

  8. explorar exaustivamente as suas vantagens competitivas

  9. proteger o ambiente, onde se inclui um Sado carregado de esgotos

  10. duma equipa capaz de gerir o seu destino, modernizando-a, tornando-a mais competitiva, mais atractiva, ou seja, mais desenvolvida!

Podemos explicar, com maior detalhe, aquilo que pensamos sobre cada um dos itens acima apresentados. Não são questões de simples resolução. Mas não julgamos que seja imprescindível pagar a pessoas de Lisboa para o fazerem. Afinal, quem conhece melhor as nossas necessidades, os nossos pontos fortes e as nossas fraquezas senão as pessoas que aqui vivem o dia a dia?

Tudo isto é concreto. Tudo isto é real. E é disto que nós precisamos. Precisamos de acções concretas para inverter a actual estagnação. É nestas acções que se deve investir o orçamento autárquico. Não nas coisas imateriais que, como o Senhor afirma, são a sua obra. E não fique à espera que as pessoas façam o seu trabalho e o da sua equipa. Para além de ser inviável, fica-lhe mal!

...........................................................................
(*) o orçamento da receita da CMAS foi, para o ano de 2007, de 16.918.232,80 €uros.
Junte-lhes os orçamentos dos restantes anos e tente perceber onde é que foi parar o dinheiro.

19 de junho de 2008

estar na aldeia e não querer ver as casas

"...quando foi o primeiro Dakar que arrancou de Alcácer do Sal, foi terrível, nem para venderem uns "cachorros" as pessoas se mobilizavam. Diziam ´(...) não sei se vai dar dinheiro´, etc.. Agora, vêm ter connosco todos os dias. Estamos a mexer. Há motivação."

afirmação de Pedro Paredes, Presidente da CMAS, publicada no Litoral Alentejano de 15/6/2008

Então Senhor Presidente, o Senhor não percebe que é o desespero que leva muitos dos Alcacerenses a mexer?

Desespero de quem não tem trabalho.
Desespero de quem, mesmo estando a trabalhar, não consegue suportar os seus encargos.
Desespero de quem perde dignidade todos os dias e não vê uma luz ao fundo do túnel.

Também vão ter consigo por outros motivos, certamente.

As bajulações, as seduções, o elogio fácil, a cunha, a graxa etc. são, como é evidente, outros fenómenos presentes.
As pressões dos mais poderosos, na defesa dos seus interesses materiais, também.
Factos que, infelizmente, não são raros. (Será por encontrarem suficiente receptividade?)

Como é que o Senhor se consegue orgulhar destas motivações dos Alcacerenses?

.........................................................
NOTA:
O primeiro Dakar em Alcácer, de que o Sr. fala, foi único. Primeiro e último, até agora.
Podia ter referido a feira da aventura, por exemplo. Pelo menos sempre teve duas edições...

sonho



Acabou o sonho.

Ficámos tristes. Todos. Custou perder assim. Foi duro abrir os olhos e sentir na pele a realidade nua e crua. Olhar à nossa volta e não encontrar um refúgio onde ancorar a nossa mente.

Que fazer agora, sem o sonho?

Podemos começar por fazer, aquilo que devíamos ter feito, antes de começar a sonhar...

A vida é muito mais do que futebol.

E nunca é tarde para viver!

mediocridade

Um inspector do ministério da educação visitou hoje a Escola Secundária de Alcácer do Sal.
Decorriam os exames nacionais.
Nada de extraordinário. O ambiente era amistoso. O trabalho decorria com normalidade.
Até que o inspector decidiu extrapolar as suas funções.
E aconselhou os professores, que na altura o rodeavam, a não criticarem a ministra da educação, D. Lurdes Rodrigues. E justificou a sua afirmação: é ela que vos paga o salário!

Isto é que é inspeccionar!

Primeiro: não é a D.Lurdes Rodrigues que paga o salário aos professores. São os contribuintes. Que também pagam o salário à ministra. Pelo que, de acordo com este princípio, a ministra deveria estar impedida de criticar os professores, porque todos eles são contribuintes... Ou seja, este argumento é asqueroso.

Segundo: o salário é o troco por um serviço prestado. Esse serviço, tanto quanto se sabe até agora, não impõe a submissão a quem o presta. Assim como não restringe o pensamento nem a liberdade de expressão. Já assim foi, há mais de 30 anos atrás. Parece que há quem tenha ficado com saudades...

Terceiro: um sistema fechado, em que o diálogo não existe (a crítica faz parte integrante dos processos de diálogo) regride e definha. Não se consegue entender como é que na Escola, onde se formam os nossos jovens, alguém defenda o pensamento único, ainda por cima através da chantagem.

