No mês passado, a folha de Alcácer anunciava a criação duma conta bancária para apoiar a construção do novo quartel dos bombeiros.
Segundo a notícia, havia a intenção de obter um efeito multiplicador através de donativos de empresas e particulares.
O tema também era apresentado no sítio da CMAS na internet.
Acontece que, na Assembleia Municipal da última sexta feira, o executivo em funções anunciou que a CMAS pagará o remanescente não suportado pelo QREN. Ou seja, se o QREN financiar a obra a 70%, a CMAS suportará os restantes 30%.
Deste modo, o executivo pretende garantir a viabilidade do projecto, aparecendo como grande empreendedor.
Dinheiro há! Promessas há! Obras concretizadas é que escasseiam... a começar pelo processo de licenciamento do novo quartel dos bombeiros...
Este anúncio leva-nos a outros pensamentos.
Se está garantido o financiamento do quartel, para quê fazer peditórios?
Se você estava a pensar em fazer um donativo para o novo quartel, pare e pense.
Se há dinheiro assegurado para a totalidade da obra, como assumiu o executivo em funções, que utilidade poderá ter o seu donativo nesta acção particular?
Mais vale canalizar a sua dádiva para onde ela possa ser realmente útil.
E, infelizmente, aplicações úteis e necessárias não faltam.
É interessante observar que esta garantia foi apresentada por João Massano, sem que a candidatura ao QREN estivesse aprovada e sem que se conheça, em concreto, o custo previsto para a obra...
Uma coisa é certa.
O quartel não vai ser construído durante o presente mandato.
Quem vier a seguir é que terá que resolver o problema.
Por agora estamos em época de pré-campanha eleitoral.
Não há falta de dinheiro, de planos e de acções para propaganda.
O que há falta é de credibilidade, de capacidade, de arte e de saber.
É o tudo por tudo na tentativa de manter o poder...
Alcácer merece mais!
2 comentários:
os 30% não suportado pelo QREN corresponde a cerca de 700 mil euros. foi a informação que obtive
Já começo a duvidar que haja assim tanto dinheiro como o executivo diz!
Anda aí marosca e todos gostávamos de ver preto no branco!
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