14 de novembro de 2008

alunos



Decorreram hoje, em várias cidades de Portugal, manifestações de alunos do ensino básico e secundário.
Houve escolas fechadas, protestos e polícia. Alguns deles à paisana e infiltrados no meio dos estudantes. O Estado estava, possivelmente, em risco.
Falámos com um estudante que participou activamente nos protestos.
Tentámos entender o motivo da sua contestação.

Eis os pontos de vista apresentados:

1. Regime de faltas. Um aluno que falte o equivalente a duas semanas - 10 dias - terá que fazer uma prova, por cada disciplina, para retomar a Escola com possibilidade de sucesso. Independentemente do motivo das faltas. Ou seja, um baldas tem o mesmo tratamento que um aluno empenhado que tenha um problema de saúde. Na perspectiva do estudante com quem falámos, isto é injusto e inaceitável.

2. Um aluno que siga o percurso normal no ensino secundário tem que cumprir, com dedicação, três anos de estudo. Um outro aluno, com uma perspectiva alternativa, abandona a escola, espera pelos 18 anos, inscreve-se no desemprego e tira o 12º ano em menos de um ano e com financiamento mensal através das novas oportunidades. Financiamento esse que é superior àquele que é atribuido aos alunos do ensino superior. Na perspectiva do estudante com quem falámos, isto é injusto e inaceitável.

Ficámos sensibilizados pelos argumentos deste estudante.
Perguntamos-lhe ainda se os estudantes estavam a ser manipulados.
Ele respondeu que sim, que estavam a ser alvo de manipulação. Havia quem os tentava manipular quando os queriam convencer de que as suas preocupações não tinham fundamento, que eram falsas, que eram desajustadas...

Que dizer?

Um dos participantes que mais se destaca na fotografia ostenta o fardamento da PSP e tem uma pose significativa... até parece que está ali perdido.

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