Pedro Paredes deve-nos uma explicação

Pedro Paredes deu uma entrevista à agência Lusa para divulgar uma das grandes decisões do seu mandato:

1. demitiu o seu vice-presidente e retirou-lhe os pelouros que detinha (passou a vereador sem pelouro)

2. afastou João Massano da EMSUAS

Fê-lo no dia 27. Mas não explicou as razões destas opções. O que, em Democracia, é essencial.

Acontece que até à data, dia 31, não conseguimos descobir nenhuma referência a este facto no site da CMAS http://www.cm-alcacerdosal.pt/pt/Paginas/default.aspx

Teremos visto mal?

Ou vimos bem, e não há mesmo qualquer referência a estes factos?
Se assim for, é caso para perguntar:

Para que serve o site da CMAS se omite factos extremamente relevantes da nossa autarquia?
.
A quem serve este "silêncio"?
O site da CMAS está ao serviço de quem?

Note-se que a existência daquele espaço na net custa dinheiro.
Dinheiro esse que sai dos nossos impostos.
Os Alcacerenses têm direito à informação sobre a sua terra.
Sabemos que o vice presidente foi demitido. Passado este tempo todo ainda não sabemos, oficialmente, as razões desta decisão.

Investe-se na aparência.
Esconde-se a essência.
Já ninguém estranha.
É o costume.
É mais do mesmo.
.

autarquia de Alcácer comentada pelo PS Setúbal

O PS de Setúbal, sob assinatura de Vitor Ramalho, emitiu um comunicado datado de 28 de Maio. (*)

O assunto em causa é a crise aguda que se vive na câmara de Alcácer do Sal.
Vale a pena ler e interpretar o que dizem da nossa autarquia, ou seja, da nossa terra.
Destacamos aqui apenas alguns trechos, pois o comunicado é grande - referimo-nos apenas à extensão do texto e não ao seu conteúdo.

Os objectivos do comunicado são expressos na sua introdução da seguinte forma:

"Alguma comunicação social do Distrito de Setúbal tem-me questionado na qualidade de Presidente da Federação Distrital do Partido Socialista de Setúbal sobre o que penso duma alegada retirada de delegação de competências do Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do sal, eleito pelo PS a um dos seus vereadores, também do PS. Para que não restem dúvidas a minha posição é a seguinte:"

Continuando a leitura verificamos que este é um comunicado sobre uma notícia que não é notícia. Vejamos o que está escrito no ponto 4:

"4) Quer isto dizer que a pergunta que me tem sido feita não é notícia"

Se assim é, para que se deram ao trabalho de redigir e publicar este comunicado?

Seguidamente o autor da notícia revela-nos o seu desconhecimento dos factos:

"5) Desconheço em absoluto se existe algum acto do Presidente da Câmara de Alcácer do Sal, meu camarada, retirando delegação de competências a outro camarada"

Na véspera deste comunicado ser publicado, Pedro Paredes tinha descrito publicamente os factos em causa numa entrevista publicada pela agência Lusa.
Atendendo ao facto de Pedro Paredes ter sido cabeça de lista pelo mesmo partido de Vítor Ramalho, e estando ambos em funções, estranhamos que a comunicação entre eles possa ser tão débil.

Certo é que, na sequência do raciocínio exposto no comunicado, chega-se a uma conclusão, já no ponto 6:

"6) Responsavelmente, enquanto Presidente da Federação, que respeita os eleitores de Alcácer do Sal, não posso, nem devo ter outra posição"

Estranha forma de respeitar os eleitores de Alcácer do Sal.
Afinal, qual é a posição concreta que Vítor Ramalho se propôs esclarecer?
A de que desconhece as decisões de Pedro Paredes?

No entanto, e perante a indisfarçável crise que a CMAS atravessa, encontrou-se espaço para abordar outros aspectos que nada têm a ver com o objectivo apresentado. Continuamos a citar:

"7) ... o excelente trabalhão desenvolvidos pelos seus autarcas em todos os seus sectores sob a liderança do PS"

Ora o "trabalhão" aqui referido demonstra-se nos resultados alcançados para Alcácer. Não nos trabalhões que derivam das lutas internas pelo poder, misturando o partido com a instituição CMAS (**). E os resultados visíveis para Alcácer são obras de fachada, prazos que nunca se cumprem, planos que não se concretizam (o último foi o plano anti-crise apresentado enquanto Pedro Paredes afirmava que não havia crise), afirmações tristemente infelizes (para ser muito simpático...), desrespeito por muitas pessoas, falta de visão estratégica, etc., etc...