Este facto faz-nos lembrar um texto de Daniel Sampaio em que afirma: "Portugal anda cheio de chefes narcísicos. Querem dominar tudo e todos e não mostram qualquer empatia pelos problemas dos que os rodeiam... Esses chefes procuram sempre o elogio... rodeiam-se de gente submissa que, para os servir, decretou para si mesma o silêncio e o elogio fácil ao chefe..." (1)

E também nos lembramos das palavras de José Saramago: "O grande problema nacional é a mediocridade e a resignação à mediocridade". (2)

É caso para dizer
"Senhor, falta cumprir-se Portugal!" (3)

..................................................................................
(1) - artigo publicado no Público de 23/12/2007
(2) - entrevista publicada no Público de 15/6/2008
(3) - in Mensagem de Fernando Pessoa

pimel

Abre amanhã a Pimel.
Ponto alto da agenda da Câmara Municipal.
Que, neste mandato, apostou essencialmente em feiras e festas. Compradas feitas, a empresas de fora. Para fazer era preciso saber. E, ainda por cima, dava trabalho... Assim é mais fácil. Até há dinheiro para gastar...

Esta opção do executivo, pelas feiras e as festas, foi feita em detrimento de acções globais e estruturantes. Acções capazes de inverter este abominável estado de estagnação. Mas, enfim, cada um faz aquilo que sabe e que pode...

O pior é que, até nas feiras e nas festas, a Câmara evidencia a sua incapacidade.
Este ano já não se realizou a feira da aventura (tamanho foi o fracasso!)...
... e tudo se prepara para que não haja, em Outubro, a feira do turismo (outro fracasso clamoroso)...
Para disfarçar, aparece a Pimel 2008 como "feira do turismo e das actividades económicas". Mas, afinal, o turismo não é uma actividade económica? Claro que é! Então o slogan tem um erro de construção. Provavelmente para tentar justificar a ausência da feira do turismo, no Outono. Chama-se a isto tentar tapar o Sol com a peneira...

Mas não é tudo.
O cartaz da Pimel fala em Sal e Arroz.
O Pinhão e o Mel desapareceram da cabeça do cartaz.
Uma tentativa para serem diferentes?
O pior é que mudaram... para o lado.
Não avançaram, não evoluiram, não acrescentaram valor.
E quando se anda para o lado, qualquer adversário, por mais fraco que seja, desde que siga determinado no seu objectivo, acaba por ultrapassar ou, se já o fez, acaba por ganhar vantagem em relação aos que vacilam, andando para o lado... Quer dizer, passam-nos à frente ou, se já vão à frente, aumentam a vantagem... E nós acabamos por ficar ainda mais isolados, mais atrasados, mais enfraquecidos.

A Pimel já existe há muitos anos.
Vai continuar a existir.
E nós vamo-nos divertir, dentro do possível, neste importante acontecimento da nossa terra.
Assim como vamos continuar à espera que apareça alguém, com capacidade, para inverter este abominável estado de estagnação.

Boa PIMEL para todos!

.........................................
NOTA:
Mais um ano. Mais uma promessa não cumprida. Não há pavilhão novo. Excepto as casas de banho, que deitaram abaixo e ... reconstruiram! Mais palavras para quê?

18 de junho de 2008

conto do vigário?


Há, em Portugal, uma empresa monopolista.
É muito grande e tem lucros imensos.

Acontece que, entre os muitos clientes que tem, alguns não pagaram as suas contas. Esta empresa corta o seu fornecimento mal haja um atraso maior no pagamento de qualquer factura. Pelo que as dívidas não poderão ser muito grandes... a menos que se refiram a clientes alvo de tratamento especial, vulgo VIP...

O que é certo é que essa empresa, com lucros invejáveis, parece não ter condições para suportar as dívidas dos seus clientes devedores.

E eis que alguém sugere que sejam os clientes cumpridores a pagarem os calotes dos clientes devedores. Ou seja, a empresa não pode suportar as dívidas dos seus clientes mas os clientes cumpridores podem.

Faz-se com que o justo pague pelo pecador. Algo mais vulgar do que parece... O que não deixa de ser inaceitável.

Como é possível que, uma ideia destas, não seja liminarmente destruída logo que seja anunciada?
Como é possível que este assunto seja oficialmente tema de discussão pública?
Infelizmente isto acontece, em Portugal.
Onde há entidades reguladoras que vivem dos nossos impostos e que, pelos vistos, desregulam.
Onde o estado, muitas vezes, não garante as suas funções mais elementares como a justiça!
Onde, uma vez mais, se verifica que as empresas é que são importantes. As pessoas nem tanto. Claro que há um espaço reservado para as excepções... ou melhor, para os VIPs.

