Na semana passada, Sócrates foi à ópera ao CCB.
Entrou na sala com cerca de meia hora de atraso.
O espectáculo não começou enquanto ele não entrou.
Não foi dada nenhuma explicação aos restantes espectadores por tão longo atraso.
Mas não foi difícil entender o porquê.
Vai daí, a entrada de Sócrates na sala foi acompanhada por uma vaia.
Pelo que nos é dado a entender, Sócrates deve estar convencido que, todos aqueles que o vaiaram, eram comunistas e estavam ali manipulados pelos sindicatos.
Outros que não o vaiaram, não eram comunistas nem foram manipulados, abandonaram o espectáculo para não terem semelhante acompanhante por perto.
Restaram aqueles que permaneceram decidida e delicadamente na sala até depois do final. Não se foram embora, não eram comunistas e não foram manipulados pelos sindicatos - seriam boys, aspirantes a jobs & promotions, distraídos ou fervorosos amantes da tão popular ópera em Portugal?
Há, neste momento, muita rosas indignadas por semelhante vaia.
Esquecendo-se que, atrasar longamente o espectáculo à espera de Sócrates e comitiva, desprezando os restantes espectadores, é um insulto numa sociedade democrática e evoluída. O que, infelizmente, não é o caso de Portugal. Antes fosse.
1 de abril de 2009
vaiado
Etiquetas: artigo de opinião
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1 comentário:
republica das bananas
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