Obama, candidato democrata à presidência norte americana, em digressão europeia, conversou em Londres com Brown (1º ministro inglês).
Aí, ao falar para ingleses sobre a intervenção no Iraque e no Afeganistão, referiu: "...penso que o povo americano está agradecido pela ajuda que foi dada".
Ficamos com dúvidas sobre tão profundo pensamento.
Aquela invasão / guerra não avançou contra as recomendações das Nações Unidas?
Já terão descoberto as armas de destruição maciça?
Conseguiram descobrir as ligações próximas entre o Saddam e a Al Qaeda?
Se bem que ainda não tenham conseguido apanhar o Bin Laden, pelo menos conseguiram enforcar o Saddam. E o Iraque, que era uma ditadura, passou a ser um regime militar em guerra civil, o que é uma evolução, pelos vistos, assinalável. Isto ajudou a subida do preço dos combustíveis, assim como o desenvolvimento da indústria de armamento, da construção e do petróleo. A desestabilização da região também cresceu de forma assinalável.
Entretanto, outras ditaduras tão deploráveis como a do Saddam, continuam pacificamente a sua acção, muitas vezes com o apoio explícito dos polícias do mundo.
A produção e o tráfico de droga no Afeganistão também tem crescido em ritmo elevado nos últimos anos. Os talibans continuam a ganhar força e o seu domínio cresce contínua e sustentadamente.
Enquanto Guantanamo não cumpre, há já tanto tempo, as mais elementares leis do direito internacional. Excepções sem qualquer lógica ou explicação aceitável. As leis aplicam-se de acordo com as conviniências? Ou haverá leis secretas que estão fora do conhecimento público?
Já poucos perdem tempo a falar de Bush. A não ser para o classificarem como o pior presidente americano de sempre. Enquanto isso, Obama tem aparecido como uma nova esperança... empenhado na luta contra o terrorismo e agradecido pelas ajudas prestadas.
Mas como é que alguém pode pensar em agradecer a participação de quem quer que seja em tanta mentira, em tamanho fracasso?
Os factos falam por si...
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