31 de janeiro de 2008

momento de humor

Não, não abdicamos dos nossos valores, nem dos nossos princípios.
Entenda o artigo anterior, intitulado "e contudo devemos continuar fiéis ao partido socialista" como um momento de humor e boa disposição dum nosso colaborador recente.
Explicamos porquê.
O Alcácer do Sol limita-se a comentar factos relativos ao Concelho de Alcácer do Sal assim como questões comuns desta vida terrena. E não pretende dar instruções a ninguém. É uma das premissas editoriais. Foi uma opção, como poderia ser qualquer outra. Temos opiniões concretas sobre muitas dos acontecimentos que se passam para além deste paraíso. Mas isso são contas doutro rosário...
Por esse motivo não falamos de partidos nacionais. E não vamos falar do PS, nem de socialismo ou de liberalismo capitalista. Mas falamos desta terra!

Não sabemos se a equipa que gere o Concelho é composta por Socialistas. É certamente composta por pessoas que se propuseram conduzir os destinos deste Concelho. Fizeram-no livremente. Foram eleitos e exercem com toda a legitimidade a função. Ninguém o contesta!

Da mesma forma, a população que aqui vive tem o direito de ter uma opinião sobre o seu desempenho. Uma opinião esclarecida, baseada em factos e expectativas concretas, apenas valoriza a nossa Democracia local.

Não houve total liberdade para fazer promessas? Porque não há-de continuar a haver liberdade para as analisar?

E o que é que nos tem sido dado a observar?
A nossa opinião é de que a Câmara é gerida por um grupo de pessoas que não funciona em equipa, que não tem uma visão para Alcácer e que gera resultados fracos, nulos e por vezes negativos. Em simultâneo tenta esconder toda essa incapacidade com formas de relacionamento humano pouco evoluídas , como por exemplo o recurso à arrogância.
Não sabemos se isto é ser socialista ou não. Nem estamos preocupados com isso.
O que nos preocupa é que esta terra não dá mostras de sair dum terrível estado de estagnação. Não há empregos (excepção para alguns boys), não há investimento, nem público nem privado (excepção para o sector imobiliário, o que já vem de longe), não há projectos estruturantes para captar financiamentos comunitários, não há inovação nem empreendedorismo nem capacidade de concretização...mas há perda de poder de compra, ausência de expectativas e uma desmotivação colectiva de fazer dó!
É claro que não é assim em tudo. Há fartura de folhetos, brochuras e panfletos. As Feiras e as Festas abundam. Mas, com feiras e festas não se dá de comer aos nossos filhos!

Se, o que nos é dado observar nos conduz a estas opiniões, que razões nos poderiam levar a uma posição de subjugação e submissão às pessoas ou ao partido que as geram?
A vida deve ser levada de cabeça erguida. Para isso é imprescindível vivê-la, em todas as situações, de acordo com os valores e os princípios que cada um elege. Isto é incompatível com posições de seguidismo cego, subserviência e conformismo.
Por isso somos incapazes de dizer que... somos fiéis àqueles que nos desprezam, ignoram e maltratam.
Porque uma coisa é o nosso clube de futebol. Outra coisa é a nossa vida!

Nesta perspectiva, colocar a hipótese de que "devemos continuar fiéis ao partido socialista" só poderá ser uma piada...infelizmente abaixo do nível a que os Gatos Fedorentos nos habituaram.

E contudo devemos continuar fieis ao Partido Socialista…

Uma das melhores ilustrações de como podemos ter liberdade de expressão sem que a fidelidade nos atormente denomina-se de Princípio de Baldwin. O que é isto? Bem, num resumo rápido é uma explicação em que se afirma que o mundo que nos rodeia – que no nosso caso é o concelho - se torna progressivamente um sítio com maior complexidade e com maior número de situações problema.
Todos nos lembramos do tempo em a governação da CMAS era do Partido Comunista. E que dizer? Não foi há muitos anos.

Todos nos lembramos do tempo em que não havia telemóveis. E que dizer? Não foi há muitos anos. Mais, todos nos lembramos do tempo em que construíamos frases sobre a inutilidade dos telemóveis. E este palavreado nada adiantou. O mundo, como o nosso concelho, alterou-se de tal maneira que quem hoje não tem telemóvel está desadequado.

Todos contamos que os nossos concidadãos tenham telemóvel, tal como as diferentes instituições contam que todos tenhamos acesso á Internet. E afinal o que é que isto quer dizer?

Isto quer dizer que tudo o que se faz ou pretende fazer para melhorar o mundo e para dar sentido ao mundo se tornam facilmente caricaturas históricas. Temos sempre que ser fieis já que o mundo se encontra permanentemente em mudança e a inventar-se a si mesmo e quem toma decisões terá sempre que, no futuro, convencer o cidadão do que o que fez já não se adequa a esta realidade actual.

O nosso mundo envolvente, o nosso concelho é um espectáculo sempre em mudança e ser-lhe fiel é mentir-lhe.

Devemos pois ser fieis a quem faz, os governantes, e às ideologias que os governam.
Sendo assim, devemos continuar fieis ao Partido Socialista.
Todos temos uma religião e não mudamos.
Todos temos um clube e não mudamos.Todos temos um partido e não mudamos. A fidelidade, em todos estes casos e noutros, torna-se um porto de abrigo em que o nosso espírito repousa tendo assim tempo para outras dificuldades que a vida nos apresenta.

30 de janeiro de 2008

à procura de "coisas" positivas

Por vezes pode parecer que falamos muito de coisas negativas. Será que nos andamos a esquecer das coisas positivas?
Para dissipar essa dúvida concentrámos os nossos esforços na busca de coisas positivas.
Felizmente não tivemos que procurar muito!
Vem a propósito a "alteração da estrutura orgânica e do quadro de pessoal" da CMAS, apresentada e assinada pelo Sr. Presidente Arqº Pedro Paredes. Julgamos que o documento seja de Dezembro de 2007. Não lhe vislumbramos a data. Não por falta de vista mas por falta da data em concreto. Possivelmente trata-se de uma redução de custos, ou seja, de uma redução de défice. Se assim for deve ser uma coisa positiva.

Sintetizando, referimo-nos ao documento que apresenta uma nova organização para a Câmara. O que é uma coisa positiva, visto ser urgente inverter este abominável estado de estagnação.

E é uma coisa positiva porque confirma que, depois de mais de dois anos a trabalhar, o executivo camarário descobriu que precisava de mudar. Ou seja, andou-se mais de dois anos a trabalhar com uma estrutura desajustada. Os resultados à vista comprovam-no. Diz o ditado que mais vale tarde do que nunca. Donde podemos concluir que negativo negativo era, passado este tempo todo, o executivo ainda não ter descoberto a grande evidência: assim não vamos lá!

Então que se mude o que está mal. E começou-se a mudar por aqui, o que é uma coisa positiva.

Os processos de mudança são complexos e requerem pessoas capazes na sua condução. Caso contrário cai-se no vulgar processo de intenções e não se sai daí. De intenções está o inferno cheio...e não só! Afinal este processo de mudança leva-nos para onde? Vejamos.

O que muda? O que traz de novo esta organização?
À primeira vista traz mais umas quantas "Divisões" e com elas mais uns quantos chefes de divisão, acompanhados por... Bem, se é para crescermos deve ser uma coisa positiva. Para confirmar esta hipótese lemos atentamente a justificação para esta mudança, apresentada por Pedro Paredes - ponto 4 da deliberação - em que afirma:

"Quanto às alterações de pessoal, as necessidades sentidas passam pela melhor adequação das tarefas às funções exercidas, e pelo incremento das condições necessárias para beneficiar a eficácia e a eficiência dos serviços municipais, procurando aumentar os quadros superiores e técnicos deste Município."

1ª conclusão: há um fundamento, o que é uma coisa positiva e nem sempre acontece;

2ª conclusão: a "adequação das tarefas às funções exercidas" em vez da adequação das tarefas às necessidades de desenvolvimento de Alcácer do Sal já não nos parece positivo...Afinal o que está em causa nesta re-organização é o Município ou são as funções exercidas pelo pessoal?

