18 de outubro de 2008

orçamento de estado 2009 - 2

...........tão parecidos que eles são...


Há 6 anos era Durão Barroso 1º ministro quando apresentou o orçamento de estado para 2003.
Tal como é habitual, o documento previlegiava o desenvolvimento do país e o crescimento da produtividade.
Estávamos no Portugal da tanga!
Talvez por isso, Durão Barroso apostou no aumento do orçamento da Defesa. Esse aumento contemplava o estatuto remuneratório dos militares.
Ficava assim assegurada a defesa da tanga.
Compraram submarinos.
Compraram helicópteros.
Compraram fragatas.
Compraram carros de combate.
Programaram a substituição das velhas G3.
Isto tudo quando a prioridade do ministério das finanças era equilibrar as contas públicas... e o do ministério da economia era a promoção da produtividade.
Os resultados desta política são do conhecimento geral.

Nestes últimos seis anos, a tanga deu lugar à crise.

Discute-se agora o orçamento de estado para 2009.
Manteve-se a aposta no desenvolvimento do país e no crescimento da produtividade.
E volta-se a apostar no crescimento do orçamento da defesa: +3,9% contra uma inflação prevista de 2,5%.










Para quê?
Para aumentar a produtividade do país?
Como?
Para nos defendermos dos moinhos de vento?
Para quê?

Parte da resposta poderá estar num artigo do Correio da Manhã do dia 15 deste mês.
Segundo esse artigo, Portugal tem mais de 210 generais - grandes forças armadas as nossas, mesmo à medida do país!
Talvez por serem poucos - 210 - houve muito recentemente nove novas promoções a oficiais-generais. Ainda segundo o mesmo artigo, a despesa anual em 2007 com os vencimentos de 79 oficiais-generais foi de 4,5 milhões de euros.
Em época de crise e de falta de confiança no sistema, aqui está uma medida que qualquer cidadão comum não entende.

Aumentar o orçamento da defesa quando se diminui o orçamento da saúde e o da Agricultura e Pescas?
Isto quando uma das prioridades da defesa é a estratégia de mar...
Uma estratégia de mar que subalterniza as pescas?

Qual é o verdadeiro contributo da defesa, no desenvolvimento económico e social do país, quando comparado com os restantes sectores de actividade?

Será que ainda andamos a pagar as traquinices de Paulo Portas (ex ministro da defesa e especialista em digitalização de documentos) aprovadas por Durão Barroso?

Seja como for, nós Portugueses, demonstramos alguma dificuldade em aprender com os erros.
Ou estará a dificuldade em resistir a lobies instalados?
Seja o que for, venha o diabo e escolha!

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NOTA:
O orçamento 2009 da Agricultura e Pescas sofre uma variação de 0%, enquanto o da saúde sofre um crescimento de 2,4%. Isto para uma inflação prevista de 2,5%. Acresce-se o facto das previsões da inflação ficarem quase sempre muito aquem da realidade...

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