O elogio apresentado deriva do conhecimento do autor sobre a realidade de Alcácer do Sal.
Conhecimento esse que ficou bem demonstrado no ponto 5 do comunicado.

Mas o melhor ficou para o fim.

E, em golpe de magia, eis que aparece mais uma peneira na tentativa de se tapar o sol!

Acontece que o grande problema, na opinião de Vítor Ramalho, foi o facto dos vereadores sem pelouro da autarquia terem deixado os seus cargos, garantindo a sua substituição.
Note-se que os vereadores sem pelouro estão em minoria e não têm qualquer actividade executiva na autarquia.
A sua responsabilidade, neste mandato, pelos resultados da gestão de Alcácer do Sal é praticamente nula.

Citando novamente o comunicado:

"8) Politicamente o que há de relevante na Câmara Municipal de Alcácer do Sal é que a CDU tenha, contra a vontade dos eleitores, substituído os seus três vereadores eleitos efectivos, pelos três seguintes da sua lista sem qualquer explicação à opinião pública, o que o PS jamais fará. "

Podemos ficar tranquilos ao sabermos que o "PS jamais fará" tal coisa?
Vejamos.
É que na véspera da publicação destas palavras, foi anunciada a demissão do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal.
Este sim, é um cargo executivo de grande importância.
Resultou duma eleição democrática.
Mas ainda não vimos, até ao momento, qualquer explicação válida para tão extrema decisão - a demissão do vice-presidente.
Onde está a lógica, a coerência, a transpaência?

Mas há mais, para além destas peneiras... que não tapam este sol de Maio.

Vítor Ramalho insurgiu-se com o facto dos vereadores da oposição, após apresentação das suas razões pessoais, terem deixado os seus lugares de vereadores sem pelouro.

Acontece que, ainda não há um ano sequer, Vítor Ramalho deixou a Assembleia da República, para onde exercia o cargo de deputado, para assumir o cargo de presidente da Inatel. E justificou a sua saída da Assembleia da República(***):

"Não posso manter o cargo [de deputado] porque é totalmente incompatível, por isso vou pedir a suspensão assim que tomar posse".

Note-se que Vitor Ramalho não deixou o seu cargo de deputado.
Suspendeu-o!
O que quer dizer que regressará à Assembleia da República, assim que o desejar.
(não vá o diabo tecê-las e as coisas correrem mal lá por fora...)
Será que, com este comportamento, Vitor Ramalho considera que está a cumprir a vontade dos eleitores que nele votaram?
Será que os princípios que ele tenta aplicar a terceiros diferem dos princípios que ele aplica a si próprio?

É tudo legal.
Todos nós sabemos.
Mas há mais na vida, muito mais, para além das leis produzidas em Portugal. Leis que estão associadas a um sistema judicial muito ineficiente.

Quando as peneiras estão rotas... pior vai a coisa!
O Sol, esse continua a brilhar!
Nós continuamos em crise...

Até quando?
Responda você!


______________________________

(*) - para ler na íntegra o documento aqui comentado, clique em http://www.setubal.ps.pt/noticia.php?cod=4A200F2C04A2E

(**) - de acordo com as afirmações apresentadas no clube de política de Alcácer do Sal - http://osadao.blogspot.com/

(***) - para mais detalhes clique em http://www.osetubalense.pt/noticia.asp?idEdicao=217&id=8034&idSeccao=1815&Action=noticia

sondagem alcácer do sol

Está a decorrer mais uma sondagem do Alcácer do Sol.

Pergunta-se aos cibernautas:

"caso a demissão do vice presidente tenha decorrido de questões externas ao funcionamento da CMAS, como a defesa exclusiva de interesses partidários e pessoais, Pedro Paredes deveria, em sua opinião:"
.
as opções disponibilizadas são:

1 - demitir-se
2 - demitir todo o executivo e provocar eleições antecipadas
3 - continuar a fazer o seu trabalho
4 - readmitir o vice presidente como se nada se tivesse passado
5 - outra

Participe.
Basta escolher a sua opção no topo da barra lateral direita.
Obrigada/o.

um mandato com o passo trocado

(clique em cima da imagem para melhor visualização)

mês da cultura em grande!