3ª conclusão: fundamentar esta mudança "procurando aumentar os quadros superiores e técnicos deste Município" em vez de procurando novas soluções que sustentem um desenvolvimento continuado deste Município ? Isto já nos parece claramente negativo...por muito esforço que façamos na busca de aspectos positivos. Mais do que isso: cheira-nos a escândalo!
E porquê? Porque isto, traduzido à letra, é criar jobs para boys em vez de criar estruturas para tirar Alcácer deste abominável estado de estagnação!

Tudo isto é feito à custa dos impostos que todos nós pagamos...e é apresentado como algo de muito positivo! O que até é verdade, mas apenas para alguns boys.
A alteração da estrutura funcional da CMAS era, e continua a ser, urgente e necessária. Mas uma alteração que tenha como objectivo promover o desenvolvimento económico e social, a criação de emprego, a segurança e a estabilidade nesta terra maravilhosa. Assim não. Assim não vamos lá!

Alcácer merece mais!

Nota 1: as citações apresentadas foram extraídas da "proposta de deliberação nº022/gap/2007 ao executivo da Câmara", assinada por Pedro Manuel Igrejas da Cunha Paredes e aprovada em reunião de Câmara e em Assembleia Municipal em Dezembro de 2007.

Nota 2: atendendo à importância do tema, comentaremos em breve algumas questões particulares desta nova estrutura orgânica.




um exemplo caricato da adaptação de uma tarefa a uma função

Queremos uma Escola Nova

Se procurarem esta árvore dentro do espaço da escola vão reparar que ela está empedernida e seca. E é por esta e por outras que queremos uma escola nova.
Por outro lado, é já longo o debate, quer em termos de prática pedagógica quer em termos ideológicos, em torno deste assunto mas ele pode estar sempre aberto a novas abordagens.
Temos de ter coragem e dizer: "Queremos uma escola nova".

Queremos tornar toda a comunidade educativa em Homens mais racionais e esclarecidos afastando deles todos os sentimentos de «medo».

Queremos estimular e dirigir discretamente os processos de avaliação, de ensino e de aprendizagem atenuando a competição gratuita e negativa.

Queremos que os nossos cidadãos - alunos, funcionários e professores - passem a ser o Homens livres no seio de uma escola pública dentro da comunidade.

Queremos uma escola cada vez mais aberta e onde a individualidade e a voz de cada um se possa fazer ouvir de uma forma diferente.

Contudo, o professor, enquanto mediador de conhecimentos e saberes, deverá fazer uso daquilo que sabe e do seu porquê que faça sentido ao aluno, sem cair num "facilitismo" que entorpece, e no qual a avaliação se pode, facilmente, tornar.
Deste ponto de vista, só "queremos uma escola nova". Uma escola onde as árvores secas não devem estar.

Mas este apelo, pode muito bem ser considerado, apenas mais um capítulo da guerra entre a "escola nova" e a "escola tradicional".

29 de janeiro de 2008

Ter Consciência

Consciência é uma das palavras mais importantes para cada ser humano. Porquê?
Porque tudo o que dizemos, tudo o que sentimos, tudo o que fazemos tem a ver com ela.
E sendo muito simplista, só aquelas pessoas que estão a dormir ou que estão em coma não têm consciência.
Tudo, mas tudo o que dizemos e fazemos tem a ver com o facto de termos consciência.
E às vezes, basta ler o que está escrito neste local, ficamos surpreendidos pela ignorância que alguns "iluminados" apresentam ao terem consciência do que dizem e do que fazem.
É fantástico, não é?
Apesar de todos sabermos e termos consciência continuamos como se não existisse.
Assim: todos têm consciência, quer os eleitores quer os eleitos.

28 de janeiro de 2008

pró ano é que vai ser! Já foi...


2007 terminou há já algum tempo, o que permite uma análise mais ponderada.
E sobre 2007 começamos por relembrar as palavras do Sr. Vereador João Massano publicadas na Folha de Alcácer de Fevereiro de 2006.
Dizia nessa altura o ilustre eleito acerca do orçamento para 2006:
"é o orçamento possível, mas não é o ideal " justificando o facto com as heranças do passado.
E acrescentava:
" As nossas convicções são as mesmas e vamos cumprir as nossas ideias, ainda que seja preciso esperar, referidamente por 2007, ano em que se executará o primeiro orçamento verdadeiramente com a marca do executivo escolhido pela população em Outubro último."

Estando nós em 2008, o que é que se constacta do primeiro orçamento a valer deste executivo?

Vimos que muitas das obras de que este executivo se gaba vieram de trás. Actualmente não se está a trabalhar em projectos estruturantes, fundamentais para o desenvolvimento do Concelho. As poucas coisas que fazem aparecem de forma atabalhoada ou não chegam a aparecer. As promessas não são cumpridas e isso parece não incomodar ninguém (o que nos leva a tirar conclusões muito graves...).

A equipa que gere o Concelho dá mostras de não funcionar como equipa, relacionando-se duma forma desarticulada. Enganam-se muitas vezes dando a sensação de que não pensam bem no que fazem. Não se percebe a nomeação e o rápido afastamento da Sra. Ana Massano da Regi. Não se explicou claramente o afastamento do Sr. João Massano do pelouro dos recursos humanos. Não se entendem as danças de cadeiras de muitos funcionários. Nem as vantagens obtidas com a introdução de muitos jobs.

E a principal razão para não se entender tudo isto é a falta de resultados para apresentarem à população. Porque não há obra que se veja. Sim, não há obra!

O maior investimento do Concelho é feito numa estrada em que o presidente reconhece que depois de concluida é preciso voltar a fazê-la ... bem feita! E para isso esperam por uma instituição externa - a EP.

Devolveram mais de 200.000,00 €uros de dinheiros comunitários para se darem ao luxo de destruirem um projecto...que vinha de trás. Não o substituiram por nada e deixaram uma péssima imagem na CCDRA em Évora. Que racional justificará tamanho disparate?



Mantiveram a margem Sul num estado lastimoso, depois de destruirem um outro projecto...sem ligarem ao desperdício que isso representou para uma das regiões mais pobres da Europa! Não haveria outros locais com maiores necessidades de intervenção?



Prometeram uma Escola Primária nova e já disseram que não vão cumprir a promessa. E depois mostram-se indignados pelo PIDAC não contemplar a verba para a nova Escola Secundária. Dois pesos, desculpem, duas Escolas, duas medidas...E aceitam pacificamente o facto do PIDAC atribuir para o segundo maior Concelho do País a irrisória quantia anual de 4.500 €uros ?




Incluiram no orçamento a verba para a estrada da Ameira e só iniciaram a obra em meados de Dezembro! Até lá a estrada manteve um nível de degradação exasperante. Como iam adiantados, prevêm 7 meses para arranjar um troço de cerca de 2 Km! É demais.

Querem atrair negócios da noite, da dança e sei lá mais o quê para desenvolverem o Concelho e não têm um plano para atrair unidades industriais.

Tentam fazer Planos de Pormenor em vez de reverem o PDM que está desactualizado e representa um entrave ao desenvolvimento de Alcácer.




Apostam quase tudo em festas e feiras e nem aí conseguem resultados dignificantes. Basta lembrar a Feira da Aventura, a Feira do Turismo e o novo pavilhão da feira, prometido para...2007!

E acabam por realçar os arranjos das rotundas...que já estavam arranjadas! Não há mesmo nada mais para fazer? Quando olham à sua volta não verão mais nada a necessitar duma intervenção? Estará já tudo feito? Não era isso que diziam, quando prometiam tudo o que se poderia esperar duma equipa capaz de governar o mundo!

A estagnação está instalada e esta equipa não mostra ter capacidade para dar uma pedrada no charco. Não sendo por falta de dinheiro, segundo as declarações do Sr. Presidente Pedro Paredes, então porque será?

Têm legitimidade para governar. Não têm é credibilidade. Porque não cumprem aquilo que prometeram. Porque não desenvolvem o Concelho. Porque não fazem obra. Alcácer votou na mudança. Não votou nesta incapacidade nem nesta incompetência.
.
"É preciso não desanimar." afirmava o Sr. Vereador João Massano no artigo acima referido, há quase dois anos...
.
"É preciso ter lata." dizemos nós.
.
Alcácer merece mais!