Já temos um estado para proteger as grandes empresas.
Só falta criar um estado que represente os cidadãos!

por: Portugal ao Sol

enganaram-se, outra vez?

recorte da folha de Alcácer nº34

"Os actuais autocarros, pertença do município, vão ficar disponíveis para reforçar o apoio às escolas e instituições locais"
.
Vão?
A sério?
Ou será que se enganaram? ...outra vez?
.
Os alunos do 4º ano da Escola dos Açougues planearam, em conjunto com a professora, uma viagem de estudo a Vila Viçosa. Uma localidade próxima que desempenhou um papel importante no nosso passado. A ideia surgiu nas aulas de História de Portugal. Fazia sentido.
.
Mas a viagem não se vai fazer.
E porquê?
Porque, conforme nos informaram, o dia 23 de Junho de 2008 foi o "único dia disponibilizado pela Câmara Municipal" para efectuar o transporte.
Acontece que este dia é uma segunda feira... dia em que os museus em Portugal estão fechados. Vila Viçosa não é excepção. A Câmara disponibilizou transporte no único dia em que o Palácio de Vila Viçosa está encerrado para descanso do pessoal.
.
Resultado: os alunos da escola não vão a Vila Viçosa.
Nem vão, nesse dia, a nenhum outro local de interesse histórico, científico, arqueológico, etc...
.
Todos nos lembramos de que há muito pouco tempo se privatizaram os transportes públicos de Alcácer.
Também nos lembramos da afirmação de que "os actuais autocarros, pertença do município, vão ficar disponíveis para reforçar o apoio às escolas e instituições locais".
...
É caso para perguntar: então, porque é que não ficaram disponíveis?
.
Os alunos do 4º ano da Escola dos Açougues não vão a Vila Viçosa.
É um facto.
Porque não tiveram apoio do município.
Alguma coisa aqui não bate certo...
.
Enganaram-se ou enganaram-nos?
.
Tire você as conclusões.

16 de junho de 2008

"sondagem"

À pergunta:

"em sua opinião, a grande obra do 1º semestre de 2008 em Alcácer, é:"

62% dos participantes escolheu o Muro da Vergonha.

As restantes opções disponíveis eram:

  • estrada da Ameira, menos de 2Km de estrada em obras desde Novembro do ano passado
  • toldo do camarão, última arquitontice no Largo Luís de Camões
  • feira da aventura, fracassada e desaparecida em 2008
  • solução rodoviária na rotunda 25 de Abril, aberração disfuncional no centro da cidade

Somos provavelmente criticados por não incluir outras obras relevantes. Terão certamente razão. Realmente não estavam disponíveis opções como:

  • a casa mortuária
  • o plano operacional de desenvolvimento de Alcácer do Sal
  • as obras de ampliação da Escola do Morgadinho (prometida para entrar em funcionamento em Setembro próximo)
  • a estrada de Casebres
  • o novo Pavilhão da Feira
  • o relvado multiusos no jardim
  • o mês do Desporto
  • o Plano de Urbanização de Alcácer do Sal
  • as escavções arqueológicas em frente à Escola Secundária
  • as obras no edifício da sopa
  • o gabinete da Juventude
  • o concurso de presépios
  • a margem sul
  • a feira medieval
  • ...

Não seria viável fazer uma sondagem com tantas variáveis. Daí as nossas opções. Pedimos a vossa compreensão pelo facto.

Esta sondagem, como na maioria das outras, teve uma participação inferior a 10% dos votos da sondagem anterior, a do genial (em que se questionava a opção de contratar uma empresa de Lisboa para nos vir dizer o que é que deviamos fazer). Será que desta vez não havia obras dignas de manipulação? Enfim, as opções disponíveis referiam-se às obras que se deixam ver...

É que a Cripta não é a obra do semestre, nem do ano, nem sequer do executivo. A cripta começou há mais de 10 anos... o que também é motivo de reflexão. O serviço dos mini-autocarros não é novo. Já vem do anterior executivo. E, conforme foi afirmado, nada mudou para o utilizador. A nova Escola Secundária, que estava pronta a arrancar, afinal ainda está em fase de projecto...

Resta-nos realçar o facto de que,

o muro da vergonha

foi a obra que obteve o maior destaque nesta sondagem.

O que é representativo da forma como o nosso Concelho está a enfrentar a crise actual e a preparar-se para um futuro mais competitivo.

vendedores de ilusões?


"O Tratado de Lisboa é absolutamente fundamental para o governo, é fundamental na minha carreira política"

José Sócrates, primeiro-ministro, no Parlamento Português, a semana passada

Os Portugueses podem esperar?

por: Portugal ao Sol

desprezo pelos cidadãos


"Referendos sobre tratados internacionais são um erro. (...) Os tratados internacionais nunca deveriam ser objecto de referendo e tivemos agora a prova disso"

afirmação de Cavaco Silva após a divulgação dos resultados do referendo à constituição Europeia na Irlanda, a semana passada.

.

Para o Presidente da República, o facto dos cidadãos poderem ter ideias próprias é razão suficiente para os impedir de se pronunciarem sobre o seu destino colectivo. Os políticos, esses sim, têm legitidade para decidir, mesmo que seja contra a vontade dos seus povos...

