23 de novembro de 2009

ainda o PDM no orçamento de 2010

Nunca é demais falar daquilo que é importante.
Tanto mais se nos referimos àquilo que está por fazer.

Certo é que nas Grandes Opções do Plano e Orçamento da CMAS para 2008, a rubrica do PDM previa 120.000€
(ver 24 242 2007/45 em "actividades mais relevantes do ano de 2008" pág. 9/26, ou em "grandes opções do plano do ano de 2008" pág. 17/55).
Estes 120.000 € eram divididos por 2008 e 2009 com os seguintes montantes:

  1. ano de 2008 - 5.000€

  2. ano de 2009 - 115.000€
Quando observamos o orçamento da CMAS de 2009 (emitido a 27/11/2008 em formato PDF) e procuramos a rubrica referente ao PDM, não a encontramos!
Quando pomos o PC a fazer uma busca ao dito PDM (no documento em causa) ele também não o descobre.
Desapareceu?
Porquê?
Na realidade o PDM só mexeu para permitir a construção do quartel dos Bombeiros. O que é uma migalha no segundo maior concelho do país.
Há que inverter o sentido.
Esperemos que o PDM esteja contemplado no orçamento de 2010.
Com uma verba adequada à especificidade do projecto.

Porque, tal como Pedro Paredes afirmou,


Vá lá!
Honre a sua palavra (vale a pena mesmo com algum atraso) e contribua para o desenvolvimento de Alcácer do Sal!
Repare que assim ficamos todos a ganhar!
Assumindo que o trabalho é executado com rigor e profissionalismo.
Caso contrário deixe-se estar como até aqui. Não faça nada.
Mais vale continuar como estamos do que piorar a situação.
Já ninguém estranha. É mais do mesmo!

21 de novembro de 2009

ex chefe das finanças de Alcácer do Sal...

texto publicado no jornal "Público" http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1410469:

Face Oculta
Chefe do fisco que ajudava Godinho foi promovido por três directores-gerais

19.11.2009 - 07h47
Por João Ramos de Almeida

"Ao longo de dez anos, três directores-gerais de Impostos aceitaram promoções e transferências entre postos de chefia do chefe das Finanças de São João da Madeira, recentemente suspenso pelo tribunal de Aveiro na sequência da operação Face Oculta.

Essas decisões foram tomadas, apesar dos avisos do director distrital de Finanças de Aveiro e mesmo depois de quatro condenações judiciais, duas delas por crime de abuso de confiança fiscal.

Quando, em finais da década de 90, Mário Sousa Pinho era adjunto da repartição de Finanças de Ovar e se candidatou a chefe, responsáveis tributários de Aveiro avisaram Lisboa que aquele adjunto não reunia as condições exigidas. Dois quadros tributários ouvidos pelo PÚBLICO recordam-se desses avisos.

Mário Pinho, natural de Arrifana, já era funcionário das Finanças quando foi presidente do Clube Desportivo Arrifanense. Desempenhou essas funções - segundo informação recolhida pelo PÚBLICO - de Agosto de 1992 até à época de 2000/2001. Foi durante a sua gestão que ocorreram os factos que levaram o tribunal de Santa Maria da Feira a condená-lo, segundo o Jornal de Negócios, em Março de 2004 a 30 meses de prisão com pena suspensa e em Julho de 2006 a 24 meses de prisão com pena suspensa, ambas as penas por crime de abuso confiança fiscal. A primeira por retenção abusiva de 144 mil euros de IVA e IRS. E a segunda por retenção de 33 mil euros de IVA. As outras duas penas deveram-se a injúrias e desobediência.

As averiguações do Ministério Público iniciaram-se em 1999 e a sua situação era já sobejamente conhecida dos funcionários tributários. O clube acumulara dívidas desde 1996 e Mário Pinho deixou de entregar os impostos ao Estado.

