17 de novembro de 2008

estrela nacional

Ouvimos dizer que o Estrela da Amadora corre sérios riscos de vir a ser nacionalizado.
Este facto decorre, por um lado, das dificuldades financeiras do clube. Por outro lado, decorre da defesa do interesse público.
O governo, particularmente activo e atento às questões financeiras, poderá tomar medidas rapidamente. Um dos aspectos em causa são os salários dos jogadores em atraso. O que poderá originar uma greve que, a acontecer, gerará um impacto negativo à desejável estabilidade do campeonato português de futebol.
Também ouvimos dizer que se pretende desenvolver uma imagem forte do futebol nacional perante o mundo e a UEFA. Há necessidade em manter viva a possibilidade de virmos a organizar, em breve, um campeonato do mundo. Um desígnio nacional que poderá integrar os projectos de interesse nacional - PINs.
Repare-se que o sucesso de Portugal sempre se deveu, em grande parte, ao futebol. Antigamente disputava o seu poder com o fado e a N.SrªFátima. Hoje disputa-o com as telenovelas, os centros comerciais e o marketing. Mantendo sempre um papel de elevado relevo na sociedade portuguesa.
Argumentos mais do que suficientes para justificar qualquer nacionalização. Ainda ouvimos dizer que, caso o governo avance com o processo, o estrela da amadora poderá passar a chamar-se o estrela da nação ou, alternativamente, o estrela da nacionalização.

Entretanto, o sector bancário, ao ter conhecimento destes factos, já reclamou um tratamento equivalente para a banca. Argumentam que o sector bancário está a atravessar uma nova fase duma situação financeira difícil. E que os apoios dados já lá vão. E o que já lá vai, já lá vai. Como ainda não conseguiram sair da crise e ainda há dinheiro disponível dos nossos impostos, argumentam que estão reunidas as condições necessárias à atribuição de apoios adicionais. Reinvindicam assim a nacionalização de todos os prejuízos, mas só mesmo dos prejuízos do sector.

No apoio a tão altos desígnios, poderá também ser avaliada a hipótese de se voltar a aumentar os impostos. O que se pode justificar, tendo em atenção que tudo isto, a acontecer, será para o bem de todos nós.

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