Assim sendo, não se deveria ter deixado a população da Irlanda expressar a sua opinião, porque a sua opinião era NÃO!
Porque razão é que os políticos não devem representar as vontades daqueles que os elegem?
Os eleitores só servem para eleger políticos, ou seja, só servem para lhes legitimar o poder?
Com que direiro é que os políticos agem como se estivessem num clube privado?
Acontece que dos 27 países da União Europeia, só 1 povo é que teve direito a expressar, desta vez, a sua opinião sobre o tratado - a Irlanda.
Aos outros foi-lhes cortado o pio...
Aconteceu em Portugal, em que pior do que Sócrates quebrar uma promessa eleitoral, foi rasgar um princípio básico da Democracia.

Aconteceu aos Franceses e aos Holandeses que anteriormente já tinham dito NÃO. Agora também foram calados...
Aconteceu a outros povos Europeus, que nunca lhes deram a oportunidade de emitir a sua opinião.
O tratado é escrito de forma que a maioria dos cidadãos Europeus não consegue entender. Porquê? Será que, para além de não quererem que as pessoas falem, também não querem que elas vejam? Se os argumentos desta classe política são tão nobres, porque não os apresentam e discutem abertamente com as pessoas? Porque os querem impôr à força? Escondem o quê?

Esta não é certamente a Europa dos Cidadãos!

por: Portugal ao Sol

15 de junho de 2008

riso de gato

13 de junho de 2008

"porreiro, pá..."

Re-aborto.
Num país extremamente católico, deu-se o re-aborto da constituição europeia.
... quem diria ...

Inicialmente foram os povos Francês e Holandês a aborta-la. Nessa altura, os donos do mundo, senhores do muito dinheiro, conquistadores da Europa, arranjaram maneira para dizer que aquilo não valia. E nem quizeram repetir. O povo não estava à altura!

Mascararam os factos.
Mudaram o nome.
Mantiveram a intenção - liberdade de crescimento para o liberalismo (neologismo de capitalismo selvagem).

Sócrates foi um aluno bem comportado - cromo?
Fez a cimeira de Lisboa, arrumadinha, certinha, bonitinha, ocazinha...
Correu-lhe bem, a julgar pelo comentário de que "foi porreiro, pá..."
Rompeu com uma promessa eleitoral: referendar o tratado. Provavelmente porque a População Portuguesa pesa pouco na sua balança.
Preferiu alinhar atrás dos seus Senhores. Terá valido a pena?

Os Senhores decidiram que, no resto da Europa, a população não tinha o direito de exprimir a sua opinião sobre o tratado. Fraca democracia esta que despreza as pessoas e tenta impor, artificialmente, vontades alheias.
Foram poucos, ou nenhuns, os momentos em que se discutiu, com a população, o conteúdo do documento. A ideia de que o tratado era pouco claro e objectivo dominou. Seria essa a verdadeira intenção? Daria jeito que não fosse discutido? Estariam a tentar esconder alguma coisa? Estariam a tentar tapar o sol com a peneira?

No entanto, não se deram ao trabalho de "comprar" (sim, comprar também dá trabalho) um aspecto aparentemente menor. A Irlanda!

Pois bem, a Irlanda limitou-se a repetir o que outros povos já tinham dito.
- Não.
Pecado!
Há políticos que, depois de mais uma rejeição inequívoca à constituição europeia, continuam empenhados em leva-la por diante.

Estranhamos. Porque razão há políticos que não "aceitam" as decisões dos seus eleitores se eles, repetidamente, negaram o tratado? Se o problema está na população, ainda alguém se vai lembrar de eleger outro povo (obrigado pela ajuda, Brecht!).

Veremos novas formas, camufladas, para contornar o obstáculo presente.
Contra a vontade de vários povos (alguns dos quais nem sequer tiveram direito a pronunciarem-se).
É a força do dinheiro contra as pessoas, seres humanos, essência da Humanidade!
É a ganância.
Todos nós sentimos o efeito deste capitalismo selvagem.
As pessoas perderam valor na nossa sociedade. O discurso político actual fala mais das empresas e do défice do que das pessoas.
O dinheiro atenua valores e princípios seculares, favorecendo interesses particulares, em detrimento das populações.

Até agora temos visto países que se sentiram pequenos e desenvolveram processos de expansão geográfica. Actualmente vemos mais. Vemos grandes organizações privadas a sentirem que a Terra já é pequena para satisfazer suas desmesuradas ambições. Ambos os casos desembocam em guerras. E nós estamos numa guerra económica. Somos sugados até não termos mais nada para dar. E, ao nosso lado, uma ínfima minoria, acumula desmesuradamente valor. O mundo, duma forma global, não está a evoluir duma forma positiva (não nos referimos à evolução tecnológica, mas sim à evolução económica e social).

Instituiu-se o conceito que tudo se compra, assim haja dinheiro. O que realmente acontece em imensos casos. Consequentemente, é vulgar observarmos nossos semelhantes a venderem a sua alma ao diabo. Esquecendo-se da factura que, mais tarde ou mais cedo, lhes aparecerá.

Com dinheiro é possível criar factos imaginários ou encobrir factos reais.

