Comemorou-se hoje o dia mundial da alimentação.
Nos últimos meses houve um crescimento acentuado do preço dos bens alimentares essenciais.
O crescimento foi tal que teve impacto na inflação. Com a subida da inflação subiram os juros... e a dificudade de sobrevivência dos mais desprotegidos. O flagêlo da fome no mundo é um exemplo dramático.
Sabe-se que o crecimento dos preços dos produtos alimentares se deveu, em grande medida, a especulação financeira.
Na nossa sociedade, assente num capitalismo selvagem, os grandes grupos económicos e financeiros resolveram acrescentar os bens alimentares à sua carteira de produtos alvo. E assim decidiram expandir os seus lucros, satisfazendo a sua ganância imparável.
Já tinham atacado o mercado do petróleo, o das matérias primas e o da guerra. Mas não estavam satisfeitos. Queriam mais.
No mundo, em cada 5 segundos, morre de fome uma criança com menos de 10 anos de idade.
Em 2006, havia no planeta 854 milhões de pessoas (uma em cada 6) com problemas de mal nutrição.
Em Portugal há cerca de 2.000.000 de pessoas a viver abaixo do limiar de pobreza.
Há actualmente no mundo cerca de 1.000.000.000 de pessoas ameaçadas de fome.
Que dizer destes factos quando se sabe que, segundo o world food report da FAO (*), a agricultura mundial pode satisfazer as necessidades normais - 2.700 calorias diárias por adulto - de 12 biliões de seres humanos.
É que nós, os humanos, somos apenas 6,2 biliões...
Onde está a lógica?
Estará no liberalismo económico?
Na economia de mercado?
Na ganância?
Sim, onde está o racional que suporta este estado de coisas?
reunião do G8, sempre preocupado com a condução dos destinos da humanidade... (clique na fotografia para ver melhor os detalhes)
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(*) - FAO - Food and Agriculture Organization, ou seja, Organização para a Alimentação e Agricultura, um departamento da ONU
16 de outubro de 2008
dia mundial da alimentação
Etiquetas: pensamento
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