Na altura, era director-geral dos Impostos António Nunes dos Reis, nomeado em 1995, com o primeiro Governo Guterres. Os funcionários tributários contactados pelo PÚBLICO acham que "Nunes dos Reis não ligou importância". Pelo menos, Mário Pinho foi promovido de adjunto nos serviços locais de Ovar para chefe em Alcácer do Sal.

Passados quase dez anos, o ex-director-geral disse ao PÚBLICO não se lembrar dos contornos do processo. Recorda-se que o director distrital de Finanças de Aveiro não o queria ao seu serviço e que o assunto "foi de certeza discutido" no conselho de administração fiscal (CAF), organismo que agrega o director-geral, os subdirectores-gerais, os directores de Finanças de Lisboa e Porto e o director do Centro de Estudos Fiscais e que tem de se pronunciar sobre "inconveniência de nomeação ou de renovação de comissão de serviço de pessoal de chefia tributária".

Mas, se foi discutida, a nomeação a 21 de Maio de 2001 não foi impedida. Mário Pinho tomou conhecimento da nota de inculpação do Ministério Público já em Alcácer do Sal.

A nota de Março de 2002 sublinhava que o presidente do clube sabia da sua obrigação de entregar ao Estado as quantias retidas e que o clube estava a beneficiar de recursos alheios. Apesar disso, manteve o seu comportamento que - referia-se - alimenta "um sentimento de revolta que afecta a tranquilidade e ordens públicas".

Nunes dos Reis resistiria pouco mais tempo. Em rota de colisão com a nova ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite, foi "afastado" em Maio seguinte. A ministra disse no Parlamento que foi a sua primeira medida de combate à fraude fiscal e que na mesma linha acabou com a Administração-Geral Tributária, um organismo de topo que visava coordenar o fisco.

Como novo director-geral foi nomeado Armindo Sousa Ribeiro. Nada aconteceu. Decorria o processo no tribunal da Feira, quando se deu, a 9 de Janeiro de 2003, a transferência entre chefias e que, no caso de Mário Pinho, pode ser encarado como uma segunda promoção. Nessa data, passou a chefiar os serviços de uma zona mais populosa - Santa Maria da Feira 4. Desconhece-se se o assunto foi discutido no CAF, dado que Armindo Sousa Ribeiro, agora aposentado do Tribunal de Contas, não respondeu ao PÚBLICO.

A 15 de Janeiro de 2004, Sousa Ribeiro foi igualmente afastado e substituído por Paulo Macedo, na altura quadro do banco Millennium BCP e actualmente seu administrador. No seu mandato, foram conhecidas - com um intervalo de três anos - as duas penas de prisão de Mário Pinho. A comunicação social refere a abertura de um processo disciplinar em 2007 cujo desfecho se desconhece e que as Finanças não comentam. Mas ainda assim Mário Pinho manteve-se à frente dos serviços tributários da Feira e, a 25 de Junho de 2007, foi colocado como chefe das Finanças de São João da Madeira.

O PÚBLICO pediu um comentário a Paulo Macedo sobre a razão por que se autorizou esta transferência. Paulo Macedo afirmou que ia pedir informação à DGCI. O tribunal de Aveiro suspendeu recentemente Mário Pinho das suas funções. O Ministério Público refere que Mário Pinho recebeu do empresário Manuel Godinho cheques num total de 26.250 euros, além de um outro de 7500 euros emitido à ordem da sua mulher. O MP crê que se trata de contrapartidas de actos no sentido de levar ao arquivamento de processos fiscais do empresário."

19 de novembro de 2009

imprensa nacional

"Portugal está a caminho de se transformar numa república em que as bananas crescem num lodaçal (...) Mas é muitíssimo bem feito. Elegeram essa gente? Pois têm o que merecem… Assoem-se lá a esse guardanapo. Besuntem-se com o resultado. Amanhã ainda vai ser pior..."