A celebração do mês da cultura começou em Maio.
Acabará em Junho ou prolongar-se-á?
Certo, certo, é o nível cultural já alcançado no decorrer desta iniciativa.


Vejamos só um pequeno exemplo literário:

"P. Paredes terá dado então, o prazo de mais um dia (até terça feira próxima) para aceitarem seu nome e caso contrário encabeçaria uma lista independente e retirava os pelouros e a vice presidência a Massano.
...
Entretanto P Paredes não esperou pela terça feira e enveredou, já hoje, pelo tudo ou nada. " (*)

Digam lá se isto não se pode enquadrar num bom conto infantil ...

_____________________________________________
(*) - trechos publicados em http://osadao.blogspot.com/ sob o tema: "Paredes Tira Pelouro a Massano que deixa de ser Vice Presidente - em causa a formação da lista candidata á eleição de Outubro"

discurso do PS Alcácer está actual

Ainda não há muito tempo que o PS Alcácer distribuiu um folheto em que atacava a CDU.

Publicamos aqui dois recortes desse folheto.
Onde se vê um asterisco estava escrito "a CDU".
Apagámos a sigla.
Conclusão: o texto adapta-se perfeitamente aos acontecimentos desta semana em Alcácer.
Basta apenas inverter a perspectiva!

Não se vêm ao espelho...

afinal, o que é que está em causa?

Como já todos sabemos, ontem foi um dia diferente para Alcácer do Sal.

João Massano foi arrasado por Pedro Paredes tirando-lhe todos os pelouros e ainda a EMSUAS.

Em afirmações já aqui divulgadas, Pedro Paredes justificou a atitude com "questões de trabalho".

Julgavamos nós que aquilo que estava em causa era Alcácer do Sal, o seu desenvolvimento sustentado, a sua modernização...

Puro engano.

O "clube de política de Alcácer do Sal", afecto ao partido socialista (*), esclarece-nos claramente:

"Paredes Tira Pelouro a Massano que deixa de ser Vice Presidente

EM CAUSA A FORMAÇÃO DA LISTA CANDIDATA Á ELEIÇÃO DE OUTUBRO"

O actual executivo foi eleito para governar o concelho.

Mas, para além de o fazer de uma forma medíocre, permite que as questões partidárias se sobreponham ao funcionamento da autarquia.

Com que legitimidade se demite um elemento do executivo por causa da formação da lista do partido socialista às próximas eleições locais?

Como é possível que as lutas partidárias se sobreponham aos interesses da nossa terra?

Estão na autarquia para gerir o concelho ou para resolver questões internas do seu partido?

Misturam aquilo que nunca se devia misturar.

Alcácer deveria estar primeiro.

Mas não está.

Por aquilo que nos é dado a ler, o que está primeiro é uma luta pessoal pelo poder.

O que está primeiro são questões pessoais.

Porque ambos os intervenientes neste duelo - Paredes e Massano - já demonstraram que não têm um projecto capaz para tirar Alcácer do Sal da estagnação. Em contrapartida, têm ãmbições desmesuradas e uma grande ânsia do poder pelo poder. Enfim...

Confirmam-se, novamente, os motivos pelos quais não se tem feito nada de relevante, durante estes quatros anos, em Alcácer do Sal.

Não houve falta de dinheiro. As receitas nunca foram tão elevadas!

Não houve falta de tempo. Três anos e meio dá para fazer muita coisa.

Não houve falta de condições. A maioria absoluta garantiu a estabilidade máxima ao executivo.

O que falhou foi esta equipa, que se julgava capaz de governar o mundo.

Um falhanço assombroso!

(*) - http://osadao.blogspot.com/

para que não restem dúvidas

Notícia divugada no site do jornal Expresso:

Alcácer do Sal, Setúbal, 27 Mai (Lusa) -

O presidente da Câmara de Alcácer do Sal (PS), Pedro Paredes, revelou hoje que vai demitir do cargo de vice-presidente o vereador socialista João Massano, que fica também sem pelouros, faltando apenas formalizar a situação.

Em declarações à agência Lusa, Pedro Paredes revelou a decisão de demitir João Massano, que é também presidente da concelhia do PS, e apontou divergências no "método de trabalho" como causa da situação, assegurando, contudo, não se tratar de uma ruptura com o partido.

