15 de outubro de 2008

orçamentar 2009


De acordo com as folhas de Alcácer editadas, o orçamento da CMAS de 2007 previlegiava a "modernização e o desenvolvimento".
Ainda hoje estamos à espera de ver resultados positivos dessa intenção.

Por sua vez, o orçamento de 2008, apostava na "área de apoio social".
Vamos aguardar pelo final do ano para observar os resultados que a CMAS tem para apresentar.

Mas, mesmo antes de terminar 2008, falemos um pouco das opções tomadas na elaboração do orçamento actualmente em vigor.

O GADE - Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Económico - foi contemplado para 2008 com 0,2% do orçamento da despesa da CMAS.
É demasiado pouco.
Senão vejamos algumas opções tomadas para 2008:

1.
o GFAC - Gabinete de Feiras e Animação Cultural - foi contemplado com uma verba 1.423% superior ao GADE. Ou seja, projectou-se um investimento mil quatrocentos e vinte e três vezes maior para as feiras e festas do que para o gabinete responsável pela promoção do desenvolvimento económico!

2. A semana da Juventude, cujo orçamento não está incluído no gabinete das feiras, foi contemplado com 252% mais dinheiro do que o GADE. Ou seja, orçamentou-se para gastar em 3 dias 252 vezes mais dinheiro do que se destinou para gastar, durante um ano inteiro, no gabinete de apoio ao desenvolvimento.

3. Destinou-se 231% mais dinheiro para o "boletim municipal e outras publicações" do que para o GADE, para promover o desenvolvimento económico.

Muitos outros exemplos se poderão apresentar.
Aqui está uma das marcas deste executivo na condução dos destinos de Alcácer.

É que o dinheiro para apostar duma forma clara, objectiva e determinada no desenvolvimento da nossa terra foi escasso, quando comparado com o dinheiro destinado a feiras, festas e boletins de suporte às (in)actividades camarárias.

Estamos curiosos para ver as opções da CMAS para 2009.
Mais curiosos ficamos quando 2009 é ano de eleições.
O poder instalado tem apresentado sinais claros de insegurança e até resignação perante a sua incapacidade.
A ponto de se refugiar nas obras imateriais.
É que para além das obras imateriais (que dada a sua essência são invisíveis), apenas temos visto foguetório popularesco.
E, embora gostemos de festas e feiras, achamos que há mais vida para além disso. E Alcácer também tem capacidade para marcar presença noutros aspectos da actividade económica e social.

A tamanha insistência nesta política de festarolas apenas reforça a ideia que se quer esconder qualquer coisa. É que as coisas estã tão desiquilibradas que se tornam irracionais. Isto só faz lembrar quem, com papas e bolos, quer enganar alguém...

Esperamos, sinceramente, que acertem à 4ªvez, já que falharam todas as anteriores.
E que apresentem um orçamento que contemple a satisfação das necessidades de desenvolvimento de Alcácer do Sal.

Caso contrário, afundar-nos-emos cada vez mais nesta abominável estagnação.

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NOTA:
Os dados apresentados foram retirados da versão de 28.11.2007 das Grandes Opções e Orçamento 2008 da CMAS

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