Vasco Graça Moura, "Diário de Notícias", 18-11-2009

18 de novembro de 2009

PDM no orçamento de 2010

A gestão do território é uma das mais importantes funções do poder autárquico.
Nesse contexto, o PDM (Plano Director Municipal) é um documento basilar.
O actual PDM está perfeitamente desactualizado.
No anterior mandato tentaram contornar a questão com remendos.
Os resultados foram desastrosos.
Não se prepara o futuro a remendar, mas sim a planear, a projectar e a executar, a concretizar!

Uma das provas do que acabamos de dizer tem a ver com a construção do novo Quartel dos Bombeiros.
O actual PDM não permite a sua construção no terreno disponível para tal.
Perante isto andou-se todo um mandato - 4 anos - aos zig-zags, sem se chegar a um resultado final.
Senão vejamos:

  1. em 2006, início de mandato, Pedro Paredes apostou em obter financiamento através do Plano de Investimento do Estado (ver folha de Alcácer de Fev 2006); aquela data já se sabia que o PDM não permitia tal construção... perderam, desistiram e mudaram de caminho.
  2. em 2007, segundo ano de mandato, apostaram num Plano de Urbanização para contornar o PDM actual (ver folhas de Alcácer de Mai/Jun, Out/Nov e Dez de 2007 e brochura "dois passos de um longo caminho de Out 2007"). Perderam, desistiram e mudaram de caminho.
  3. em 2008, terceiro ano de mandato, apostaram na suspensão do Plano Director Municipal no local da construção do desejado quartel (ver brochura "do plano à acção" de Out 2008; perderam, desistiram e voltaram a mudar de caminho.
  4. em 2009, último ano de mandato, foram obrigados a retomar o Plano Director Municipal e a altera-lo, pelo menos, para o local em causa (dá muito trabalho revê-lo todo). Ainda não ouvimos o anúncio da conclusão desta iniciativa, pelo que deduzimos que estará por acabar.

Foi muito o tempo perdido.
A candidatura ao financiamento comunitário atrasa-se de forma inaceitável.
Estamos todos a perder.
É no que dá a navegação à vista...

O problema que afecta a construção do quartel dos bombeiros não é um caso isolado. É apenas o caso mais mediático.

Acontece que Pedro Paredes diz ter plena consciência do problema - a desactualização do PDM.


Deixemos o passado e preparemos o futuro.
Neste momento, o mais importante é que o PDM seja revisto.
E que se comece já, pois este é um processo longo e moroso.
Não há razões válidas para mais atrasos.

E para isso acontecer, o Orçamento para o 2010 (e seguintes) terá que contemplar esta acção com a verba adequada à sua concretização.
Não basta, mas é indispensável.
E Pedro Paredes sabe, como todos nós, que a revisão do PDM é urgente.
Assim sendo, faça-se!

17 de novembro de 2009

sinais interiores de pobreza

autor anónimo


Muito se tem falado e então ultimamente ainda mais, a propósito do caso mais mediático do momento, de corrupções activas e passivas, de corruptores e corrompidos, de luvas, de tráficos de influências, de trafulhices várias, de ofertas a ascender a largas somas, enfim situações várias que redundam quase sempre em sinais exteriores de riqueza de diversos actores, que habitam quase sempre em lugares de grande destaque no seio das nossas instituições.

Mas o que eu ainda não vi, nem ouvi, foi quem se ocupasse de tratar a verdadeira causa de todas estas situações que reside precisamente na existência de sinais interiores de pobreza, sinais estes que levam a que humanos por fora, desumanizem por dentro, pois levam à destruição dos mais básicos valores morais do indivíduo, ficando estes destituídos de honra, de dever para com próximo e para com o estado, enfim destituídos de sentido de missão, quais andróides da usurpação.

É comum ver-se, e a princípio estranhava-se mas penso que agora já se entranhou, antigos altos mandatários da nação ocuparem depois cargos altamente remunerados na gestão de grandes empresas públicas e privadas, numa habitual dança das cadeiras que é necessário se volte a estranhar, senão qualquer dia estes andróides estarão disseminados por todo o tecido nacional, levando a que riqueza não seja canalizada para o desenvolvimento, mas sim para a irrigação dos seus próprios interesses.

