24 de janeiro de 2008

mais do mesmo


O Notícias do Litoral desta semana apresenta na 2ª página uma notícia sobre Pedro Paredes.
Soa-nos a cassete. Sim, cassete. O teor do artigo é uma repetição dum outro do Litoral Alentejano muito recente. E os mesmos temas também aparecem na 1º página da última Folha de Alcácer...
Não haverá mais nada para falar do segundo maior Concelho do País?
Será que alguém está com medo de falar para não dizer mais disparates?
Ou será que se fala de obrazinhas na esperança de que estas se transformem em obras? Há quem acredite que uma mentira, muitas vezes repetida, acaba por se transformar numa verdade. Será o caso?


O que é ao certo não sabemos.
Mas em nossa opinião, o discurso é repetidamente pobre, fraco e mal estruturado.
Vejamos:

Fala-se muito de ETARs para aglomerados com menos de 500 habitantes. Este projecto, que já vem de trás, é válido mas está incompleto. Falta pelo menos uma ETAR para a cidade de Alcácer. Não se fala dela porquê? Porque nos desprezam e nos discriminam? Que mal fizemos nós?

O reservatório de água do Laranjal é outro projecto que também já vem de trás...
Assim como o projecto para o Centro Cultural Pomba Cupido, executado pela mesma pessoa que fez um projecto para o Largo da Feira. Projecto esse que os ilustres autarcas dizem desconhecer...Mesmo assim prometerem um pavilhão novo para...2007! Já o viram? Nós também não.
O museu, continua fechado e sem obras visíveis depois deste tempo todo. Acabamos por saber que o projecto não está concluído...Depois de projectar, como gosta de relembrar um destacado vereador, ainda é preciso cabimentar, abrir concursos e executar. Parece difícil não parece? E é difícil para quem não sabe.

As citadas operações de manutenção – “estradas e as ruas reparados, os troços de condutas de abastecimento de água e saneamento...” é o mínimo e o indispensável que tem que ser feito sob pena do sistema entrar em colapso.
Chega-se ao ridículo de se realçar as melhorias dos espaços verdes das rotundas!
É até humilhante ver alguém a recorrer a este tipo de acções para conseguir mostrar trabalho.

Não é disso que nós mais precisamos.

Nós necessitamos que inovem, empreendam, criem, estimulem e desenvolvam acções que despoletem o desenvolvimento sustentado da nossa terra.
Temos que sair deste abominável estado de estagnação. Ainda não perceberam isso?

Mas ainda há mais.

Gabam-se do Lisboa Dakar, por ter passado por Alcácer. Como todos entendemos, tal facto deveu-se ao Grupo Espírito Santo, interessado em divulgar...a sua Comporta. A influência da CMAS na organização do rali tendeu para o zero. Colaram-se mas acabaram por ficar mal na fotografia.
A selecção de rugby estagiou em Alcácer e, na altura, quase ninguém deu por isso. Foi necessário colocar uma faixa na rotunda, junto ao campo de futebol (já depois do estágio terminado) para a população de Alcácer se aperceber do evento...imaginem no resto do país...
O orçamento de 2007 contemplava a estrada da Ameira mas a obra só começou em Dezembro, depois duma série de falsos arranques... Propõem-se levar 6 ou 7 meses para arranjar menos de uma mão cheia de kilometros...é menos de um kilometro por mês! São passos de caracol.
A estrada da Foz já deveria ter sido sujeita a obras de manutenção mas, passados mais de dois anos, ainda continuamos à espera. Provavelmente à espera que as eleições se aproximem.
Dos buracos espalhados pela cidade não falam...
As feiras e as festas estão sempre presentes na campanha publicitária da autarquia. São compradas a empresas que nem sequer são de Alcácer e usam-nas de acordo com as conviniências. Mencionam-se quando dá jeito e omitem-se quando não dá. Porque não falam na vergonha da feira da aventura e da feira do turismo? Quanto dinheiro lá desperdiçaram?
Acresce-se o empenhamento do executivo na luta por uma nova Escola Secundária. Quando ao mesmo tempo rompem, sem qualquer justificação razoável, o compromisso da nova Escola dos Açougues-Morgadinho. O que é da exclusiva responsabilidade da CMAS.

Tal como nas feiras, constroem-se cenários para alimentarem discursos. Em simultâneo escondem-se factos reveladores de incapacidade e incompetência, consoante convém.

Os Senhores que dirigem(?) esta cidade não falam de nada em concreto que ultrapasse um horizonte de um ano. Excepção para quando os prazos derrapam (o que é frequente). Não falam de planos de acção a médio e longo prazo. Mas várias obras de que agora se gabam são projectos que já vêm de trás. A actual ausência de projectos em desenvolvimento provocarão um vazio de acções ao próximo executivo camarário. Seja lá quem fôr que ganhe as próximas eleições.
Mas, como dizia um nosso amigo “disso aí aqui não há!”.


Não há mas deveria haver.
Deveria haver um PDM em revisão, adaptado à nova realidade e aos novos desafios.
Deveria haver projectos que atraíssem os financiamentos do QREN e do PIDAC.
Deveria haver factos que atraíssem empresas e criassem emprego.

Deveria haver cumprimento das promessas feitas!

Mas nem tudo é mau! Alegrem-se porque Pedro Paredes prometeu um novo canil!

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