27 de abril de 2010


Elaborar o enunciado


Fazer o teste

Corrigi-lo e
................
Chumbar com 24%
(4,8 valores em 20)


Não, não estamos a falar de insucesso escolar.
No ensino, quem faz o teste - o aluno - não elabora o enunciado da prova nem a corrige.

Falamos de quem fez, em total liberdade, as três coisas sucessivamente:
1. elaborou a lista de tarefas a que se propunha fazer
2. trabalhou na sua realização durante o ano de 2009
3. avaliou o resultado do seu trabalho em 2010
concluindo que o seu insucesso foi de 76%.

Por outras palavras:
  1. Em 2008, Pedro Paredes e a sua equipa, com maioria absoluta, elaboraram o "Plano Plurianual de Investimentos" da CMAS (que contemplava mais de 11,7 milhões de euros para 2009)
  2. Em 2009, Pedro Paredes e a sua equipa, trabalharam na execução do plano que eles mesmos definiram
  3. Em 2010, Pedro Paredes e a sua equipa compararam aquilo que planearam para 2009 com aquilo que conseguiram concretizar
  4. E concluíram que falharam em 76% daquilo a que se propuseram fazer
Note-se que toda esta informação foi retirada da "prestação de contas do exercício" referente a 2009. Um documento oficial, da responsabilidade da maioria PS no executivo camarário.

Não estamos a apresentar as nossas opiniões.
Estas afirmações baseiam-se em dados oficiais da autarquia, liderada por Pedro Paredes.
Este é um resultado mau demais.
É uma negativa demasiado baixa.

Este documento também comprova muitas das nossas afirmações.
Porque quem executa apenas 24% daquilo a que se propôs fazer, sem uma justificação válida, não é de confiança.
E quem diz uma coisa e faz outra oposta, não é credível.
Senão reparem.
Pedro Paredes, com a sua equipa capaz de governar o mundo, fizeram um mau trabalho.
Mas tiveram condições para fazerem um excelente trabalho.
Vejamos:
  1. Tiveram tempo; tiveram 3 anos para se adaptarem, planearem e organizarem o ano de 2009; não o conseguiram fazer
  2. Tiveram estabilidade governativa, consequência da maioria absoluta na câmara e do governo central ser da mesma cor; tiveram todo o poder de decisão, ao ponto do presidente chegar a considerar que o diálogo com as pessoas era uma perda de tempo
  3. Tiveram dinheiro; como Pedro Paredes publicamente afirmou, a situação financeira herdada do anterior executivo não era má (na realidade era claramente positiva)
Se tiveram tempo, estabilidade e dinheiro, não fizeram porquê?
Por falta de capacidade, falta de competência, desleixo, ...?
Porquê?

É que a falharem 76% daquilo que decidem, como aconteceu com o PPI para 2009, a estagnação ou mesmo o retrocesso são inevitáveis.
Com consequências extremamente negativas para Alcácer do Sal.

Decididamente, não estamos entregues em boas mãos...

2 comentários:

Anónimo disse...

“Hoje não”

Hoje não estou com vontade de me dedicar a assuntos sérios e ainda bem pois dei-me conta de uma curiosidade que é a seguinte, agora para além da pressão dos média para que haja acontecimentos fora do comum, existe também a pressão da indústria de jogos electrónicos para que tais acontecimentos ocorram para de seguida aproveitarem a deixa e lançar logo no mercado os respectivos jogos.

E é a isso que eu tenho estado a dedicar-me hoje, a um novo jogo on-line que descobri, tem a ver com esta crise global e já integra também a crise provocada pelo vulcão, é bastante complicado de princípio mas depois de algumas horas em frente ao PC e de entender umas quantas regras básicas até não me estou a sair nada mal.

Queiram então saber que comecei por investir um dinheirito que herdei de uma tia rica, em Wall street, é quase sempre assim as histórias de sucesso começam sempre por um golpe de sorte, dei-me bem e ganhei uma massas valentes, mas melhor que isso como joguei na principal praça tive também a sorte de me fazer notado e conhecer uns tipos influentes, é claro tive que investir um pouco de início, mas agora tenho-os na mão.

