Não, não abdicamos dos nossos valores, nem dos nossos princípios.
Entenda o artigo anterior, intitulado "e contudo devemos continuar fiéis ao partido socialista" como um momento de humor e boa disposição dum nosso colaborador recente.
Explicamos porquê.
O Alcácer do Sol limita-se a comentar factos relativos ao Concelho de Alcácer do Sal assim como questões comuns desta vida terrena. E não pretende dar instruções a ninguém. É uma das premissas editoriais. Foi uma opção, como poderia ser qualquer outra. Temos opiniões concretas sobre muitas dos acontecimentos que se passam para além deste paraíso. Mas isso são contas doutro rosário...
Por esse motivo não falamos de partidos nacionais. E não vamos falar do PS, nem de socialismo ou de liberalismo capitalista. Mas falamos desta terra!
Não sabemos se a equipa que gere o Concelho é composta por Socialistas. É certamente composta por pessoas que se propuseram conduzir os destinos deste Concelho. Fizeram-no livremente. Foram eleitos e exercem com toda a legitimidade a função. Ninguém o contesta!
Da mesma forma, a população que aqui vive tem o direito de ter uma opinião sobre o seu desempenho. Uma opinião esclarecida, baseada em factos e expectativas concretas, apenas valoriza a nossa Democracia local.
Não houve total liberdade para fazer promessas? Porque não há-de continuar a haver liberdade para as analisar?
E o que é que nos tem sido dado a observar?
A nossa opinião é de que a Câmara é gerida por um grupo de pessoas que não funciona em equipa, que não tem uma visão para Alcácer e que gera resultados fracos, nulos e por vezes negativos. Em simultâneo tenta esconder toda essa incapacidade com formas de relacionamento humano pouco evoluídas , como por exemplo o recurso à arrogância.
Não sabemos se isto é ser socialista ou não. Nem estamos preocupados com isso.
O que nos preocupa é que esta terra não dá mostras de sair dum terrível estado de estagnação. Não há empregos (excepção para alguns boys), não há investimento, nem público nem privado (excepção para o sector imobiliário, o que já vem de longe), não há projectos estruturantes para captar financiamentos comunitários, não há inovação nem empreendedorismo nem capacidade de concretização...mas há perda de poder de compra, ausência de expectativas e uma desmotivação colectiva de fazer dó!
É claro que não é assim em tudo. Há fartura de folhetos, brochuras e panfletos. As Feiras e as Festas abundam. Mas, com feiras e festas não se dá de comer aos nossos filhos!
Se, o que nos é dado observar nos conduz a estas opiniões, que razões nos poderiam levar a uma posição de subjugação e submissão às pessoas ou ao partido que as geram?
A vida deve ser levada de cabeça erguida. Para isso é imprescindível vivê-la, em todas as situações, de acordo com os valores e os princípios que cada um elege. Isto é incompatível com posições de seguidismo cego, subserviência e conformismo.
Por isso somos incapazes de dizer que... somos fiéis àqueles que nos desprezam, ignoram e maltratam.
Porque uma coisa é o nosso clube de futebol. Outra coisa é a nossa vida!
Nesta perspectiva, colocar a hipótese de que "devemos continuar fiéis ao partido socialista" só poderá ser uma piada...infelizmente abaixo do nível a que os Gatos Fedorentos nos habituaram.
31 de janeiro de 2008
momento de humor
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