Águas do rio

Os mecanismos da democracia lembram que as pessoas devem ser dirigidas por cidadãos responsáveis. Estes têm por missão controlar aqueles que pensam e deste modo tornar favorável a opinião pública.
Mas pela sua histórica luta pela liberdade, Alcácer do Sal, sempre mostrou que é composta por pessoas livres. E quanto mais livres elas são mais difícil se torna fechar os seus horizontes.
Os eleitores devem estar atentos. Devem tentar compreender o que se passa na espera pública. Devem manter-se informados e reflectir seriamente as questões humanas.
Conheço muitas pessoas em Alcácer do Sal que não têm qualquer instrução escolar, mas que são, pelo menos na minha opinião, uns verdadeiros sábios subversivos que pela sua perspicácia já nos apontam outros caminhos... outras águas a serem percorridas pelos eleitos...
E hoje, estes cidadãos de Alcácer do Sal estão contentes porque está Sol e, desse modo, podem espreguiçar as mentes e dar uns dedos de conversa com os amigos.

27 de janeiro de 2008

turismo


Recebemos visitas de amigos num fim-se-semana recente.
Vieram de fora e mostraram interesse em conhecer um pouco da cidade.
Levamo-los empenhadamente aos pontos mais significativos de Alcácer.
E consequentemente ao Senhor dos Mártires.
Acontece que o Monumento apenas abre ao público de segunda a sexta feira...
Voltamos para trás...
...e ficámos sem resposta quando nos perguntaram o motivo do encerramento ao fim de semana.
Acabamos a reflectir em conjunto.
Alcácer não diz que quer desenvolver o Turismo?
Não gasta dinheiro numa chamada Feira do Turismo?
E agora veda o acesso ao Senhor dos Mártires no período semanal de maior afluência turística?
Onde está o apoio e a divulgação do nosso património?
Será assim que se quer desenvolver o Turismo?
Sabe a pouco, a muito pouco...

Se tiver uma resposta credível para estas questões, envie-a para alcacerdosol@gmail.com
.
Nós não encontramos nenhuma...
.
Mas descobrimos uma referência ao facto no panfleto da Câmara "balanço de dois anos de mandato" - dois passos de um penoso caminho, de Outubro de 2007 e que aqui transcrevemos:

"O Santuário do Senhor dos Mártires abriu ao público, em conjunto com o núcleo museológico...Desta forma, dá-se a conhecer uma das maiores riquezas arquitectónicas do Concelho que não beneficiava ninguém estando encerrado."

Mais um bocadinho e ainda acabavam a dizer que a sua influência foi decisiva no processo de recuperação do monumento...
.
Alcácer merece mais!

também quer apoiar?


Quem dirige a Câmara Municipal de Alcácer do Sal aceitou que o seu nome fosse utilizado na promoção e divulgação de uma empresa. Trata-se, como a fotografia demonstra, da empresa A.Caetano Auto Setúbal. Será que isso tem alguma coisa de mau? E de bom, o que terá?

Se aparecerem outras empresas interessadas nesta forma de divulgação comercial que acontecerá? Estamos certos de que os “eleitos” aplicarão, com outras empresas interessadas, os mesmos critérios de rigor, isenção e independência que aplicaram com a A.Caetano Auto Setúbal.
Que outra coisa seria de esperar? O precedente está criado. É uma questão de princípios. Ou será de dinheiro?

Não é difícil que este tipo de opções possa trazer dissabores.
Imaginem então uma empresa que pretende divulgar o seu nome. Para tal recorre à inscrição “apoiamos a Câmara Municipal de Alcácer do Sal” nos seus produtos. Produtos esses que a Câmara utiliza no seu dia a dia.
Então imaginem que o produto em causa é, por exemplo, papel higiénico...
Quais os fundamentos para, depois de aberto um precedente, poder recusar a proposta? Como será?

A Câmara Municipal merece ser bem tratada.
Alcácer merece mais!

26 de janeiro de 2008

Os iluminados

Todos queremos ser iluminados. Como o Sol que percorre a nossa terra é de todos e para todos, devemos querer todos ser “Iluminados”.

Como grandes iluminados da nossa Alcácer, devemos querer ser sempre eternos dissidentes, isto é, termos as ferramentas necessárias contra qualquer tipo de manipulação.
Mas nem todos querem ser assim. Alguns, preferem ser intelectuais, à moda antiga, conseguindo, pelos seus actos, que os cidadãos da nossa querida Alcácer sejam passivos, obedientes, ignorantes e programados. Amaciam o pelo dos seus eleitores para que eles não se virem contra eles. Cortejam as mulheres dos outros para tentarem coordenar os seus movimentos. É clarto que para o verdadeiro iluminado isto é “demodé” ( está fora de moda).
Acordem Homens da nossa Terra. Actuem e lutem contra o «fabrico de consentimentos». Não se deixem levar pelas técnicas de propaganda que pretendem controlar as massas e fabricar consentimentos.
Sapere aude! Tenham a coragem de pensar e agir como ser de liberdade. Como o Sol que nos banha e nós dá uma imensa alegria para viver.

25 de janeiro de 2008

novo colaborador

O Alcácer do Sol passou a contar, a partir de ontem, com um novo colaborador directo.
É um processo normal de crescimento e consolidação dum projecto.

O que não dispensa o excelente apoio de muitos outros colaboradores informais. Para todos eles o nosso reconhecido agradecimento. A grande maioria dos artigos aqui publicados devem-se a eles. Assim como muitos outros artigos que aguardam publicação por falta de capacidade da nossa parte. E muitos mais que ainda haveremos de publicar. Motivos não faltam, infelizmente.

Relembramos a nossa morada alcacerdosol@gmail.com a todos aqueles que nos queiram contactar.

Que se inverta este terrível período de estagnação!

Alcácer merece mais.

24 de janeiro de 2008

mais do mesmo


O Notícias do Litoral desta semana apresenta na 2ª página uma notícia sobre Pedro Paredes.
Soa-nos a cassete. Sim, cassete. O teor do artigo é uma repetição dum outro do Litoral Alentejano muito recente. E os mesmos temas também aparecem na 1º página da última Folha de Alcácer...
Não haverá mais nada para falar do segundo maior Concelho do País?
Será que alguém está com medo de falar para não dizer mais disparates?
Ou será que se fala de obrazinhas na esperança de que estas se transformem em obras? Há quem acredite que uma mentira, muitas vezes repetida, acaba por se transformar numa verdade. Será o caso?


O que é ao certo não sabemos.
Mas em nossa opinião, o discurso é repetidamente pobre, fraco e mal estruturado.
Vejamos:

Fala-se muito de ETARs para aglomerados com menos de 500 habitantes. Este projecto, que já vem de trás, é válido mas está incompleto. Falta pelo menos uma ETAR para a cidade de Alcácer. Não se fala dela porquê? Porque nos desprezam e nos discriminam? Que mal fizemos nós?

O reservatório de água do Laranjal é outro projecto que também já vem de trás...
Assim como o projecto para o Centro Cultural Pomba Cupido, executado pela mesma pessoa que fez um projecto para o Largo da Feira. Projecto esse que os ilustres autarcas dizem desconhecer...Mesmo assim prometerem um pavilhão novo para...2007! Já o viram? Nós também não.
O museu, continua fechado e sem obras visíveis depois deste tempo todo. Acabamos por saber que o projecto não está concluído...Depois de projectar, como gosta de relembrar um destacado vereador, ainda é preciso cabimentar, abrir concursos e executar. Parece difícil não parece? E é difícil para quem não sabe.

As citadas operações de manutenção – “estradas e as ruas reparados, os troços de condutas de abastecimento de água e saneamento...” é o mínimo e o indispensável que tem que ser feito sob pena do sistema entrar em colapso.
Chega-se ao ridículo de se realçar as melhorias dos espaços verdes das rotundas!
É até humilhante ver alguém a recorrer a este tipo de acções para conseguir mostrar trabalho.

Não é disso que nós mais precisamos.

Nós necessitamos que inovem, empreendam, criem, estimulem e desenvolvam acções que despoletem o desenvolvimento sustentado da nossa terra.
Temos que sair deste abominável estado de estagnação. Ainda não perceberam isso?

