2 de dezembro de 2008

...à acção!


A semana passada a CMAS lançou mais uma brochura em papel de luxo com 72 páginas.
Intitula-se “do plano à acção”
Lêmos.
Aqui fica uma breve abordagem sobre aquilo que nos foi dado ver, no documento, em termos de capacidade de acção.

São apresentadas, neste documento, várias obras. À falta de melhor, são-nos apresentados vários casos de insucesso. Eis as perfeitas evidências da (in)capacidade da equipa Paredes.


1. Plano de Urbanização de Alcácer do Sal
Foi despoletado para contornar o PDM quanto à construção do novo quartel dos bombeiros.
Não foi executado em tempo útil.
Assumiram a incapacidade.
E avançaram para outra solução: suspenção do PDM.
Uma solução atabalhoada mas que permitiu avançar com o projecto do quartel dos bombeiros... Aliás, este facto também é anunciado no mesmo documento (capítulo “protecção civil”).
Da revisão do PDM é que não se ouve falar... o que é, por si só, revelador da inoperância instalada.

2. Estrada da Ameira
Foi iniciada em Novembro de 2007 com um prazo de execução de 7 meses (o que é imenso atendendo à sua extensão que é menor do que 2 Km).
A obra, que em Dezembro de 2008 ainda não está terminada, contempla uma série de erros grosseiros:
a largura dos passeios não cumpre a regulamentação,
os passeios são preenchidos com obstáculos como postes e caixotes do lixo obrigando os peões a andarem pela estrada,
não há espaço para estacionamento automóvel,
não há arborização da via,
a cablagem não passou a subterrânea,
não há espaço para veículos não poluentes...

3. Galeões do Sal
São referidas as acções de restauro dos galeões, a saber, o Amendoeira e o Pinto Luísa. Acontece que o Pinto Luísa nem sequer tem mastro e nenhum deles tem velas... Galeões movidos a motor de combustão interna? Onde está a fidelidade ao modelo original? É assim que se protege o património?

4. Museu Pedro Nunes
Avançaram para as necessitadas obras de restauro. O embróglio é tão grande que já deixaram de dar relevo às obras em curso e correspondente conclusão. Não se fala sequer numa possível data para a sua reabertura. O que contradiz o discurso de início de mandato... O facto de relevo apresentado são as escavações arqueológicas (esperemos que não sejam conduzidas pela mesma pessoa que coordenou as escavações em frente à escola secundária...). Mais do mesmo?

5. Espaço Net / Edifício Pombo Cupido (antiga sopa)
O prazo estipulado pela própria CMAS, para conclusão das obras, terminou em Junho... Já lá vai quase meio ano. A obra não está terminada. Não é apresentada, sequer, a data prevista para a sua abertura. Apenas aparece a desculpa de que o atraso se deve ao facto do edifício estar degradado. Mas não sabiam isso desde o início? É que se o edifício não estivesse degradado não se justificariam algumas das intervenções previstas... Note-se que a área do edifício em causa equivale a uma pequena habitação familiar... Onde estará a dificuladade?

6. Parque de Feiras
Começaram por prometer um novo pavilhão da feira para o ano de 2006. Não cumpriram. Fizeram um concurso que foi um autêntico fiasco (porque será que só uma entidade se sentiu motivada a concorrer?). Repetiram o concurso. A vereadora da cultura falou, na assembleia municipal, na possibilidade de se iniciarem as obras ainda este ano... Agora vêm dizer que o projecto aguarda a sua “pormenorização”. Fazem-se de esquecidos quanto a uma possível data para início da intervenção. Pudera, depois de tantos falhanços... Para além do mais, repete-se aqui a questão levantada acerca do Largo Luís de Camões. Porque este projecto desenvolve-se em paralelo com o trabalho da Parque Expo. E funcionam de forma descoordenada... Mais uma acção desgarrada?

7. Estrada da Foz
O inicio das obras foi anunciado para Julho de 2008 (ver folha de Alcácer nº39). O prazo de execução previsto é de 6 meses. Pelo que esta intervenção deveria estar terminada em Janeiro de 2009... Basta passar por lá para verificar que, mais uma vez, o prazo não vai ser cumprido. Veremos no final o nível de qualidade da obra.

8. Financiamentos
Há também o registo de várias financiamentos a instituições do concelho. Atendendo que essas acções se resumem a distribuir parte do dinheiro que recebem dos nossos impostos, o que é extremamente fácil de executar, não as consideramos relevantes. Qualquer um o faria. Principalmente quando não há critérios específicos e objectivos para aplicar.

Uma verdadeira sucessão de fracassos.

Resumindo
Esta brochura é, em nossa opinião, propaganda barata, de má qualidade mas com uma apresentação cuidada. Ou seja, o embrulho é bonito, está bem feito mas o conteúdo é desolador. Prevalece a palha e o fracasso.
É que não há mesmo obra que se veja!
É certo que, aquilo que vale a pena fazer, vale a pena fazer bem feito.
Só que, pelo que afirmam, não conseguem fazer nem mais nem melhor. É que já estão a dar o seu melhor...
Acontece que o seu melhor é fraco. Muito fraco.
Porque predominam os fracassos.

Alcácer merece mais!



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