2 de novembro de 2008

genialidades


A CMAS contratou, em Abril, uma empresa lisboeta - Parque Expo SA.
Encomendou uma reflexão estratégica, incidindo na definição de uma visão para o município, fundamentada num plano de desenvolvimento...

Acontece que o objectivo do trabalho contratado coincide com aquilo que nós reclamamos há já imenso tempo.

Com esta acção o executivo camarário deu-nos razão, uma vez mais.

Mas, ao entregarem o estudo a uma empresa de Lisboa, demonstraram a sua grande incapacidade.
Será que Alcácer do Sal não consegue definir, autonomamente, uma visão para a sua terra?
Será que aqueles que aqui vivem, que lutam todos os dias por uma vida digna, que sentem na pele as dificuldades duma crise económica, social e ambiental, será que esses não conseguirão definir uma visão para o município?
Enfim, a navegação à vista não dá para muito mais do que aquilo que se vê.

No primeiro semestre o Sr. Presidente Paredes anunciava que "o Plano Estratégico existe e está a ser seguido com todo o empenho" (folha de Alcácer de Março 2008).
No segundo semestre quase se deixou de ouvir falar desse projecto.
Quando é que passam das intenções aos actos?

Que plano operacional é esse que desconhece a questão básica, fundamental e necessária à sua concepção - a visão para o município?
(caso contrário, que motivo levaria o executivo a contratar uma empresa para o fazer?).

Certo é que o prazo de concretização do trabalho da Parque Expo SA era de 4 meses!
Quem definiu o prazo deveria saber o que estava a fazer. (nós achamos estranho este objectivo...)
Acontece que, mais de 6 meses depois, ninguém ouve falar do estudo da Parque Expo SA!
Não se publica, não se analisa, não se discute, não se avalia...

Porquê?

Não foi uma mão invisível que considerou, numa sondagem do Alcácer do Sol, a contratação deste trabalho como uma demonstração de grande capacidade do executivo camarário?

Já passou o prazo para demonstração da qualidade da decisão tomada (o prazo não foi definido por nós mas por quem encomendou o trabalho).
Não é possível classificar esta opção da CMAS.
Porque não se pode classificar aquilo que não existe (ou que não se concretiza no tempo útil aplicável).
Fica-nos a ideia de que a mão invisível, que quer dominar tudo e todos foi, uma vez mais, mal servida.
Os resultados falam por si.
O que não quer dizer que a dita mão não domine...
...é que há quem não olhe a meios para alcançar os fins!

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