Mas há excepções.
Há países Europeus que recusaram o €uro.
Há países Europeus que recusaram aderir à comunidade Europeia.
Há países Europeus que se recusam a ser seguidores deste capitalismo selvagem.
Assim como há muitas pessoas, por todo o mundo, que resistem.
Muitas pessoas que acreditam que o dinheiro não é o valor fundamental na nossa existência.
E estas pessoas podem mudar a nossa Terra!


por: Potugal ao Sol

11 de junho de 2008

bora lá mudar

Notícia do Público de 11-06-2008

A maior câmara municipal do país - Lisboa - analisa a criação de uma rede de bicicletas de uso partilhado.
Nos aglomerados populacionais, a bicicleta é uma alternativa credível ao automóvel, há já muito tempo.
Esta solução tem sido adoptada em muitas cidades da Europa. Com especial incidência na última década do século XX.
São inúmeras as vantagens da sua utilização. Desde a protecção ambiental, à saúde dos seus utilizadores, à gestão do espaço público, ao seu custo reduzido, passando pela elevada flexibilidade, etc., etc.
Não sendo a solução de todos os problemas (o que de todo não existe) é uma alternativa que o bom senso não permite desprezar.

Em Alcácer do Sal foi implementado um sistema de uso partilhado de bicicletas em 2005. As bicicletas eram disponibilizadas a custo zero. No entanto, o seu utilizador responsabilizava-se por ela, durante o período de utilização.
O processo funcionava com base nas novas tecnologias da comunicação e informação. Era acessível automaticamente, através do Cartão do Munícipe, em quiosques multimédia construídos para o efeito.
Foram construídos 14 parques para bicicletas. O sistema permitia que uma bicicleta recolhida num parque pudesse ser devolvida em qualquer outro parque existente para o efeito.
O projecto foi financiado e foi alvo de elogios pela CCDR-A. Não sendo perfeito, era inovador, moderno e capaz.


Este sistema foi desmantelado e destruído pelo executivo do Sr. Pedro Paredes.

Foram devolvidos mais de 200.000,00 €uros à Comunidade Europeia.
Houve outros custos acrescidos, e não desprezáveis, que o executivo não divulgou.
Houve perda de credibilidade perante as instituições financiadoras.
E tudo isto em troca de quê?

De nada!



E para quê?
Não sabemos.
Mas Pedro Paredes, presidente do Município, tem obrigação de saber porquê.
E deve explicar aos cidadãos de Alcácer porque destruiu todo o sistema, em troca de nada. Com argumentos sólidos e coerentes, sem tentar tapar o Sol com a peneira.
São estas as regras das sociedades democráticas. É esta a forma de agir de quem se dispõe a servir a comunidade, em vez de se servir dela.
Alcácer merece uma explicação credível. E, como quem não deve não teme, ou a explicação aparece ou ... há falta de coragem para enfrentar os factos.

Precisamos de entender porque continuamos mergulhados neste abominável estado de estagnação. Destroem-se equipamentos. O que é urgente e importante para o concelho não aparece feito. E, o pouco que se faz, resvala rapidamente para um, aparentemente inevitável, fracasso. O facto é tão evidente que já é motivo de chacota nas ruas de Alcácer. Exemplos não faltam.
É o muro da vergonha.
São as obras do museu.
A feira da aventura e a feira do turismo.
O concurso de presépios.
O mês do desporto, que este ano se desvaneceu.
A estrada da Ameira,(menos de 2 Km em obras há mais de meio ano).
A falta de condições para velarmos os nossos mortos.
A confusão da Rotunda 25 de Abril.
O desordenamento do Largo Luís de Camões.
O Pavilhão da Feira.
O Plano de Urbanização de Alcácer com um PDM desactualizado.
A estrada de casebres.
O toldo do camarão, o toldo dos taxis e outras arquitontices.
A margem sul.
A entrada norte da cidade (quando chove mais do que o normal).
A desorganização da circulação e estacionamento automóvel (em toda a cidade).
A nova escola do Morgadinho (a funcionar em Set 2008, conforme prometido).
As obras do edifício da sopa - ponto net - que arrancaram e pararam.
As escavações em frente à Escola Secundária.
O gabinete da juventude.
A intervenção no antigo cinema.
A remodelação do mercado municipal.
O novo canil.
O... ... ...
A... ...
...

Até que, Pedro Paredes e a sua equipa (capaz de governar o mundo...) reconheceram a sua incapacidade, acabando por se socorrer duma empresa de Lisboa, para lhes fazer aquilo que é da sua responsabilidade - elaborar um projecto de desenvolvimento estratégico para a nossa terra.
Como se não houvesse pessoas, em Alcácer do Sal, capazes de levar esta tarefa a bom porto! Como se não houvesse mais onde gastar, só para começar, cerca de 130.000,00€uros.

Todos nos lembramos das promessas eleitorais.
Todos nos lembramos dos discursos de rei na barriga, após a chegada ao poder.
Todos vimos aquilo que se está a passar na nossa terra.
E não gostamos.

