14 de fevereiro de 2008

afinal temos obra?

As actualizações salariais para quem trabalha na CMAS foram, uma vez mais, minúsculas. Tão minúsculas que não devem chegar a compensar a inflacção.
Todas?
Não.
Há excepções.
Há quem tenha tido incrementos salariais a rondarem os 25%. Não nos enganamos a escrever!
Como vêm há dinheiro. Não é para todos. Provavelmente é para os mais capazes...ou mais necessários!
Falamos concretamente de retribuições na área Jurídica.

Não chegou ao conhecimento público a justificação deste aumento excepcional. Mas, a julgar pelo "Princípio da Transparência ", citado no capítulo I, Artigo 1º parágrafo 2 da " Organização dos Serviços Municipais " da autoria do actual executivo camarário, esta discrepância deveria merecer uma justificação. Afinal este dinheiro não vem dos impostos que todos nós pagamos?

A falta de justificação leva-nos a pensar nos motivos para um aumento destes.

Inicialmente pensamos que era uma forma de " bora lá mudar " . Mas o " bora lá mudar " ainda não deu em nada de jeito, pelo menos até agora. Por isso não acreditamos que seja essa a razão.

Depois pensamos que se poderia tratar dum ser genial. Nesse caso, este aumento serviria para fazer justiça, premiando o mérito. Procuramos por actos de genialidade e não tivemos sucesso. Pelo que também não acreditamos nessa razão.

Finalmente pensámos que poderia ter havido uma alteração de objectivos pessoais. Com consequências directas na carga de trabalho. Ao tentar validar esta hipótese, descobrimos que a Polícia visitou, na semana passada, as instalações da CMAS. Não vieram passear, nem sequer fazer uma visita de cortesia. O que poderá ser apenas uma evidência de que há muito trabalho de casa para se fazer. E eventualmente justificar um aumento muito substancial de serviços jurídicos. Será que está aqui a razão para tal aumento? Será esta a obra?

Não sabemos.

Mas acreditamos que, a bem do "Princípio da Transparência", o esclarecimento será feito pelo executivo camarário.

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