Mas ainda há mais.

Gabam-se do Lisboa Dakar, por ter passado por Alcácer. Como todos entendemos, tal facto deveu-se ao Grupo Espírito Santo, interessado em divulgar...a sua Comporta. A influência da CMAS na organização do rali tendeu para o zero. Colaram-se mas acabaram por ficar mal na fotografia.
A selecção de rugby estagiou em Alcácer e, na altura, quase ninguém deu por isso. Foi necessário colocar uma faixa na rotunda, junto ao campo de futebol (já depois do estágio terminado) para a população de Alcácer se aperceber do evento...imaginem no resto do país...
O orçamento de 2007 contemplava a estrada da Ameira mas a obra só começou em Dezembro, depois duma série de falsos arranques... Propõem-se levar 6 ou 7 meses para arranjar menos de uma mão cheia de kilometros...é menos de um kilometro por mês! São passos de caracol.
A estrada da Foz já deveria ter sido sujeita a obras de manutenção mas, passados mais de dois anos, ainda continuamos à espera. Provavelmente à espera que as eleições se aproximem.
Dos buracos espalhados pela cidade não falam...
As feiras e as festas estão sempre presentes na campanha publicitária da autarquia. São compradas a empresas que nem sequer são de Alcácer e usam-nas de acordo com as conviniências. Mencionam-se quando dá jeito e omitem-se quando não dá. Porque não falam na vergonha da feira da aventura e da feira do turismo? Quanto dinheiro lá desperdiçaram?
Acresce-se o empenhamento do executivo na luta por uma nova Escola Secundária. Quando ao mesmo tempo rompem, sem qualquer justificação razoável, o compromisso da nova Escola dos Açougues-Morgadinho. O que é da exclusiva responsabilidade da CMAS.

Tal como nas feiras, constroem-se cenários para alimentarem discursos. Em simultâneo escondem-se factos reveladores de incapacidade e incompetência, consoante convém.

Os Senhores que dirigem(?) esta cidade não falam de nada em concreto que ultrapasse um horizonte de um ano. Excepção para quando os prazos derrapam (o que é frequente). Não falam de planos de acção a médio e longo prazo. Mas várias obras de que agora se gabam são projectos que já vêm de trás. A actual ausência de projectos em desenvolvimento provocarão um vazio de acções ao próximo executivo camarário. Seja lá quem fôr que ganhe as próximas eleições.
Mas, como dizia um nosso amigo “disso aí aqui não há!”.


Não há mas deveria haver.
Deveria haver um PDM em revisão, adaptado à nova realidade e aos novos desafios.
Deveria haver projectos que atraíssem os financiamentos do QREN e do PIDAC.
Deveria haver factos que atraíssem empresas e criassem emprego.

Deveria haver cumprimento das promessas feitas!

Mas nem tudo é mau! Alegrem-se porque Pedro Paredes prometeu um novo canil!

O Sol que nos ilumina

Este é o Sol que ilumina a nossa terra. Este é o Sol que não deixa nada na escuridão. Este é o Sol que faz as nossas vidas felizes. Este é o Sol que está sempre ao nosso lado. Este é o Sol que faz de nós uns iluminados.
Iluminados??? Iluminados???
Ser um Iluminado significa sair da menoridade, sair da incapacidade de nos servirmos do nosso próprio entendimento sem a direcção de um outro. Sapere aude!!
"Ter a coragem para nos servirmos do nosso próprio entendimento" é a divisa do Iluminismo e dos Iluminados.
Aproveitem o Sol sobre a nossa terra e pensem como podem ser mais felizes.

O Sol de Alcácer

Hoje acordei bem disposto porque aceitei abraçar um novo projecto.
Podia ser mais um dia igual a tantos outros, mas não é.
O Sol nasceu, hoje, em Alcácer do Sal mais bonito do que nunca.
Alcácer do Sal é uma cidade cuja beleza irradia a quem vive e passa por ela. Ninguém fica indiferente e muitos ficam a ela agrilhoados.
Esta é a nossa terra: uma terra cheia de sol e de pessoas boas.
E é sobre as gentes desta terra que vamos conversar. Das coisas que os homens fazem pela nossa terra. Das pessoas cujas paixões se pintam nos seus rostos. Dos Homens afeitos às lides da terra e do rio vincados pelas lutas que já vêm do passado.
E todas estas gentes merecem o nosso melhor... dias lindos com um sol radioso.
Há que terminar e, com um sorriso feliz, abrir as janelas. Mais uma vez, um sol brilhante ilumina as nossas casas. De braços abertos e num movimento pleno de felicidade digo: "Que dia lindo e eu sou o homem mais feliz à face desta terra!"

22 de janeiro de 2008

passadeira

Hoje iniciaram-se as pinturas de uma nova passadeira. A criação tem lugar na antiga Estrada Nacional nº5.
As passadeiras são importantes. Ninguém o contesta. A sua implantação deve obedecer a regras, claramente definidas.
Neste caso particular, uma dessas regras é aqui claramente violada: as travessias de peões não devem ser feitas em curvas. Por evidentes questões de segurança.
Há no entanto mecanismos adicionais que, nestas situações, reduzem o risco de acidente. Esperamos que esses mecanismos sejam aqui aplicados.

Há outros locais em que as passadeiras também são necessárias.
E há passadeiras que deviam ser deslocalizadas.
Esperemos que esta nova criação não seja um caso isolado. Muito mais há a fazer.

A Segurança tem sido demasiado descurada (evidências não faltam, infelizmente).

É necessário corrigir esta triste tendência...

Alcácer merece mais atenção.

21 de janeiro de 2008

Parabéns!

O Teatro do Rio presenteou-nos com mais um espectáculo no último fim de semana: Crónica Atribulada do Esperançoso Fagundes".
A peça é muito interessante.
A Companhia de Teatro é muito boa.
Melhor sabe quando se trata de coisas bem feitas, na nossa terra e por pessoas que vivem conosco nesta bonita cidade.
O que não impede que se saia do Auditório com o pensamento pesado..."Até quando este povo vai conseguir viver ainda e apenas de esperança e de promessas?".

Até quando?

Parabéns ao Teatro do Rio, a trabalhar desde 1996!

Nota: no próximo dia 1 e 2 de Fevereiro o Esperançoso Fagundes volta à cena.

há escola...e escolas!

Não há desenvolvimento sem obras. Elas são necessárias.
Mas há obras que param a meio e assim ficam...sem ningúem perceber porquê.
Imaginemos que até existe uma razão técnica para a sua interrupção.
Será isso motivo para a abandonarem no meio da rua?
Senão vejamos.
Há muitos dias, digamos semanas, que plantaram um enorme buraco em plena via rodoviária. Para ajudar, o buraco fica numa curva. Que coincide com o trajecto de circulação para a maior Escola de Alcácer. As imagens falam por si:




Em plena curva, o monte de terra visível esconde um enorme buraco. Apenas se vê uma rede plástica a delimitar a zona. Que até está derrubada num dos lados... Ao fundo vê-se a Escola Pedro Nunes.
Vêem alguma sinalização?


A faixa de circulação automóvel está ocupada em mais de 50%. Quem ali circula sabe que, para efectuar o trajecto assinalado, terá que redobrar a sua atenção. Imagine-se a fazer este percurso numa noite de nevoeiro.

Não haverá motivo para sinalizar?

A armadilha é mesmo maior do que inicialmente parece...
Localizada no principal acesso da Escola, onde a presença de jovens é muito elevada!
Esta situação arrasta-se há demasiado tempo.
As entidades competentes andarão preocupadas com o quê? Que estarão a fazer?
.


Como é possível ignorarem uma situação destas?
Como é possível negligenciarem a segurança de peões e automobilistas?
Como é possível desprezarem desta forma as pessoas da nossa terra?
.
Os factos demonstram que é mais fácil gritar por uma escola nova do que cuidar das que existem.
Assim se vê a preocupação deste executivo com a Educação.
.
Alcácer merece mais!

20 de janeiro de 2008

em grande!

