A abordagem aconteceu no Largo Luís de Camões.
Uma pessoa amiga dirigiu-se a nós, indignada.
Tinha ido ver um filme Português, no auditório Municipal, com a Soraia Chaves: Call Girl. O argumento do filme desenrola-se à volta duma prostituta de luxo, "capaz de tudo".
A indignação não tinha a ver com o filme. Que tinha algumas cenas mais ousadas. Mas nada que pudesse indignar uma pessoa adulta bem formada.
Por algum motivo existe uma classificação que determina a idade mínima de acesso ao espectáculo. Este filme não era excepção. Até aí estava tudo normal.
Excepto a presença de crianças durante as projecções.
Segundo nos foi relatado, uma criança de oito anos, entre outras, visionou o filme! Criança essa que, durante o espectáculo, teceu vários comentários vernáculos. E que, ao ser abordada por um adulto, reagiu negativamente. Os comentários continuaram... E o adulto em causa calou-se, sem deixar de se sentir incomodado com o facto.
1- quem controla (e como controla) o acesso aos espectáculos no Auditório? Como se aceita que uma criança de 8 anos assista a um filme com cenas mais ousadas sobre sexo? Será que este é o processo normal de desenvolvimento das crianças?
2- quem garante que os espectáculos no Auditorio decorrem de acordo com as normas socialmente aceites da educação e do respeito mútuo? Será que um espectador, ou um pequeno grupo, tem o direito de perturbar, de forma intencional e continuada, o restante público presente na sala?
Não sabemos as respostas para estas perguntas.
Mas sabemos que o Auditório Municipal funciona sob responsabilidade da Câmara Municipal.
Terá sido este, um caso isolado?
Ou terá sido mais uma evidência do desleixo que reina na gestão autárquica?
Responda quem sabe. Com base em factos. Sem querer tapar o sol com a peneira...
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