"A equipa que se candidatou e que ganhou a Câmara de Alcácer do Sal e três das juntas de freguesia tem funcionado muito bem. Mas um membro da equipa, que é o vereador João Massano, nunca acertou completamente o passo connosco, por uma razão apenas de método de trabalho", justificou o autarca.

"Estamos a aproximar-nos de um período muito complicado, as pressões aumentam porque a população aproveita esta recta final do mandato para fazer algumas reivindicações de uma forma mais forte. Portanto, a maneira de ver as coisas e as diferentes formas de trabalhar acentuam-se", reforçou.

Além da vice-presidência da autarquia, o vereador vai também perder os pelouros que tinha a seu cargo - Administração Financeira e Juventude - e a liderança da Empresa Municipal de Serviços Urbanos, que ficam, "para já", a cargo do presidente da Câmara.

Pedro Paredes garantiu à Lusa que ainda não está escolhido em definitivo qualquer substituto para a vice-presidência do município, mas apresentou o vereador Hélder Serafim como possibilidade para ocupar o cargo.

"Não sei se, legalmente, tem que existir essa figura [vice-presidente], no entanto, depois iremos falar com o jurista da Câmara e, provavelmente, [o cargo] passará para o número dois, que é o vereador Hélder Serafim", avançou.

"Penso que, num futuro mandato, manteremos a equipa para trabalhar a favor do PS. No entanto, não trabalharemos com o presidente da concelhia, que não acertou o passo connosco", frisou o autarca.

O executivo da Câmara Municipal de Alcácer do Sal é constituído por quatro eleitos do PS e três da CDU.

Contactado pela Lusa, João Massano remeteu para quinta-feira eventuais esclarecimentos, depois de reunir com o partido.

AYN.

Lusa/Fim

veja directamente a notícia em:

http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/517243

a porta pequena

Depois de lhe terem demitido a mulher da Regie de forma muito pouco abonatória.

Depois de lhe terem retirado o pelouro dos Recursos Humanos.

Eis que lhe retiram as restantes responsabilidades: Divisão Administrativa e Financeira e Juventude.

Sai cedo, uma vez que o mandato dura até Outubro.

Sai pela porta pequena.

Mas, em nossa opinião, já sai tarde.

Afinal, aquela equipa capaz de governar o mundo...

...começa a descobrir a realidade dos factos.

Mais vale tarde do que nunca.

Certo é que Alcácer não tem estado entregue em boas mãos.

Os resultados estão à vista de todos. Basta andar pela nossa terra e observar como tem sido gasto o nosso dinheiro.

Razões de sobra para mudar!

como não dinamizar a indústria

A folha de Alcácer de Agosto/Setembro de 2008 anunciava a expansão da ZIL actual.
(ver artigo aqui publicado sob título "gato por lebre")




Sabe-se que houve empresas que não se instalaram em Alcácer do Sal por falta de capacidade de resposta da autarquia.
Perderam-se muitos postos de trabalho.
Segundo a folha de Alcácer, "a actual zona industrial não consegue dar resposta em termos de espaço". (ver recorte da notícia abaixo)




Oito meses depois fomos à ZIL observar a sua incapacidade de resposta "em termos de espaço".
Eis aquilo com que nos deparámos:

falta de resposta em termos de espaço?


Vê-se mato e pinheiros onde gostavamos de ver instalações industriais

Espaços ocupados por erva e alguns pinheiros não falta.

O que falta são empresas ali instaladas.

Mas as empresas não obtêm respostas satisfatórias por parte da autarquia.

E vão para outro lado!

.

Falam de questões legais...

Para que serve o departamento jurídico da CMAS?

Três anos e meio não foi suficiente para resolver as questões?

.

Ao optarem por ampliar a ZIL demonstraram a sua incapacidade em rentabilizar todo o espaço livre que lá existe.

Incapacidades...

...que actualmente já ninguém estranha.

Mascarou-se um problema à custa do nosso dinheiro.

Pena é que nós ficamos todos a perder!

Todos?

Bem, poderá haver umas excepções...

Alcácer merece mais!

o disparate prolonga-se

A substituição do pavimento dos passeios continua a grande ritmo.
Começou perto do Jardim dos Pescadores e está quase a chegar à estação da CP.
Estão a substituir blocos de cimento de forma hexagonal em estado muito aceitável de conservação por blocos de cimento em "I".