Uma das ilustres Bandas Filarmónicas de Alcácer do Sal deslocou-se a Lisboa no último sábado.
Actuaram na Casa do Alentejo.
A sala saiu pequena, a ponto de muitas pessoas terem de assistir ao Concerto em pé.
As ovações foram longas e vibrantes.
Houve muitos elogios. Também houve que quizesse adquirir um CD da Banda, tal era o entusiasmo.
Foi bom. Foi muito bom.
No final houve quem se lembrasse do infeliz discurso do Sr. Presidente Arqº Pedro Paredes na festa de aniversário da Banda, há poucos meses atrás. Concluindo que esta era a melhor forma de responder às suas tristes palavras. Tinha razão!
A Banda Filarmónica esteve em grande. A reacção do público comprovou-o. Este facto vale por mil palavras. Sejam elas ditas por quem for...
Alcácer esteve muito bem representada na nossa Capital!

18 de janeiro de 2008

redes

No último fim de semana decorreu na Escola Pedro Nunes um encontro sobre "a escola de todos é para todos".
O Sr. Presidente Arqº Pedro Paredes teve uma intervenção curta e "cinzenta" em que praticamente se limitou a realçar o facto de se estar a trabalhar em rede...
Referência à "rede social de Alcácer do Sal".
O momento alto do encontro ocorreu com a intervenção dum elemento do público, quando lembrou o facto das redes terem buracos... deixando o Senhor Presidente Arqº Pedro Paredes sem palavras.

Infelizmente os "buracos" já fazem parte do nosso dia-a-dia. E não se restringem à área da educação. O estado de estagnação da nossa terra não é obra do acaso!

É necessário começar a tapar buracos antes de sermos tapados por eles.

passos de caracol


Hoje foi asfaltado o rego do Cais da Ribeira Velha!
Tinha sido aberto há mais de dois meses...
Na altura prometeram ser breves. A "obra" é de grande simplicidade. Mas mesmo assim não conseguiram fazer melhor.
É o que se vê. E o que aqui se vê é semelhante ao que observamos em todo o Concelho.
Não é possível acreditar num processo de mudança a ritmo de caracol. Porque os outros, à nossa volta, são muito mais rápidos. O que acaba por nos penalisar a todos.
Há que mudar este estado doentio de estagnação profunda!
.
Nota: nos últimos dois meses e pouco, o rego foi tapado várias vezes, mas sem resultados duradouros.
Porque não fizeram bem à primeira?
Porque recorreram à técnica do remendo?
E os desperdícios gerados pelos ineficientes remendos aplicados? Ou seja, quanto não foi deitado ao lixo, em materiais, em mão de obra e em tempo de utilização de máquina por incompetência e incapacidade? Esses recursos não poderiam ter sido aplicados noutro local, noutra acção e com outra eficiência?
Grão a grão desperdiçamos o pouco que temos. Acabamos todos por ficar mais pobres, devagarinho...

16 de janeiro de 2008

enfeites



Em Janeiro, acabadas as festas de fim de ano, desmontam-se as iluminações de Natal.
É o processo normal.
Só não entendemos porque razão não se removem outros enfeites por aí espalhados.
Falamos, por exemplo, dos parquímetros que estão na marginal.

Nunca foram postos a funcionar ao público.
Mas podiam ser úteis.
Podiam, por exemplo, desencorajar o estacionamento de longa duração. Ou seja, menos tempo de estacionamento significa mais carros estacionados por dia. Quantos mais carros estacionados mais potenciais clientes junto ao comércio tradicional.

Senão reparem na quantidade de habitantes, visitantes e turistas, que passam na marginal e se vão embora, só porque não sabem onde deixar o carro. Quantos menos carros param, menos pessoas circulam, menos vendas se fazem. E sem pessoas não há comércio tradicional...nem turismo...nem crescimento.
Este é apenas um dos aspectos da regulação do estacionamento.
Muitos outros se podem aplicar, como por exemplo a isenção de pagamento para os moradores locais e os deficientes.

Para que é que o actual executivo pagou mais de 33.000,00€ por estes equipamentos que nunca usou?...

Terão agora uma alternativa melhor?
Já passaram mais de dois anos e ainda não se percebeu nada...
Na margem Sul destruiram e removeram os equipamentos instalados.

Na margem Norte abandonam-os...como ferro velho!

O estacionamento em segunda fila é uma alternativa melhor?
Acreditamos que alguém pense assim. Se for este o caso, por favor, removam os enfeites! Deitar fora mais trinta e três mil €uros não é nada, comparado com tudo o que já mandaram para o lixo...

Nota: a 300 €uros por cada grupo de foliões, os 33.000 €uros destes enfeites dão um carnaval e pêras!

Bora lá mudar que isto já é "carnaval" a mais!

Escola Açougues / Morgadinho


A promessa foi feita pelo Sr. Presidente Arqº Pedro Paredes.

Fazemos nossas as suas palavras:

"não vale a pena prometerem-nos se não querem cumprir e se prometem vão ter de cumprir"

Pedro Paredes acerca da nova Escola Secundária (Notícias do Litoral de 12.12.2007)


De acordo com o prometido, as obras deveriam estar terminadas antes do início do próximo ano lectivo, ou seja, antes de meados de Setembro de 2008.

toldos 3

Nos últimos dias tem-se verificado uma grande azáfama no Largo Luís de Camões.
Está para nascer uma das obras deste mandato camarário! Acontecimento pouco usual em Alcácer do Sal.
As Senhoras que vendem camarão junto ao rio vão ter um toldo! Mas não é um toldo como os outros, meios abarracados. Este é um toldo como deve ser - moderno!
Ficamos satisfeitos ao verificar a melhoria das condições de trabalho das Senhoras que ali ganham a vida.
Esperamos que os consumidores também tenham as suas condições melhoradas. Já aqui fizemos referência a esta questão num texto publicado em Novembro passado. É necessário assegurar, entre outras coisas:

  • a refrigeração do marisco

  • a devida protecção dos alimentos a poeiras, insectos, gases de escape, etc...

  • a existência dum lavatório com água corrente (pelo menos para lavar as mãos...)

  • ...
Estamos certos de que ninguém de bom senso desprezará estas questões. Onde acreditamos poder incluir os responsáveis pela gestão desta cidade.


Concluímos, por agora, fazendo um pedido:

"Não ponham mais toldos a tapar a vista do rio e da ponte metálica, por favor! Procurem soluções de melhor qualidade. Verificarão que existem! Se tiverem dificuldade, peçam ajuda."

As obras começaram com a remoção do candeeiro de iluminação pública que estorvava o toldo. Candeeiros há muitos. Toldos não. E outros espaços funcionais ainda deve haver menos...Que se há-de fazer a quem tem visões curtas e estreitas?

15 de janeiro de 2008

Ambiente

Ninguém tem dúvidas de que a água do nosso Sado anda mal tratada.
Na maré baixa vêm-se facilmente vários esgotos a serem despejados directamente no rio.
É mau.
Mau para a saúde, para a pesca, para o turismo, para o ambiente, ...mau para todos nós.
Isto verifica-se na cidade de Alcácer, onde reside a grande maioria da população do Concelho.
Na Folha de Alcácer nº 32, de Dezembro de 2007, aparece uma listagem de obras previstas para 2008. Nele se aborda a questão das estações de tratamento de esgotos. Acontece que apenas estão contemplados os aglomerados com menos de 500 habitantes!
E, vá-se lá saber porquê, a cidade de Alcácer continua à espera duma ETAR. (A única que existe tem capacidade para tratar as águas residuais da zona Norte da cidade – Bairro de S.João / Olival Queimado, ZIL e eventualmente as Majapoas. O que é uma percentagem muito pequena dos esgotos gerados em Alcácer do Sal...)
Porque não se tratam os esgotos que sujam a nossa cidade?
Porque somos discriminados?
Que mal fizemos nós?
Uma ETAR não é uma construção complexa.
Mas, mesmo assim, não vislumbramos quaisquer acções para a sua construção.
Você entende?
Nós não!

Bora lá mudar este estado de estagnação.
Alcácer merece mais!

trânsito

As obras na velha ponte metálica avançam. Ainda bem que assim é!