Até quando?

reflexão do zé povinho


As declarações de Cavaco Silva, Presidente da República, acerca da raça e do dia da raça, têm sido desvalorizadas por muitos e variados sectores. Muitos deles consideram que as declarações foram uma inofensiva gaffe.

Estranhamos.

Aquelas declarações foram proferidas por um Senhor que raramente tinha dúvidas e que nunca se enganava.
Gaffe? Como é possível?

10 de junho de 2008

vale a pena?

Foi apresentado, esta semana, um relatório do Instituto Internacional de Investigação para a Paz.
Mas os dados não parecem ter muito a ver com a Paz...

Como todos nós já percebemos, a guerra é um negócio lucrativo e duradouro... para alguns. Que importa se morrem uns milhares de pessoas numa guerra se, em contrapartida, houver alguém a ganhar milhões?
Vejamos os números.
Em 2007, a indústria do armamento facturou 851.000.000,00 Euros - 2,5% do PIB mundial! O contributo dos EUA para o aumento das despesas militares foi relevante e substancial.
Numa janela de tempo alargada a 10 anos, os investimentos feitos em armas cresceu 45%, em todo o mundo!

Portugal, com toda a sua modéstia, não deixou de dar o seu contributo.
Quem não se lembra dos novos submarinos, dos novos helicópteros, da substituição das G3, da necessidade de novos carros de combate... Questões bem recentes na nossa realidade nacional: num país de tanga, segundo um ex-chefe do governo.

Quem não conhece as forças armadas, dum pequeno país sem guerra, em que o número de generais por soldados no activo está nos tops mundiais?

Quem não se lembra do apoio oficial do governo português à guerra do Iraque, com a cimeira dos Açores a acelerar o processo de busca de armas de destruição maciça?

Já ninguém sabe ao certo quantos morreram em consequência de actos de guerra.

Nem quantos ficaram mutilados, desalojados, famintos, órfãos, ...

O facto de o mundo estar mais inseguro parece, aos olhos de alguns, não ser preocupante nem relevante.

E já não se fazem juras de que o Bin Laden será capturado e severamente punido.

Que pensar de tudo isto?

Que só valeu a pena para os de alma pequena.
O que não os impediu de poderem ganhar muitos milhões!

por: Portugal ao Sol

respeitem os nossos mortos!

A casa mortuária de Alcácer do Sal foi destruída. Funcionava nas instalações da sta. Casa da Mesericórdia.
A administração local, ou seja, a equipa do Sr. Presidente Paredes, ainda não encontrou uma solução digna e duradoura para resolver este problema.
Começa a ser por demais evidente que, para este executivo, é um problema ter que resolver problemas. Mas administrar uma cidade é, essencialmente, resolver problemas. Preventivamente, sempre que possível.

A Casa Mortuária tem funcionado, recentemente, num pequeno espaço, no Bairro da Casa do Povo.
A situação é aberrante.
O espaço é exíguo, a densidade habitacional é elevada e os acessos são péssimos.
O que não respeita a dor daqueles que vêem partir os seus entes queridos. Faltam condições para se fazer o luto.

Por outro lado, paredes meias com a nova casa mortuária, habitam inúmeras famílias que, pelo respeito que lhes merecem os mortos e os vivos em luto, são forçadas a alterar o seu estilo de vida habitual.

Esta situação não é aceitável.


Há um projecto, para ampliação do cemitério, que contempla a construção duma casa mortuária. Esse projecto é do anterior executivo. Ou seja, já deve ter barbas. Mas a obra não aparece!

Se o projecto desagrada ao Sr.Paredes, então faça outro melhor.
Se o projecto cumpre os requisitos desejados, então faça a obra.
De qualquer forma, já houve tempo de sobra para se resolver este problema.

Por favor, respeitem os nossos mortos.

conversa na rua


A abordagem aconteceu no Largo Luís de Camões.
Uma pessoa amiga dirigiu-se a nós, indignada.
Tinha ido ver um filme Português, no auditório Municipal, com a Soraia Chaves: Call Girl. O argumento do filme desenrola-se à volta duma prostituta de luxo, "capaz de tudo".
A indignação não tinha a ver com o filme. Que tinha algumas cenas mais ousadas. Mas nada que pudesse indignar uma pessoa adulta bem formada.

Por algum motivo existe uma classificação que determina a idade mínima de acesso ao espectáculo. Este filme não era excepção. Até aí estava tudo normal.

Excepto a presença de crianças durante as projecções.
Segundo nos foi relatado, uma criança de oito anos, entre outras, visionou o filme! Criança essa que, durante o espectáculo, teceu vários comentários vernáculos. E que, ao ser abordada por um adulto, reagiu negativamente. Os comentários continuaram... E o adulto em causa calou-se, sem deixar de se sentir incomodado com o facto.