Numa jantarada, diga-se que me custou bastante cara, no Manhattan Chase Hilton convenci os tipos a vir para a imprensa especializada dizer que Portugal e a Grécia estavam de pantanas e tal, o resto já vocês sabem, foi o último investimento que tive que realizar, a partir daí tem sido só facturar, já vos conto.

Com a massa que ganhei investi forte e feio na dívida pública destes países, é claro que depois das declarações dos meus amigos na imprensa os meus títulos valorizaram uns milhões, vendi deles uma parte substancial e realizei logo uma maquia que nem vos digo quanto para não vos baralhar, tantos eram os zeros.

Com parte deste dinheiro adquiri a Islândia que como sabem estava de pantanas, eles até me agradeceram e tratei logo de lançar em erupção os dois principais vulcões do país, neste momento os céus da Europa e dos EUA estão cobertos por uma nuvem que paralisou 85% da aviação no hemisfério norte, as cotações do barril de crude estão a cair fortemente, pois a aviação é um dos principais clientes das refinarias.

Dei ordens em bolsa para comprar tudo o que apareça de companhias petrolíferas, pois muitas estão em forte queda devido à minha nuvem e vai daí conto em breve tornar-me dono das principais empresas de refinação do planeta, depois é só fechar as válvulas de queima dos vulcões para que aviação volte aos céus e aí já serei eu a controlar quase na totalidade os preços dos combustíveis, aí sim vou ganhar como nem imaginam e já estou a pensar em especular na indústria extractiva de metais pesados, para de seguida vir a controlar a fatia da energia nuclear e em breve serei dono do mundo por via do controlo da energia…

…ai o PC desligou, faltou a energia, bolas e eu nem gravei esta treta, que maçada vou ter que começar tudo de novo, bom mas com a experiência de hoje tenho cá a impressão que amanhã ainda me vai correr melhor o dia, deixa-me cá ligar já aos meus amigos de Wall street.

Anónimo disse...

Porreiro pá.

“Os extremos”

É comum ouvir-se dizer que os extremos se tocam, não é verdade os extremos nunca coexistem logo não podem tocar-se, pois os acontecimentos no nosso mundo seguem uma linha sinusoidal ou seja alternam entre um mínimo e um máximo passando por todos os pontos intermédios, à medida que o tempo corre, isso só aconteceria se o tempo não corresse, não fosse mensurável ou seja não existisse, aí poderíamos atingir o mínimo e o máximo em simultâneo, é possível imaginar mas não é assim.

Um exemplo prático, eu aperto o cinto, estamos no ponto de máximo estrangulamento da cintura, se porventura eu decidir afrouxar o cinto posso fazê-lo, mas entretanto já decorreu um certo período de tempo até se atingir um ponto de estrangulamento intermédio e se eu decidir retirar o cinto já outro período de tempo passou até ao ponto de estrangulamento mínimo ou de não estrangulamento.

Pegando ainda no conceito tempo nós somos a existência aqui hoje, neste lugar, mas não representamos nada na escala global do tempo, desde que o tempo é tempo e até que o tempo decida deixar de o ser, não sabemos quando, logo somos uma ínfima porção de existência nessa escala que se convencionou mediria existências.

Quanto à nossa dimensão então aí é que somos nada, se pensarmos na real dimensão do universo em que ouvimos falar de poeiras cósmicas, nós nem chegamos a representar um grão apenas dessa poeira, tal é a imensidão desse universo conhecido, fora aquele que ainda não se conhece.

É por isto tudo que eu penso não devemos preocupar-nos demasiado com ratings pois o que hoje é amanhã já era, devido à linha sinusoidal e quando já for outra vez provavelmente já se foi para nós devido à nossa pequenez existencial e se o for por muito tempo, o que eu não acredito, não vai logo afectar o nada que somos em tamanho.

Como português e alentejano eu gosto sempre de pensar que somos balizados por dois extremos entre os quais oscilamos e assim vai continuar a ser enquanto cá existirmos, o máximo que é o porreiro pá, representa o tudo bem e passando por todos os pontos intermédios à medida que o tempo corre, somos levados ao outro extremo, o mínimo ou o anti-porreiro pá que é o tudo mal que para quem não sabe costuma dizer-se, porra pá.