A adaptação do trânsito rodoviário à nova situação ainda não arrancou. Pena é que assim seja...
Já escrevemos sobre o assunto. Disponibilizamo-nos para oferecer uma solução viável para o problema. A disponibilidade mantém-se.
Há coisas que levam tempo demais a mudar. Esta é uma delas. Com custos para a cidade.
Vejamos as evidências (imagens recolhidas há menos de uma semana):
Rotunda 25 de Abril - trânsito bloqueado devido ao semáforo estar vermelho. Dia 10 Jan 2007 cerca das 11 horas da manhã.
Outro ângulo de visão do mesmo local. O bloqueio do trânsito é, também aqui, evidente.
Rotunda 25 de Abril. Marcações com fita plástica. Serão para delimitar a rotunda? Porque será que os veículos, de repente, começaram a invadir aquele espaço?
A rotunda passou a ser zona de circulação automóvel... Como se vê pela imagem, galgar o lancil passou a ser uma manobra comum (a degradação do que anteriormente era relva confirma-o...)

A invasão da rotunda já danificou o próprio espaço, a ponto de colocar em risco a segurança rodoviária.


Será que estas fitas plásticas são suficientes para evitarem um acidente? Reparem na armadilha que ali está montada...

Infelizmente já ocorreram acidentes rodoviários neste local, desde que se iniciaram as obras na ponte.
Dum facto não temos dúvidas:
É possível fazer melhor e é possível prevenir acidentes melhorando a segurança.
Resta a pergunta já usual:
Então porque é que ainda não foi feito?

10 de janeiro de 2008

Alcochete

No dia 3 deste mês publicamos um artigo com o título "2008". Fazíamos, na altura, algumas previsões para este ano. No 5º ponto desse artigo falavamos na vantagem competitiva de estarmos próximos do provável novo aeroporto em Alcochete.
Hoje confirmou-se a nossa previsão. O novo aeroporto de Lisboa vai para Alcochete!
Uma excelente notícia para a nossa terra!
Várias novas oportunidades se vão apresentar. Mas atenção, bons resultados dependem de um trabalho bem estruturado, bem desenvolvido e bem orientado. Há muitos outros concorrentes. Há que vencê-los pelo mérito e não pela, infelizmente muito vista, cunha.
Pelo que repetimos aquilo que escrevemos a 3 de Janeiro: É necessário sair do conforto dos gabinetes, dos jobs e dos toyotas e estimular e incentivar os potenciais investidores.
É preciso trabalhar.
Há cada vez menos razões para permanecermos nesta estagnação abominável.

9 de janeiro de 2008

soa a falso

O actual executivo camarário tem-se mostrado indignado com o Governo Central pela não inclusão no PIDAC da verba necessária à construção duma nova Escola Secundária.
Subiu o tom do discurso, acusou o secretário de estado, organizou reuniões, dinamizou encontros, divulgou informação, fez petições, criou uma comissão, etc, etc. Uma azáfama nunca vista anteriormente.
A causa é aparentemente nobre.

O actual edifício da Escola Secundária está degradado e não está adaptado às actuais necessidades de formação dos nossos poucos jovens. Um novo edifício resolveria alguns dos problemas actuais. Mas apenas alguns, porque no processo educativo, o betão não ocupa a posição dominante. Há outros problemas da Escola, para além do betão, sem solução à vista...

Na montagem deste cenário, criou-se um “inimigo” externo e atribuiu-se-lhe a responsabilidade pela “desgraça”. Depois passou a “combater” o “inimigo” da forma mais ruidosa possível. É uma forma conhecida de desviar as atenções do essencial. Senão vejamos.

A Escola Secundária não tem o exclusivo da formação dos nossos jovens. Antes do secundário existem ainda o pré-escolar, o 1º, o 2º e o 3º ciclos! E o que é que se passa nessa área?
Temos instalações degradadas e desadaptadas às actuais necessidades. Temos equipamento desadequado ou insuficiente para mantermos altos padrões de formação. Temos acessibilidades deficientes, falta de segurança e por vezes violência. Temos anos lectivos a começarem aos tropeções. Temos escolas a fechar e não temos escolas a abrir - isto não é modernizar, é economizar. Temos crianças a irem para a Escola pouco depois do nascer do sol e a regressarem a casa ao anoitecer...dias e dias a fio!...
Porque será que estes aspectos merecem menor destaque que o betão da nova Escola Secundária? Não é de certeza por serem menos importantes!

Por reconhecer a existência de problemas, o Senhor Presidente Arqº Pedro Paredes comprometeu-se, há poucos meses, com a ampliação da Escola do Morgadinho e a remoção da cobertura de fibrocimento que ali existe (potencial risco para a saúde pública). A sua promessa contemplava o início das obras nas férias do Natal de 2007. E a sua conclusão antes do início do ano lectivo de 2008/09, ou seja, no próximo Verão.

O início das obras no Morgadinho ainda não são visíveis. É possível que a sua conclusão seja atrasada para o ano das eleições...o que poderá demonstrar o tipo de preocupações de quem dirige o Município.
A resolução de muitos dos problemas nos Telheiros aguardam melhores dias.
A Casa da Criança...
O executivo preocupa-se muito com a Comporta mas despreza as condições de acesso à educação de muitos dos seus jovens. O que leva alguns a preferirem escolas fora do nosso Concelho!

Enfim, esta preocupação do executivo com a educação soa a falso. Há falta de coerência.
Mais parece que a grande preocupação é arranjar, a todo o custo, obras que se vejam. Se houvesse projectos e obras que se vissem, o executivo não estaria tão ansioso. Infelizmente não há Obra. O que nos preocupa a todos. A diferença está nos motivos pelos quais os eleitos se preocupam...

A construção da Escola mais parece um pedaço de madeira ao qual um pobre naúfrago se agarra desesperadamente em busca de salvação.

Ao concentrar tanta energia numa só obra - a Escola Secundária - desprezando comparativamente muitas outras, tão importantes quanto esta, o executivo demonstra o quanto é estreito o seu campo de visão.

Mas não é tudo. Recordemos a afirmação do edil acerca deste assunto citado no “semmais jornal” de 29/12/2007: “Alcácer vai crescer do ponto de vista turístico e, por isso, vai ser necessário qualificar mão-de-obra para dar apoio a esses investimentos”. Então o objectivo da nova escola é apoiar os novos investimentos turísticos? Não há mais nada para a Escola nem para Alcácer do Sal? Não há mais nada para os nossos jovens para além de irem suportar os investimentos turísticos? Não há outros investimentos nem outras actividades no Concelho?

É pobre, não é? É, é muito pobre.
A continuar assim não vamos lá.
O que não invalida que a construção dum novo edifício para a Escola Secundária não seja um projecto importante para todos nós e para o desenvolvimento do nosso Concelho.
Só que está longe de ser o único...

8 de janeiro de 2008

não compre feito, faça!

Lemos a mensagem de boas festas do Sr. Presidente Arqº Pedro Paredes publicada no semmais jornal de 22/12/2007.
A dada altura, o Sr. Presidente resolve dar conselhos...e lê-se: "...compre os materiais e fabrique as suas ofertas. Imagine como seria fantástico oferecer presentes feitos pelas suas mãos e concebidos no seu coração".

Achamos o máximo!

Utilizando as suas ideias propomos-lhe a seguinte mensagem para 2008:
"Não compre feito. Sempre que possível, compre os materiais, utilize as máquinas da CMAS (que têm tido taxas de utilização baixíssimas) e modernize Alcácer. Imagine como seria fantástico fazer obra com o apoio de todas as pessoas da sua equipa (referimo-nos obviamente à equipa da CMAS) concebendo-a sem recurso a simbolismos".

Um bom ano de 2008 para todos!

chefes...

O Dr. Daniel Sampaio colabora semanalmente com a Pública (revista de fim de semana do jornal Público).
Na edição de 23 de Dezembro de 2007, a sua crónica intitulava-se "Os narcísicos".
Li-a, como habitualmente, com atenção.

Falava de chefes...Dizia ele: "Portugal anda cheio de chefes narcísicos. Querem dominar tudo e todos e não mostram qualquer empatia pelos problemas dos que os rodeiam".

E descrevia algumas das características desses chefes: "A principal característica destas pessoas é um sentimento grandioso da sua importância"..."Aspiram a voos altos"..."procuram sempre o elogio e não é raro utilizarem a sedução à sua volta"..."os comportamentos arrogantes e altivos destes chefes"...

Enquanto lia o artigo, visualizava mentalmente algumas personalidades ilustres da nossa praça.

Até que deparo com o parágrafo final: "Estes chefes não são verdadeiros democratas: falta-lhes o sentido do reconhecimento do outro, a partilha e a capacidade de amar que caracteriza os verdadeiros líderes: podem mandar, mas não serão amados, apenas tolerados, mais tarde ou mais cedo cairão do pedestal que construíram para si próprios".

Descobra você mesmo, uma personagem pública, cá do nosso burgo, que se identifique com este tipo de chefes. Verá que não é difícil...para mal da nossa terra!

Nota:
Fiquei, uma vez mais, grato ao Dr. Daniel Sampaio pela forma clara, objectiva e construtiva com que aborda questões fundamentais da nossa sociedade.

sondagem

à pergunta:
na sua opinião o que mais se destacou em 2007"

80% dos participantes escolheram a opção "jobs for the boys".

As restantes alternativas disponíveis eram:

  • feiras e festas
  • negócios da noite
  • novo pavilhão da feira
  • alegria nas ruas

Sintomático...

6 de janeiro de 2008

falta de sal



Lemos o jornal Litoral Alentejano de 1 de Janeiro de 2008.
Na pág. 2 aparece um artigo do Sr. Presidente Arqº Pedro Paredes.
É-nos apresentado um resumo das acções do seu executivo. Estranhamos o facto do artigo falar quase exclusivamente de obras, pequenas obras, que todas somadas não chegam a ser, na nossa opinião, uma obra que se veja.
Dum Presidente esparavamos mais. Muito mais.
Esperavamos que nos apresentasse uma visão para o desenvolvimento sustentado do nosso Concelho.
Esperavamos que nos indicasse o caminho que teríamos de seguir para alcançar essa visão. Duma forma lógica, clara, fundamentada.
E esperavamos, nesta fase do “campeonato”, que se fizesse um balanço claro e objectivo, que qualquer pessoa entendesse (dispensamos brochuras narcísicas e demagógicas). Esperavamos uma avaliação honesta dos passos já percorridos - os últimos 2 anos . E esperavamos pela identificação das necessárias correcções aos desvios encontrados.
Mas não. Não vimos nada disso.
Não percebemos para onde se caminha. Nem percebemos como chegar ao destino projectado. Nem percebemos quando é que devemos atingir a meta que propuseram alcançar...

Apenas observamos o descrever dumas quantas obras, duma forma desgarrada e desconexa, desintegradas dum projecto global estruturante. Grande parte das acções citadas ainda não foram iniciadas (note-se que já passaram mais de 2 anos...). Outras há que nem são da responsabilidade da CMAS...

Olhando friamente para os dados contidos no artigo(*), a primeira conclusão a tirar é que predominam as acções de manutenção. Ora as acções de manutenção são o mínimo que se pode fazer e são claramente insuficientes para manter uma sociedade em evolução positiva. Tal como o nome indica, são acções para manter qualquer coisa que seja. Quem se limita a manter o que já existe acaba inevitavelmente por perder. Perde competitividade, perde eficiência, perde dinamismo. Porque fica onde estava. Porque pára e não cresce. O mundo é dinâmico, muito dinâmico. Todas as sociedades lutam pela supremacia - tecnológica, social, económica, etc. E muitas avançam muito rapidamente... Ficar parado é perder terreno relativamente aos que nos rodeiam, em cada minuto que passa.
Por outras palavras, pouco, muito pouco se fez para introduzir mudanças estruturais em Alcácer do Sal. Aquelas que melhoram as condições de vida da população: criar postos de trabalho, atrair empresas, estimular o crescimento social e económico do Concelho.
Nem se vislumbra que isso possa acontecer num futuro próximo, porque:



  • Não se fala em candidaturas aos fundos comunitários - QREN

  • Não se fala em inverter a tendência actual de estrangulamento do Investimento Público / PIDAC

  • Não se fala em captar investimento privado

  • Não se fala numa outra forma de gerir o território nem em dinamizar a nossa sociedade

Afirma o Sr. Presidente que 2007 foi um ano de consolidação. Ao lermos o artigo que ele mesmo assina, somos levados a reforçar a nossa opinião de que 2007 foi o ano em que realmente se consolidou a estagnação.
O Sr. Presidente ainda prevê "2008 um pouco melhor para todos..."
Não vemos como. A não ser que se recorra à velha história de 2 pessoas. À hora do almoço uma come uma galinha. A outra não come nada. Estatísticamente, cada pessoa comeu meia galinha...Ou seja, acreditamos que 2008 seja melhor, mas apenas para uma pequena minoria. A grande maioria da população vai continuar a esticar um salário que nunca chega ao fim do mês...
Assim não vamos lá.
Alcácer merece mais.

(*)-dados extraídos do artigo em causa:

Obras de melhoramento/reparação em curso ou a lançar:
1. Pavimentação de estradas - (destaque para estrada para as Alcáçovas, Ameira e Foz) - Nenhuma das obras destacadas foi concluída
2. Pimel (quantos anos ela tem?)
3. Amendoeira (concluído) e Pinto Luísa (para 2008)
4. Museu (para 2008? Vamos ver...)
5. Margem Sul (destruído; reconstrução para 2008?)
6. ZIL (para 2008? o quê em concreto?)
7. Cemitério (para 2008)
8. ZAE do Torrão (para 2008)
9. Largo da Feira (para 2008? certamente que inclui o prometido pavilhão)
10.Ponte metálica (obra da Estradas de Portugal a concluir em 2008)



Obras novas
1. Etars para aglomerados com menos de 500 habitantes (a concluir em 2008) – e para a cidade nada?
2. Reservatório de água do Laranjal (a concluir em 2008)
3. Semana da Juventude e Mês da Cultura
4. Canil (a concluir em 2008)
5. Centro Cultural Pomba Cupido (a concluir em 2008-sabem de quem é o projecto?)


Outras acções
1. Abertura da Cripta
2. IMI
3. apoio a actividades de organizações externas, como o Dakar por exemplo


Para o segundo maior Concelho do País, é pouco, muito pouco!

5 de janeiro de 2008

frases

O Alcácer do Sol reuniu-se e seleccionou:

frase do mês - Dez2007
"não vale a pena prometerem-nos se não querem cumprir e se prometem vão ter de cumprir"
Pedro Paredes no Notícias do Litoral de 12.12.2007
mais um adepto do olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço?

frase do ano 2007
parafraseando o rei Juan Carlos de Espanha,
"Por qué no te callas" Pedro Paredes?

Trânsito

As intervenções na “ponte velha” de Alcácer, da responsabilidade da Estradas de Portugal, já estavam previstas há vários anos.
As obras arrancaram há já algum tempo.
A situação actual será muito semelhante à situação futura. Ou seja, a travessia rodoviária naquele local far-se-á apenas por uma ponte e de forma alternada. O pontão “provisório” será definitivamente desmantelado.

Este facto, por si só, altera substancialmente o funcionamento do trânsito local.
Dada a proximidade entre a ponte e a rotunda, é frequente haver entupimentos de trânsito na margem norte. Porque os veículos que circulam em direcção à margem sul, ao pararem no sinal vermelho, ocupam inevitavelmente a rotunda, chegando frequentemente a situações de bloqueio total.
Mas também acontece haver entupimentos na ponte. Quem vem do sul perde a prioridade ao entrar na rotunda, e por vezes é obrigado a parar...entupindo-a.
A circulação automóvel na marginal já era má. Agora ficou substancialmente pior.
É mau em termos de mobilidade. Com impacto no desenvolvimento económico e social da zona baixa da cidade.
É mau em termos de segurança.
E é mau em termos de imagem. Com impacto no turismo, polo estratégico para o nosso desenvolvimento.

Se as condições actuais são equivalentes às condições finais (após conclusão das obras), porque razão não foi já implementada uma solução adaptada à "nova" realidade, com as devidas adaptações circunstanciais?
Sim, porque não acreditamos que seja viavel manter, por muito mais tempo, a circulação rodoviária tal como está.

Não vamos ter apenas uma ponte em circulação alternada?
Não é o que já temos hoje?
De que se tem estado à espera?
Mais de dois anos não foi suficiente para projectar, cabimentar, concursar, etc...?

O Alcácer do Sol tem uma proposta para minimizar este problema.
É uma proposta válida, com viabilidade técnica e económica.
Acreditamos que haja outras.
O importante é que a solução em funcionamento seja rapidamente melhorada.

Nós estamos disponíveis para ajudar.

Porque Alcácer merece mais e melhor!

Em Fevereiro de 2006 já se re-anunciava a obra. Tempo mais do suficiente para planear, cabimentar, concursar...o que quer que fosse. Ter-se-ão esquecido?

3 de janeiro de 2008

2008

Acabou 2007. Começou 2008. Não ocorreu nada de extraordinário. Verificou-se apenas um caso particular dum processo de contagem.
Nesta altura festejamos, convivemos, reflectimos... e fazemos balanços!
Que o futuro seja mais proveitoso do que o presente é um desejo comum. Aspirar a uma vida melhor, tanto para nós como para os que nos rodeiam, é uma legítima aspiração.
É nesta perspectiva que o Alcácer do Sol se afirma. No reconhecimento perante resultados positivos. Na indignação perante a sua ausência.
Estamos pessimistas relativamente a 2008. O que nos deixa tristes. Sabemos que é possível inverter este estado de estagnação. Mas para que isso aconteça, alguma coisa terá que mudar.
Eis aqui resumidas as razões pelas quais estamos pessimistas em relação a 2008:

1. Feiras, festas, ...e procissão!
Vamos continuar a ser presenteados com feiras e festas. A sua organização deverá ser entregue a empresas externas. Como há dinheiro, dá nas vistas e é fácil encomendar, o seu crescimento deverá ser inevitável.
A Feira da Aventura e a Feira do Turismo, iniciativas marcantes do actual executivo camarário, despertam a nossa curiosidade. Esperamos para ver.
Certo é que as famílias não vivem nem de festas nem de feiras.

2. PDM – Plano Director Municipal
Alcácer do Sal tem um PDM antigo e desactualizado. É urgente adequa-lo à realidade, adaptando-o às necessidades de desenvolvimento da Cidade. É um trabalho longo e complexo, fundamental para podermos ganhar competitividade.
Não teremos certamente um novo PDM tão cedo. Nem em 2008, nem em 2009...
É pena. Alcácer perde com isso, e perde muito!
Um pequeno exemplo é o novo quartel dos Bombeiros. Esta é uma obra importante e fundamental. Ninguém duvida da sua necessidade. Só que a sua implantação, nos terrenos adquiridos para o efeito, colide com o PDM. Para resolver a situação, a autarquia ignorou a revisão do PDM e avançou com um “Plano de Urbanização”. O que resolve o problema dos Bombeiros. Mas não resolve muitos outros problemas da cidade. Ou seja, tapou-se um buraco e deixaram-se muitos outros para tapar depois...mas quando?
Uma boa oportunidade para relembrar: bora lá mudar o PDM.

3. QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional
Os programas de financiamento comunitário aguardam candidaturas.
Não conhecemos projectos a apresentar que visem o desenvolvimento integrado do nosso Concelho.
Nem percebemos a visão do actual executivo para a nossa terra. Negócios da noite, da dança, da arqueologia, da cultura...desporto aventura...como é que isto tudo se conjuga numa forma de melhorar a qualidade de vida da população?
Aguardamos com ansiedade a apresentação de candidaturas fortes que visem a aplicação de dinheiros comunitários em Alcácer. O nosso desenvolvimento também passa por aí.

4. Investimento Público
O investimento público em Alcácer do Sal tem diminuído duma forma contínua e atinge em 2008 valores ridículos! Sem investimento público é extremamente difícil desenvolver as condições que tornem a cidade atractiva ao investimento privado, reduza o desemprego e melhore as condições de vida da população.
Perante este facto, o nosso edil afirma que não nos podemos queixar muito dos investimentos da Administração Central...o que no mínimo é desconcertante.
Sem investimento, a estagnação que Alcácer enfrenta deverá ultrapassar o ano de 2008. O que lamentamos profundamente.

5. Empresas e Emprego
Alcácer necessita urgentemente de estimular a instalação de empresas no nosso Concelho. Elas são um dos elementos essenciais ao desenvolvimento. Os resultados de 2006 são desanimadores.
É necessário sair do conforto dos gabinetes, dos jobs e dos toyotas e estimular e incentivar os potenciais investidores!
Nós estamos no cruzamento dos principais eixos rodoviários do país (auto-estradas Lisboa – Algarve e Lisboa – Madrid – Barcelona), estamos próximos de dois portos marítimos (Sines e Setúbal), estamos junto ao futuro cento logístico do Poceirão e do provável aeroporto de Alcochete, somos servidos por via ferroviária (a estação da CP está inacessível por via rodoviária mas apenas temporáriamente) e a capital é já ali!
Está-se à espera de quê?

6. Escolas
Alcácer necessita de renovar grande parte das suas Escolas. Na era da sociedade do conhecimento, uma formação sólida dos nossos jovens é ainda mais necessária. A escola secundária é um bom exemplo. Mas não é caso único. Outras há, no nosso Concelho, que também necessitam de intervenções urgentes. No caso das escolas do 1º ciclo, o financiamento nem depende das verbas do PIDAC... Depende da vontade e da capacidade de concretização do executivo camarário.
Mas atenção! As necessárias intervenções não se restringem ao betão. Existem carências graves em muitas outras áreas da educação. Experimentem fazer algumas perguntas a alguém integrado no sistema educativo que esteja descomprometido com o poder...
No aspecto educativo também não se prevê uma evolução positiva para 2008. Nem Escola Secundária, nem Escola do Morgadinho, nem Escola dos Açougues, nem Escola dos Telheiros, nem...
Não é paralisia a mais? Gostaríamos sinceramente de falhar na nossa previsão.

7. Pavilhão da Feira
De acordo com as promessas, o novo pavilhão da feira estreou-se em 2007.
De acordo com a realidade, é mais que provavel que em 2008 ainda não funcione.
As justificações apresentadas pelo erro evidenciam grande inexperiência e incapacidade na condução deste assunto. Infelizmente, esta evidência repete-se em outros actos da gestão municipal...
Afinal vamos ter um novo pavilhão no ano das eleições ou no próximo mandato? Advinhe você!

8. Re-organização interna da CMAS
No último ano houve algumas mexidas organizacionais. O maior destaque foi para o afastamento do Sr. Vice Presidente João Massano do pelouro dos Recursos Humanos. Função que passou a ser acumulada pelo Sr. Presidente Arqº Pedro Paredes. Nós, até agora, ainda não conseguimos entender o motivo para a mudança. Possivelmente porque somos muito distraídos.
Para 2008 também se prevêm mexidas, principalmente para níveis hierárquicos abaixo dos Vereadores. O que não impede a possibilidade de ocorrência duma grande surpresa...

9. Mosquitos
Em 2007 veio a público uma iniciativa que integrava a CM Alcácer do Sal, a CM Grândola e a Herdade da Comporta para erradicação dos inconvinientes mosquitos.
Percebeu-se depois que a cidade de Alcácer do Sal estava excluída desse programa.
Pareceu-nos que alguém ia a reboque de qualquer coisa...
Certo é que a grande maioria da população do Concelho se concentra na cidade de Alcácer. Cidade esta que foi excluída do programa em que a CMAS participa.
Assim se vê como são tidas em consideração as pessoas desta cidade.
E você, como é que acha que vai ser tratado em 2008?

10. Há dinheiro
Ao referir-se à CMAS, o nosso edil afirmou que “há dinheiro...”. (semmais jornal de 10.11.2007). O que nos deixou muito mais descansados.
Ficamos todos a saber que, para além de haver dinheiro, também há uma equipa para governar o mundo.
Mas não é preciso tanto. Nós só pedimos que se limitem a governar bem Alcácer do Sal.
Assim sejam capazes.
Para o bem de todos nós.