Para Alcácer do Sal, o valor acrescentado desta "obra" é negativo.
Porque se gasta dinheiro do qual não há retorno.
Nada de lógico e coerente pode justificar aquela substituição de pavimento.
O que, por si só, faz pensar qualquer Alcacerense.
Porque Alcácer não ganha nada com isto.

Aliás, perde!

Estranho, não é?

Isto parece um perfeito disparate.

Mas poderá não ser, no ponto de vista de alguém, quem sabe?
Não haverá quem esteja a ganhar bem com esta obra de fachada?

passeio pedestre

Ontem demos um passeio no Largo Luís de Camões.
Estava um dia agradável.

Observamos o castelo:


Desviamo-nos dumas pedras de clivagem x, em pose de quem exige a sua eminente substituição:

Observamos, de seguida, a ponte metálica:

Deparamo-nos com uns apetrechos estranhos...

Pensamos em descansar um pouco, mas mudamos de ideias...

... e fomos observar o rio dum ponto mais alto:

No final, só tivemos que nos desviar duma pequena construção ali localizada.

Como podem verificar, foi um passeio muito atractivo.

Impressiona qualquer pessoa.

Com excepção para uma equipa que se julgava capaz de governar o mundo...

...mas todas as regras têm excepção.

Nós temos esta!

o empenho pela educação e pelos jovens

Pedro Paredes e a sua equipa fartam-se de falar.
Apresentam planos, projectos, ideias.
Os resultados é que custam a aparecer...
Das palavras aos actos vai uma distância incomensurável!
Porque será?
É só propaganda?
Vejamos o que os dados, fornecidos pela própria CMAS, dizem.

Falamos agora sobre a educação.
O que afecta essencialmente as nossas camadas mais jovens.
(falaremos de outros temas noutra ocasião; desta vez escolhemos este)

Segundo o documento " Execução Anual do Plano Plurianual de Investimentos" verifica-se que o actual executivo camarário projectou investir em "Educação"(obj 21), durante o ano de 2008, a módica quantia de 450.249,98€.

Terminado o ano de 2008 e feitas as contas, verificou-se que se investiu nesta área apenas 192.813,09€.

Ou seja, ficou por cumprir a maior parte do projectado.
Ficou por executar mais de metade daquilo a que se propuseram fazer.
Para ser mais preciso, ficou por concretizar 57% do previsto.
Isto é demais!

Não foi por falta de dinheiro.
Como já aqui escrevemos, as receitas da CMAS têm crescido de forma continuada e muito significativamente.

Não foi por falta de necessidade.
Elas estão à vista de quem visite as escolas de Alcácer.

Então porque foi?
Projectaram mal?
Não sabem fazer melhor?
Enganaram-se, outra vez?

Prometeram a remodelação da escola do Morgadinho para o ano passado. As obras nem sequer começaram.

Prometeram a renovação da escola dos Telheiros.
A sua candidatura não avançou. Esta escola desapareceu do prometido plano de renovação do parque escolar.

Reduziram em 30% as bolsas de estudo para quem está no ensino superior.

Tanta conversa sobre os apoios à juventude e à educação no concelho e depois não fazem nem metade daquilo a que se propuseram fazer?

Porquê?
Incompetência?

das palavras à inacção

O actual executivo é pródigo em palavras.
O problema é que entre as suas palavras e os seus actos existe um discrepância abissal.
Há planos, há projectos, há papeis.
Mas os resultados escasseiam ou não existem...
Factos concretos? Isso queríamos nós!

Falamos, desta vez, na dinamização da economia, na criação de emprego, na capacidade em atrair empresas para a nossa terra.





Vamos a factos.
Utilizemos os documentos produzidos pela própria CMAS.
Referimo-nos em concreto à " Execução Anual do Plano Plurianual de Investimentos".

Aí constacta-se que (obj.32 / prog. 321) para a "Remodelação e Ampliação da ZIL" a CMAS projectou investir, em 2008, a módica quantia de 10.000€!
Sim, dez mil euros!
Cada um dos toyotas que andam por aí a passear custam mais do que isso!
Imagine-se a ousadia desta equipa!
Aprecie-se a visão deste executivo!

