25 de maio de 2008

autoridades para quê?

Os preços dos combustíveis foi muito discutido no último debate parlamentar com o governo.

A determinada altura o governo falou. E disse que era preciso esperar pelas conclusões do estudo encomendado à Autoridade da Concorrência.

Ficamos admirados. Então é preciso pedir àqueles senhores para fazerem o trabalho que devia estar feito? Não é para isso que lhes pagam o ordenado? Não é essa a sua obrigação? Julgamos que a pergunta deveria ter sido feita ao contrário: porque é que o estudo não está pronto? Estiveram a descansar ou a analisar a concorrência das batatas?

O preço final dos combustíveis sobe mais do que o preço do crude - façam as contas em Euros, que é actualmente a nossa moeda. E tenham em consideração a desvalorização do dólar. As subidas dos preços nos postos de distribuição são sincronizadas. Mas mesmo assim há que continuar a esperar. Não vêem motivos para agir rapidamente...

Vamos ter que esperar pela análise da autoridade da concorrência. A mesma autoridade que se pronunciou, há poucos meses, contra a aquisição das Auto-Estradas do Atlântico pela Brisa... e que acabou por ver a sua recomendação contrariada pelo actual governo. Ao que a Brisa agradeceu e... monopolizou.

Se há uns meses desprezaram as conclusões da autoridade porque é que agora dizem que ela é determinante?

Estamos desconcertados perante a sensação de que, em ambas as situações, se privilegiaram os grandes grupos económicos... e não nos parece que o país, ou seja, os Portugueses, tenham tido alguma vantagem com estas decisões.

por: Portugal ao Sol

Sem comentários: