7 de novembro de 2008

factos são factos

Voltámos a ser criticados por não termos uma postura construtiva com o actual executivo camarário.
Aceitamos a iniciativa como sendo um elogio.
Explicamos, uma vez mais, porquê.

Para que serve ser construtivo se esta Câmara rejeita, preconceituosamente, os contributos de quem não se subordina à sua “disciplina” partidária?
Será esta uma consequência daquela mão invisível que João Massano referiu publicamente?
Uma coisa é certa, há motivos concretos para o Alcácer do Sol mostrar o seu descontentamento. Senão vejamos.

O Alcácer do Sol não optou por esta forma de estar por acaso. E também não esteve calado até Novembro de 2007 por distração.
Nesses dois anos o Alcácer do Sol observou e analisou os dados que descontraidamente foi recolhendo. E da observação de dois anos de actividade resultou, com naturalidade, na indignação que é patente nestas páginas.

Acontece que há três anos houve eleições.
O PS ganhou legitimamente.
Teve maioria absoluta, o que lhe deu todos os poderes para governar.
E governa com naturalidade.
Durante a campanha eleitoral foram feitas promessas.
Quando esta equipa se sentou na cadeira do poder estava tão entusiasmada que julgava ser uma equipa capaz para governar o mundo.
Transbordavam confiança.
Estavam convictos que iam fazer tudo e mais alguma coisa.
A situação económica herdada era positiva (já confirmado por Pedro Paredes) o que era uma grande ajuda.
A expectativa criada foi enorme!

E fizeram muita coisa.
Mas na vida o que conta são os resultados.
E é sobre eles que se fazem avaliações.
Se havia dinheiro e estavam em maioria absoluta, que desculpa poderia haver para justificar um falhanço?
Só uma calamidade, o que até há data não ocorreu.
E qual é a opinião formada após três anos de observação?
É que houve pessoas a serem tratadas sem respeito.
Houve arrogância, baixo nível, prepotência.
Houve incapacidade em escutar e entender os outros.
Houve uma série de destruições irracionais. Como se fossemos ricos e nos dessemos ao luxo de desperdiçar recursos.
Houve feiras e festas. Umas muito bonitas. Outras grandes fracassos. Mas quem mais ganhou foram os de fora (enquanto os da terra ficaram a ver passar as oportunidades).
Houve jobs para boys & girls, Regis, e...
Houve muita propaganda, muitos enganos, muitos recuos enfim, muita confusão.
Houve muitas ideias, em grande parte inconsequentes.
Houve falta dum discurso forte, coerente e ambicioso.
Houve falta duma visão, duma estratégia e dum plano de acções capaz.
Houve falta de liderança e falta de trabalho em equipa.
Houve falta de promessas cumpridas.
E houve e continua a haver uma ausência de resultados.
E a culpa é do Alcácer do Sol?

A equipa que governa a nossa terra escolheu o seu caminho.
Fez aquilo que sabe fazer.
Com toda a legitimidade.
O que não lhe retira responsabilidades perante as suas obrigações.
Não há aqui espaço para desculpas.
Se prometeram deverão cumprir. Ou apresentar uma boa justificação para a quebra de cada compromisso, sob pena de perda de credibilidade.
Façam-no!
Esta terra merece ser dirigida por pessoas credíveis.

É por estas razões que o Alcácer do Sol se recusa a embarcar num barco destes.
Assim como se recusa a pactuar com as pessoas que nele navegam, por muito que se goste desta terra.
Mas não prescinde da sua opinião própria.
Embora entenda que isso dava imenso jeito...

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NOTA
Cumpram os Senhores da Câmara as suas promessas e estaremos na primeira fila para lhes dar os parabéns!
Mas atenção, apenas contam os resultados.
De intenções já estamos todos fartos.
Não nos venham tapar o sol com a peneira!

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