É pois urgente que os magistrados da nação, os que não forem desta classe, se ainda os houver, legislem no sentido de impedir que esta espécie de humanos provida de sinais interiores de pobreza, possa ocupar lugares de responsabilidade na vida política e na gestão das instituições públicas, para que se impeça que por cada unidade de riqueza absorvida pelo estado, outra equivalente esteja a engordar as contas destes usurpadores.

Sabemos que a legislação não faz tudo, ou que não faz quase nada, pelo menos enquanto formos geridos desta forma, mas urge dar o sinal de que o caminho não é este, e esse exemplo, e essa imposição por via da lei tem que vir de cima, dos governantes e dos gestores, para que depois na lama e na sucata seja também seguida, ou caso contrário exista a forte punição de todos quantos apresentem sinais interiores de pobreza, seja qual for o cargo que ocupem.

17 de Novembro de 2009 13:41
Anónimo
(enviado para o Alcácer do Sol sob a forma de comentário ao artigo hoje transcrito de Mário Crespo)

uma questão de honra

JN. 091116. 00h30m.
Por Mário Crespo
http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=M%E1rio%20Crespo

Mark Felt foi um daqueles príncipes que o sólido ensino superior norte-americano produz com saudável regularidade. Tinha uma licenciatura em Direito de Georgetown e chegou a ser uma alta patente da marinha dos Estados Unidos. Com este formidável equipamento académico desempenhou missões complexas no Pentágono e na CIA.
Durante a guerra do Vietname serviu no Conselho Nacional de Segurança de Henry Kissinger. Acabou como Director Adjunto do equivalente americano à nossa Polícia Judiciária. Durante vários anos foi Director Geral interino do FBI. Foi nesse período que Mark Felt se tornou no Garganta Funda.
Muito se tem escrito sobre as motivações de um alto funcionário do aparelho judiciário americano na quebra do segredo de justiça no Watergate. Todo o curriculum de Felt impunha-lhe, instintivamente, a orientação clássica de manter reserva total sobre assuntos do Estado. Hoje é consensual que Mark Felt só pode ter denunciado a traição presidencial de Nixon por uma razão. Para ele, militar e jurista, acabar com o saque da democracia americana era uma questão de honra. Pôr fim a uma presidência corrupta e totalitária era um imperativo constitucional. Felt começou a orientar em segredo os repórteres do Washington Post quando constatou que todo o aparelho de estado americano tinha sido capturado na teia tecida pela Casa Branca de Nixon e que, com as provas a serem destruídas, os assaltos ao multipartidarismo ficariam impunes. A única saída era delegar poder na opinião pública para forçar os vários ramos executivos a cumprir as suas obrigações constitucionais.
Estamos a viver em Portugal momentos equiparáveis. Em tudo. Se os mecanismos judiciais ficarem entregues a si próprios, entre pulsões absurdamente garantisticas, infinitas possibilidades dilatórias que se acomodam nos seus meandros e as patéticas lutas de galos, os elementos de prova desaparecem ou são esquecidos. Os delitos ficam impunes e uma classe de prevaricadores calculistas perpetua-se no poder.
Face a isto, há quem no sistema judicial esteja consciente destas falhas do Estado e, por uma questão de honra e dever, esteja a fazer chegar à opinião pública elementos concretos e sólidos sobre aquilo que, até aqui, só se sussurrava em surdinas cúmplices. E assim sabe-se o que dizem as escutas e o que dizem as gravações feitas com câmaras ocultas que registam pedidos de subornos colossais. Ficámos a conhecer as estratégias para amordaçar liberdades de informação com dinheiro do Estado. E sabemos tudo isto porque, felizmente, há gente de honra que o dá a conhecer.
Por isso, eu confio no Procurador que mandou investigar as conversas de Vara com quem quer que fosse. Fê-lo porque achou que nelas haveria matéria de importância nacional. E há. Confio no Juiz que autorizou as escutas quando detectou indícios de que entre os contactos de Vara havia faces até aqui ocultas com comportamentos intoleráveis. E, infelizmente o digo, confio, sobretudo, em quem com toda a dignidade democrática e grande risco pessoal, tem tomado a difícil decisão de trazer ao conhecimento público indícios de infâmias que, de outro modo, ficariam impunes. A luta que empreenderam, pela rectificação de um sistema que a corrupção e o medo incapacitaram, é muito perigosa. Desejo-lhes boa sorte. Nesta fase, travam a batalha fundamental para a sobrevivência da democracia em Portugal. Têm que continuar a lutar. Até que a oposição cumpra o seu dever e faça cair este governo.