Mas não é tudo.
É que, concluído o ano de 2008 e feitas as contas, verificou-se que a CMAS investiu na "Remodelação e Ampliação da ZIL" a módica quantia de ZERO Euros!
Sim, zero, vírgula zero euros!
Dizer que isto é ridículo é ser muito simpático.

Assim se verifica o empenhamento deste executivo no desenvolvimento da nossa terra...

Entretanto chegou-nos a notícia de uma empresa que gostaria de se instalar em Alcácer do Sal. Pretende produzir pás para aerogeradores heólicos.
Uma actividade em grande expansão - as energias renováveis.
Permitindo a criação de um número significativo de postos de trabalho.

Azar!

Na concretização do seu plano, a empresa em causa considera necessário o recurso a 4 lotes de terreno.
Segundo as informações por nós recolhidas, a empresa não consegue uma resposta válida da CMAS para a atribuição do respectivo espaço.
O processo arrasta-se há meses.
Não há meio do facto se concretizar.
Será que a empresa em causa já encontrou outra alternativa?
Será que já perdemos mais uma oportunidade?
Será que não havia razões para se ter investido na actual ZIL?
Estiveram distraídos?
Falta-lhes a capacidade de visão?
Não sabem mais?

Certo, certo, é que com esta equipa, que se julgava capaz de governar o mundo, não vamos a lado nenhum!

o sado ao sol

O Sol brilha cada vez com mais intensidade.
O Verão está a chegar!
O calor a aumentar.
Todo o mundo é feito de mudança...

como se desperdiça o nosso dinheiro

Há exactamente uma semana - dia 12 de Maio - começaram a remover o pavimento dos passeios no prolongamento da marginal.
O pavimento estava em bom estado.
Era composto por blocos de concreto de forma hexagonal.
Estão a ser sucessivamente arrancados.

Hoje, passada uma semana, observamos a colocação dum novo pavimento.

Estão a utilizar blocos de concreto com a forma de "I".

Estranhamente semelhantes aos anteriores em termos de funcionalidade...

Então porquê a mudança?

Felizmente desistiram do disparate de colocar paralelos!

..

Ainda pensámos que iam ali fazer qualquer coisa importante para Alcácer do Sal.

Já perdemos a esperança.

...

Pensámos que iam alargar os passeios.

Não o fizeram.

Pensámos que iam integrar árvores e outra vegetação no local.

Não vemos as infraestruturas para tal.

Pensámos que iam fazer uma ciclovia.

Isso deve ser complicado demais e não se faz em quatro anos...

Pensámos que iam instalar alguma cablagem subterrânea.

Não foram feitas valas, não foi feita nenhuma intervenção subterrânea.

Pensámos que iam criar espaço para estacionamento automóvel.

Mas não.

Nada!

..

Para quê substituir o pavimento se estava em bom estado?

Sim, para quê?
Só para dizer que fizeram qualquer coisa?

..

Podem explicar as vantagens acrescidas desta obra?

Podem explicar o retorno previsto para este investimento?

Podem explicar porque estão a "melhorar" esta zona e, em simultâneo, apresentam um projecto para a sua própria requalificação? Fazem hoje para se destruir novamente no novo ciclo eleitoral?

Já chega de navegação à vista!

..

E já agora, não há nada mais importante e urgente para se fazer na nossa terra?

Não há?

Ou a falta de visão não permite mais?

Assim não vamos lá!

Alcácer merece mais!

urbanismo de proximidade-2

Ontem publicamos um artigo sobre o urbanismo de proximidade de Pedro Paredes.

Julgamos que não fomos bem entendidos por alguém.

Para ajudar a esclarecer o nosso ponto de vista, decidimos poupar nas palavras e deixar as imagens falarem por si.

Ei-las:

Palavras para quê?

Quem, a dar o seu melhor, faz destas coisas...

... merece pena e dó. Coitados.

Alcácer merece mais!

falando do nosso dinheiro

Alcácer atravessa um período de crise profunda e prolongada.

Minimizar os seus efeitos, ou mesmo anula-los, passa por opções objectivas na administração dos nossos recursos.

Os dados que nos são dados a conhecer deixam-nos intranquilos.

Vejamos.