Deste acontecimento sobressaem duas questões:

1- quem controla (e como controla) o acesso aos espectáculos no Auditório? Como se aceita que uma criança de 8 anos assista a um filme com cenas mais ousadas sobre sexo? Será que este é o processo normal de desenvolvimento das crianças?

2- quem garante que os espectáculos no Auditorio decorrem de acordo com as normas socialmente aceites da educação e do respeito mútuo? Será que um espectador, ou um pequeno grupo, tem o direito de perturbar, de forma intencional e continuada, o restante público presente na sala?

Não sabemos as respostas para estas perguntas.
Mas sabemos que o Auditório Municipal funciona sob responsabilidade da Câmara Municipal.

Terá sido este, um caso isolado?

Ou terá sido mais uma evidência do desleixo que reina na gestão autárquica?

Responda quem sabe. Com base em factos. Sem querer tapar o sol com a peneira...

você é de raça? pura?

O Dia de Portugal, que hoje se comemora, voltou a ser dia da raça. É o que se depreende das palavras, proferidas ontem, pelo Presidente da República.

Será isto uma evolução ou uma regressão?
Provavelmente não será nem uma coisa nem outra.


Evolução?
Evolução não é certamente. Porque raça é algo que o genoma humano não consegue identificar.
No entanto, há características que diferem entre os humanos. Foi a diferenciação que, entre outros factores, garantiu a sobrevivência da nossa espécie. Podemos classificar essas diferenciações e assim definirmos uma raça. Mas para que é que isso serve? Para continuarmos a pensar que somos melhores do que os Espanhóis? Como? Se eles é que têm os combustíveis mais baratos, eles é que ganham mais, eles não têm défice mas superavit, enfim... o povo Espanhol goza duma enormidade de vantagens quando comparado com o povo Português... será uma questão de raça? Não, não é certamente.

Por outro lado, Portugal tem investido avultados recursos no combate ao racismo. Onde o slogan "todos diferentes todos iguais" se evidenciou. Parece-nos que, uma vez mais, se desfez um trabalho longo e difícil num ápice. Até parece que se redescobriu recentemente que nós, os humanos, não somos semelhantes. Consequentemente, há uns que são diferentes, provavelmente especiais. Serão os Portugueses?... Que vivem mal, num país recheado de injustiças e desigualdades gritantes. Onde muitos emigram. E todos sabem que, na sua terra, vale mais uma filiação partidária correcta e bons amigalhaços do que o mérito de dominar uma arte, uma técnica ou um conhecimento. É o país da cunha. O que é triste e corroi a nossa auto-estima.

Sabemos o que é Portugal. Conhecemos a nossa História. Valorizamos a nossa Língua. Partilhamos Valores sociais e culturais. Orgulhamo-nos disso. Temos profissionais exemplares e geniais, espalhados por todo o Mundo. Temos orgulho neles por também serem Portugueses. Sabemos que são da nossa Nação. Mas não sabemos de que raça são. Nem sabemos o que é a nossa raça, nem as características que a definem. Por tudo isto, não percebermos para que serve o dia da raça.

Regressão?
Não, também não acreditamos que o seja. O dia da raça remonta ao antigo regime. Que mantinha, com imensa dificuldade, um império colonial. Esse regime necessitava, para sobreviver, do apoio dos povos colonizados. Desta forma o Estado Novo criou um novo facto (para além de muitos outros): o de que existia uma raça que era composta por todos os habitantes do império. Pretendia-se intensificar a integração de outros povos na Nação Portuguesa. O projecto falhou. Hoje não há império. O que invalida uma possível a regressão.
No entanto, a História Mundial está recheada de episódios em que as questões raciais foram relevantes. Por questões de raça tem-se discriminado, maltratado, torturado, matado, extreminado, ... Mas ninguém de bom senso orientaria os seus desígnios nesta direcção.

Qual será então a intenção deste regresso ao dia da raça, em Portugal?

Descubra você mesmo...

Deixamos apenas uma reflexão adicional.
Hoje, dia de distribuição de medalhas, onde se pretende distinguir alguns Portugueses, volta a ser esquecido aquele que, seguramente, mais contribuiu para o desenvolvimento de Portugal.

Falamos do Povo Português. Que nem sente grande necessidade de medalhas. Mas não deixa de sentir as consequências dum sistema que se tem revelado frágil, injusto e desequilibrado. Em vez de medalhas, este povo necessita de um país em que a Justiça funcione, a Educação seja levada a sério, a Saúde não seja negligênciada, a dignidade do Indivíduo seja respeitada e os equilíbrios sejam ajustados.

O que tem sido esquecido, repetida e continuamente, pela nossa classe dirigente.

Alguma razão haverá para que, quando os nossos governantes se lembram do seu povo, na época das eleições, este lhes responda, maioritariamente, com a abstenção. O que, em linguagem popular, quer dizer: queres votos? toma!

por: Portugal ao Sol

4 de junho de 2008

uso abusivo

O Notícias do Litoral de hoje noticiou a entrega a privados da exploração dos transportes urbanos de Alcácer.
E citou João Massano, vice-presidente da autarquia, com a afirmação de que esta decisão vai permitir a "racionalização dos veículos, para que não haja um uso abusivo dos mesmos".