Mário Crespo

16 de novembro de 2009

a quem serve o Sado poluído? [2]

Há dois anos, Pedro Paredes foi entrevistado pelo Semmais Jornal e disse:


Há cerca de meio ano, Pedro Paredes também deu uma entrevista, desta vez ao Diário do Sul, e voltou a falar sobre o nosso Sado.
Referiu-se sempre ao rio, mas só poderia ser o Sado.
As afirmações feitas não deixam dúvidas.
Nas palavras sobre o rio, Pedro Paredes estava plenamente correcto.


Palavras que também estavam de acordo com o Plano Operacional de Desenvolvimento apresentado.
Em concreto com o Projecto Navegar - Valorização do Rio Sado.


clique na imagem para a ampliar

Onde se prevê a construção da ETAR Sul entre 2011 e 2013.
Para que seja possível concretizar este objectivo é necessário executar o respectivo projecto já em 2010. (*)
Motivo pelo qual terá que integrar o próximo Orçamento Municipal.
É que, para o ano corrente, o orçamento contemplava, para a ETAR Sul, a módica quantia de 10.000 €.
Alguém consegue perceber o que é que se pode fazer com 10 mil euros para arrancar com um projecto duma ETAR?
E já agora que estamos no final do ano, podemos saber o que é que se fez com esse dinheiro?

Para 2010 terá que ser diferente.
Não há motivo para desculpas.
Porque, Pedro Paredes voltou a ter razão quando afirmou:


Cumpra-se a palavra.
Alcácer do Sal merece-o!

.............................................................
(*) - Pode parecer muito cedo mas não é.
Explicamos porquê.

A estrada da Ameira tem uma extenção de 2 Km aproximadamente.
Um nível de complexidade reduzido.
A execução da obra levou 15 meses, quando o previsto eram 7... o que já era demais.
.
A Estrada da EPAC tem uma extensão de 100 metros, aproximadamente.
Também é uma obra de complexidade reduzida.
A execução da obra iniciou-se há um ano.
Não se sabe quando estará terminada.
Previram a sua conclusão para Fevereiro de 2009...
.
Poderíamos apresentar mais exemplos.
Mas tornar-se-ia enfadonho.
São tantos os casos!

15 de novembro de 2009

verdades oficiais, oficiosas ou privadas?


Lisboa, 14 Nov, (Lusa):
«O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que a economia nacional "resiste e continuará a resistir", sublinhando que Portugal está fora da lista de países em recessão.»

Esta notícia é do ano de 2008.
Tem precisamente um ano...

a farsa do presente posta em cena...

Não sei quantos seremos, mas que importa?!
Um só que fosse, e já valia a pena
Aqui, no mundo, alguém que se condena
A não ser conivente
Na farsa do presente
Posta em cena!

Não podemos mudar a hora da chegada,
Nem talvez a mais certa,
A da partida.
Mas podemos fazer a descoberta
Do que presta
E não presta
Nesta vida.

E o que não presta é isto, esta mentira
Quotidiana.
Esta comédia desumana
E triste,
Que cobre de soturna maldição
A própria indignação
Que lhe resiste.


Miguel Torga

13 de novembro de 2009

o sol

Visite:
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=153911&dossier=Caso Face Oculta

Porque será que o(s) visados na notícia não processam "o sol"?
Será por falta de argumentos, falta de factos ou falta de vontade?
Ou será que "o sol", afinal, se limitou a dizer a verdade?

