22 de dezembro de 2007

inovação?


Foi adjudicada uma obra a uma empresa de construção civil.
Optaram por não utilizar os recursos - humanos e materiais - disponíveis na CMAS para a sua execução.
Se esta opção sai mais cara também não interessa. Deve haver dinheiro para gastar.
E desta forma, caso as coisas corram mal, sempre é possível culpar terceiros...
A obra contempla a pavimentação duma pequena rua no Bairro de S.João / Olival Queimado.

A sua execução vai adiantada. Já tiveram início as operações de lancilagem. O pavimento está quase pronto para receber o asfalto.

Excepcional, não é? Aqui está uma evidência da capacidade do executivo camarário em projectar, cabimentar, concursar e, dentro em breve, inaugurar!

Tão excepcional que fomos visitar a obra.
Acontece que houve coisas que não conseguimos ver!
Não vimos nenhum sistema para escoamento das águas pluviais.
Também não vimos a instalação duma rede de esgotos.
E não vimos, não por estarem ocultas. Não. Não vimos porque não foram executadas. Porque se tivessem sido construidas haveria inúmeras evidências. Como as bocas de saneamento ou a abertura das sarjetas...
Isto é grave!
Onde estão as preocupações com a qualidade de vida das pessoas que ali residem?
Onde estão as preocupações com a natureza e a protecção ambiental?
Onde está a gestão dos espaços públicos?
Onde está a correcta aplicação do dinheiro dos nossos impostos?
Porque será que não se fazem as coisas como devem ser?
Porque será?

Alcácer merece mais!


Consegue vislumbrar, junto aos lancis, alguma sarjeta?
E no eixo da via, vislumbra alguma boca de saneamento?
Pois é, não estão lá...









PS - Não acreditamos que a empresa adjudicada se tivesse esquecido de tão importante aspecto construtivo. Mas mesmo que isso fosse possível, os responsáveis da CMAS que acompanham e fiscalizam a obra teriam detectado a anomalia. Poder-se-á então depreender de que a origem da omissão reside no projecto em si?
Consta-nos que desta vez não se podem desculpar com o facto do projecto ser doutro executivo qualquer...

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