O recurso a veículos da câmara para utilizações abusivas não é um facto inédito.
Falamos da invasão, pelo automóvel, de espaços que não lhes estão destinados. Como a ocupação ostensiva dos passeios, obrigando os peões a circularem na faixa de rodagem, por exemplo. Situação mais grave quando se trata da circulação de carrinhos de bébé ou de cadeiras de rodas.


Acontece que, por vezes, o Sr. Vice Presidente Massano usa o automóvel que lhe está atribuído de forma abusiva.
Apresentamos aqui 4 fotografias para melhor demonstrarem as nossas palavras. Duas da nova era - a era toyota - e outras duas mais antigas - da era citroen. Temos muitas mais, em datas e locais diferenciados.










Para fazer isto mais valia terem estado quietos, quando acabaram com o estacionamento reservado para a vereação, no largo da câmara.
Não respeitar as delimitações de espaços é não respeitar os cidadãos, desprezando a segurança e congestionando a circulação rodoviária, principalmente quando esse comportamento é repetitivo e o seu autor é uma personalidade pública que deve dar o exemplo.
Tudo isto se torna mais caricato porque existe um parque de estacionamento próximo, facilmente acessível e regularmente vazio, na margem sul do Sado.

Teremos que esperar pela privatização do transporte pessoal do Sr. Vice Presidente Massano para podermos aspirar à sua utilização de forma não abusiva?
Ou haverá outras formas de rentabilizar os recursos disponíveis?
..............................................................
NOTA:
A possível privatização do transporte pessoal em causa também poderá trazer uma redução do seu custo, em consonância com as afirmações do Sr. Massano sobre a privatização dos mini-autocarros!

jardim

No último fim de semana houve festa no Jardim Público.
Antes disso, o Jardim teve direito a uma presidência aberta, conforme foi noticiado na folha de Alcácer nº36 (veja a imagem abaixo).
Admiramo-nos com este tipo de visitas abertas. Julgávamos que as presidências abertas eram para abordar, directamente com as pessoas, os problemas concretos do local. Pelos vistos não são. Neste caso, isto acaba por ser uma visita (ou um passeio?) ao Jardim. É que, pelo que nos é dado a entender na notícia da folha de Alcácer, não havia vivalma no local, para além de alguns elementos do aparelho instalado no poder.
Perante estas dúvidas, foi fácil e rápido obter vários esclarecimentos.
Como são cada vez menos aqueles em que acreditam nas capacidades deste executivo, as presidências abertas estão cada vez mais desertas. Ou seja, poucos ou nenhuns querem saber delas. Isto cria uma dificuldade ao executivo. É cada vez mais difícil organizar presidências abertas que não se transformem em verdadeiros vexames, tal a ausência de participação popular. Deste modo se compreende que seja preferível dar uma volta ao jardim a ser confrontado, noutro local, com o desprezo das pessoas perante encenações tristes.
No caso concreto da presidência aberta ao jardim público, ficamos impressionados ao saber que ali existe um relvado multiusos! O que nos deixou apreensivos. A ponto de decidirmos ir ao local, verificar in loco, o que é um relvado multiuso.
Vejamos o resultado da nossa visita, já depois da grande festa, do novo jardim, domingo passado:

1. acesso principal ao Jardim


2. vedação do Jardim




3. Entrada do Jardim pelo lado da Praça de Touros

4. coreto

Ficamos mal impressionados ao ver, no último domingo, as Bandas Filarmónicas de Alcácer do Sal - Pazoa e Calceteira - a tocarem no terreiro, separadas pelo lago, enquanto o coreto, mesmo ali ao lado, não foi utilizado... Estranhas inovações, que resultam mal e desprestigiam os nossos músicos que, empenhadamente, ali se apresentaram.
Depois disto, deixamos para si o prazer de descobrir o que é um relvado multiusos.
...........................................
NOTA:
E se, em vez deste tipo de presidências abertas, se discutisse, na verdadeira acessão da palavra, um plano para desenvolver a cidade? Com o objectivo de despoletar acções concretas e eficazes para tirarem Alcácer do abominável estado de estagnação em que está mergulhada. Sem termos de pagar a empresas de Lisboa para nos virem dizer o que devemos fazer...

memórias vivas




Na 1ª feira da aventura, já lá vão dois anos, levaram para o recinto vários bidões de 200 litros.
Três ficaram lá.
Até hoje!

Vejam as fotografias de 2006 e 2007 (temos mais, caso tenham curiosidade).

Melhor do que ver uma fotografia actual (de 2008) é ir ao local e verificar com os seus olhos. É ali mesmo em frente ao Litoral.

Estarão à espera da reabilitação do espaço da feira para limpar a zona?
Se assim for vamos ter que esperar pelo próximo executivo autárquico...