Perante alguns discursos políticos, faltar à verdade deixou de ser grave e condenável.
Para o justificarem até arranjam vários tipos de verdades - a verdade oficial, a institucional, a verdade que é mesmo verdade...
Vale tudo!
Desespero?

Estou mesmo antiquado.
Eu que fui educado sob o lema de que verdade há só uma!

a quem serve o Sado poluído?

Não é necessário dedicar muitas palavras ao nosso Sado.
Todos nós gostamos dele.
Orgulhamo-nos dele.
E envergonhamo-nos de o ver tão maltratado.



Muito há a fazer.
As agressões ao Sado são imensas.
É necessário atacá-las.
Mas ainda falta começar.

Não sabemos do que espera o executivo camarário.
É ele quem tem a maior responsabilidade na protecção do nosso Património. Onde o Sado se destaca.

Certo é que Pedro Paredes afirmou na Reunião Ordinária da CMAS de 21/02/2008 que:

se houver necessidade, a câmara tem condições financeiras para contrair um empréstimo bancário para construir uma ETAR para tratar os esgotos que drenam para o rio”.

Se é assim, de que é que Pedro Paredes está à espera?
Se tem condições financeiras porque não avançou com o projecto?
Condições técnicas não lhe poderão faltar, porque isso de ETARs é quase por catálogo.
É quase como ir comprar um carro a um stand de automóveis.
Desde que se vá ao encontro de quem percebe do assunto...
Faltam-lhe capacidades humanas?
Resolva-as!
De que servem as suas palavras pomposas se não têm correspondência com a realidade?




Note-se que as afirmações de Pedro Paredes têm mais de 20 meses.
Tempo suficiente para executar um projecto para uma ETAR.
Será que Pedro Paredes ainda está a ver se “há necessidade”?
Ou está à espera que os Alcacerenses se mantenham repousadamente descansados?

Entretanto, o Sado continua maltratado...
Até quando?

12 de novembro de 2009

proteger o ambiente

Há poucas semanas publicamos um artigo sobre o impacto ambiental causado pela cultura do arroz em Alcácer do Sal.
Nesse artigo eram apresentadas duas fotografias em que era visível a queima do restolho.

O artigo causou incómodos.
Gerou reacções... anónimas, como é de esperar.
Reacções que não apresentaram factos na defesa dos seus argumentos.
Nem na contestação dos que aqui foram apresentados.
Mas não deixou de recorrer ao insulto, tornando a questão pessoal, quando ela não o é nem nunca o foi.
Motivo pelos quais os comentários não foram publicados.
Coitados.

Decidimos regressar ao tema.
E apresentar mais factos.

De acordo com as regras aprovadas, as candidataruras aos subsídios comunitários / medidas agro-ambientais relativos ao arrozal – medida 44 - obrigam os agricultores, entre outras coisas, a:

“NÃO QUEIMAR RESTOLHO”...
e
“NÃO EFECTUAR TRATAMENTOS FITOSANITÁRIOS DE AVIÃO”...

As regras definidas pela Comunidade Europeia foram transcritas pelo Ministério da Agricultura.
Estarão eles enganados?
Irão agora insultar o Ministério e a Comunidade Europeia?
Ou já o fizeram?

Só falámos na defesa do Ambiente.
Não pretendemos incomodar ninguém, nem ganhar (ou manter) vantagens à custa de outros.


NOTA:
1. A Califórnia, uma das zonas de grande produção de arroz do mundo industrializado, começou a abandonar a queima do restolho em 1991. E, em 2000, este processo tinha sido praticamente banido do cultivo de arroz...

2. O arroz é importante para a economia do concelho.
O Ambiente também.
Arroz temos mais todos os anos.
Ambiente só temos um. Este!


11 de novembro de 2009

nova sondagem Alcácer do Sol

O Alcácer do Sol disponibiliza, a partir de hoje e durante 15 dias, uma nova sondagem (visível na coluna ao lado do texto).

À pergunta:

"Se Pedro Paredes não fizer aquilo que disse, tal como nos habituou, que irá então ele fazer?"

Há seis hipóteses disponíveis (é permitida a escolha de várias opções em simultâneo):

  1. navegação à vista
  2. mais do mesmo
  3. campanha eleitoral
  4. satisfazer interesses sectoriais
  5. mudar passeios em bom estado
  6. outra coisa

Dê a sua opinião, participando!

Obrigado.

Museu é inaugurado para o mês que vem!

Falamos do Museu Pedro Nunes.
Em 2007, o órgão propagandístico do executivo camarário foi muito explícito.
Veja a figura abaixo:


trecho do artigo abaixo apresentado
-
-
..
.
uma folha de Alcácer de há 2 anos


Se o disseram é porque o vão fazer.
Ou será mentira?
Estão em causa pessoas credíveis, ou não?

Nenhuma catástrofe ocorreu que pudesse atrasar as obras de recuperação.
Houve quem ficasse admirada com o facto das lajes serem pesadas...
Apenas uma questão de ignorância.
Que também pode interferir no normal decurso das obras.
Mas inimaginável, numa equipa capaz de governar o mundo.

Pelo que somos levados a garantir que o Museu vai mesmo abrir para o mês que vem!

Advinhamos que na inauguração a Calceteira e a Pazôa vão actuar.
Que PP vai fazer mais uma das suas intervenções características...
E os críticos ficarão sem argumentos para acusar o executivo municipal de falta de empenhamento na gestão do património de Alcácer do Sal.

Já Pedro Paredes tinha afirmado na Reunião Ordinária da CMAS de 2006-05-04:

« A política cultural do anterior executivo era fazer inscrições em Associações.
A nossa, é pôr os Museus a funcionar


Vá lá, Pedro Paredes, de Maio de 2006 até Dezembro de 2009 houve tempo, mais que tempo, para mostrar que as suas palavras são credíveis.
Abra o Museu para o mês que vem.
Ao fazê-lo impedirá que lhe chamem, fundamentadamente, charlatão...
Não acha que vale a pena?
.
.
.
.
.
A afirmação - de 2006 - que despoletará a abertura do Museu Pedro Nunes em Dezembro de 2009, de acordo com os objectivos definidos pelo próprio executivo camarário

7 de novembro de 2009

estagnação

6 de novembro de 2009

aniversário

Hoje, dia 6 de Novembro, o Alcácer do Sol faz dois anos!

Neste período publicamos mais de 600 artigos.

Fizemos uma interrupção antes e durante as autárquicas. Foram, na realidade, umas longas férias.

No entanto, durante a campanha eleitoral, publicamos um outro blog.
Foi o pedriotices y sus muchachos ( http://pedriotices.blogspot.com).
Cujos textos continuam actuais (excepção para os apelos ao não voto no PS-Paredes).

Intervimos e incomodamos interesses, incapacidades e incompetências instaladas na autarquia. Fizemos sugestões.

Recorremos, de acordo com os nossos valores e princípios, ao direito à indignação.
Fundamentámos as nossas afirmações.
Nunca abordámos questões pessoais.

Houve muita gente que nos apoiou e aplaudiu.
Também houve muitos que nos ameaçaram, insultaram e denegriram. Mas nunca com dados ou provas de que os factos por nós apresentados fossem falsos. É que a verdade, por vezes, dói...

Pela nossa parte, nunca sentimos qualquer dor com origem, directa ou indirecta, no Alcácer do Sol.

Sabemos o que queremos.
Seguimos o nosso caminho.
Ficamos agradecidos pela vossa atenção.
Obrigado a todos os que nos visitaram.

1 de novembro de 2009

sondagem alcácer do sol

O Alcácer do Sol disponibilizou, nas duas últimas semanas, uma sondagem a todos os cibernautas.

A pergunta apresentada foi:

"Será desta que Pedro Paredes vai honrar a sua palavra?
Ou seja, vai fazer aquilo que disse?"

havia duas opções à escolha:


  1. Sim, vai fazer o que disse,

  2. Não, não vai fazer o que disse



78,6 % dos 56 participantes (1 voto por cada IP) seleccionou a opção

"Não,
não vai fazer o que disse".

Certo é que o discurso de tomada de posse foi ao encontro desta opinião.
Pura coincidência ou clarividência daqueles que participaram na sondagem?

a navegação à vista


executivo camarário tomou posse

O executivo camarário tomou posse na última sexta-feira.
A cerimónia decorreu no Auditório Municipal.
Após a tomada de posse, foi dada a palavra ao presidente do executivo, como é normal.

Pedro Paredes tomou a palavra.

Começou pelos agradecimentos.
Felicitou algumas organizações / instituições e também pessoas.
Com grande destaque para o PS e seus militantes / simpatizantes.
Personalizou esse destaque citando o nome de 3 militantes do seu partido (não eleitos).
Pedro Paredes podia ter falado como Presidente da Câmara mas não fez.
Falou como líder partidário.
Acontece que aquela não era uma reunião do PS...
... será isto o indicativo daquilo que vamos enfrentar?
Um presidente que não trata os cidadãos do Concelho de forma independente e equilibrada?
Pelo menos começou assim o seu segundo mandato.

Depois dos agradecimentos, Pedro Paredes falou daquilo que "não queria falar". Repetiu sucessivamente que não queria falar disto e daquilo mas falou. Aproveitando a oportunidade para fazer propaganda política. Como se tivesse motivos de orgulho pelo seu mau desempenho no primeiro mandato.

Falou ainda do futuro próximo.
O que era mais importante.
Mas sobre esse aspecto falou pouco.
Muito pouco.
E de forma mal estruturada.
Não estava preparado.
Não esteve à altura do esperado para quem vai gerir com eficiência um território que integra vários núcleos populacionais.
Centrou a grande prioridade do mandato na criação de emprego e na atracção de empresários para a ZIL.
O que é correcto mas insuficiente.
Desta vez não destacou, como já o fez no passado, o sector do turismo, nem as empresas da noite, da dança ou da arqueologia...
Referiu-se muito aos empresários. Não teve uma palavra para os trabalhadores por conta de outrem do sector privado.

Pouco mais disse de válido.

Não teve uma palavra para a gestão e o ordenamento do território.

Nem um detalhe para a protecção ambiental ou patrimonial.
O nosso Sado, que está tão maltratado, não foi digno de qualquer reparo.

Pedro Paredes também não teve uma atenção para aqueles que sofrem na pele as consequências das crises actuais - uma mundial, consequência do liberalismo económico e outra nacional, consequência dos sucessivos governos do centrão.
Pelos vistos isso não o incomoda.
Nem a ele, nem aos que o rodeiam de perto.
A prova-lo está o pobre Plano Anti-Crise Salatia, apresentado pela CMAS há mais de 6 meses.
Ainda não saiu do papel.
Era para ser aplicado nos anos de 2009 e 2010... metade já quase passou!
Inoperância, incapacidade, desleixo?

Mais do mesmo...

Assembleia Municipal multipartidária


Na sexta feira tomaram posse os elementos da Assembleia Municipal.
Posteriormente elegeram a respectiva Mesa.
Dessa votação resultou a eleição do candidato do PS para presidente, o da CDU para 1º secretário e o do BE para 2º secretário.

A Assembleia é composta por

  • 13 elementos da CDU (maioria relativa)
  • 12 elementos do PS
  • 1 elemento do BE
  • 1 elemento do PSD
O maior destaque deste acontecimento vai para a distribuição multiparidária dos lugares da Mesa e para a grande satisfação demonstrada pelo representante do BE no final da sessão.
Terá sido pela forma habilidosa de o BE se "aliar" ao PS, viabilizando a eleição do seu candidato para Presidente?
O Bloco de Esquerda a viabilizar o liberalismo económico?
Pode parecer estranho aos mais distraídos.
Aconteceu em Alcácer do Sal.