As receitas da cobrança de impostos directos não param de aumentar:

• de 2005 a 2008 (em 4 anos) aumentaram 131%
• de 2007 para 2008 ( no último ano) aumentaram 20%

• nunca houve tanto dinheiro para investir, mas não há obra que se veja; não se percebe para onde vai o dinheiro... o que se estará a passar? Que estratégia está a ser seguida?

Representação gráfica referente aos impostos directos; fonte: relatório de gestão da CMAS

Nas receitas acima referidas, inclui-se o IMI - Imposto Municipal sobre Imóveis.

O IMI foi alvo duma redução da taxa. O que originou uma grande propaganda por parte da Câmara. Mas parte da propaganda apresentada é contrariada pelos números. Vejamos:

• as receitas do IMI cresceram, entre 2005 e 2008 (nos últimos 4 anos) 58%


• com a nova taxa aplicada ao IMI, as receitas tiveram a irrisória diminuição de -0,6%


• o que contraria o "esforço financeiro" propagandeado pela CMAS - 0,6%. A que correspondem 6 mil euros a menos? O que é isso? Meio passeio destruído? Uma viagem à Madeira, mais outra acolá?... O que são menos 6 mil euros num orçamento de 20 milhões?


• afinal, o apoio e os estímulos dados pela CMAS à população de Alcácer não passaram de migalhas; o dinheiro continuou a entrar mas não se vê a ser aplicado duma forma rentável e duradoura... as pessoas continuaram a pagar.

Representação gráfica referente às receitas do IMI; fonte: relatório de gestão da CMAS

A crise afecta as pessoas e as empresas. E, relativamente a estas últimas, a Derrama - que também integra os impostos directos - tem um efeito concreto e decisivo. Podendo estimular ou desincentivar investidores e empresários.

Houve estímulos orientedos para as empresas através da diminuição da taxa da Derrama?

Vejamos o que dizem os números.

• a derrama cresceu, de 2006 a 2008 (três anos) 193%


• a derrama cresceu , de 2007 a 2008 (um ano apenas) 171%


• bem podem alegar que uma alteração legislativa originou este facto; não vale a pena; tinham obrigação de agir preventivamente, em antecipação, e atenuar os efeitos negativos das decisões do governo central; houve muitas outras autarquias que o fizeram; aqui parece que não há dinheiro que os satisfaça... e continua a não se ver qualquer obra estruturante em curso; para onde tem sido canalisado todo este aumento de receitas? 

Representação gráfica das receitas referntes à Derrama; fonte: relatório de gestão da CMAS

Do ponto de vista global, as receitas correntes subiram continuamente em ritmo elevado:

• aumentaram 39% nos últimos quatro anos


• aumentaram 15% no último ano

Representação gráfica das receitas correntes da CMAS; fonte: relatório de gestão da CMAS

É inevitável repetir a pergunta:

Com as receitas a crescerem desta forma, para onde vai o dinheiro, se não se vê obra feita neste mandato?

Serão obras imateriais que não conseguimos ver?

Ou resume-se tudo a reparações e manutenção do que já existia, com grande destaque para passeios, alcatrão, lancis e corrimãos? Resume-se tudo ao urbanismo de proximidade?

É muito pouco.

É muito pobre.

Não cumpriram a sua palavra.

Exemplos não faltam...

PDM

ETAR sul

Largo da Feira

Pavilhão da Feira

Largo Luís de Camões

Casa Mortuária

Cemitério

ZIL

Canil

Mercado Municipal

Estrada da Ameira

Estrada da Foz

Estrada da EPAC

Reabilitação do Sado

Desportos Naúticos

Parque de merendas do Morgadinho

Escola dos Açougues/Morgadinho

Cine-Teatro

Turismo

Criação de emprego

Dinamização económica

Quartel do Bombeiros

Planos de Urbanização

Museu Pedro Nunes

ZIL

Regulação do estacionamento automóvel e aumento dos lugares para parqueamento

Conclusão do muro da vergonha (falta o 3º troço que está cheio de erva)

actividades arqueológicas paradas ou embargadas

redução de 30% no valor das bolsas de estudo

Edifício da sopa

etc...

etc...

Não nos incomoda o aumento de receitas da autarquia.

O que nos incomoda é a forma como esse dinheiro está a ser gasto.

Pelas razões que temos vindo a apresentar neste espaço.

ALCÁCER MERECE MAIS!

Fonte: relatório de gestão emitido pela CMAS

urbanismo de proximidade

No mês passado Pedro Paredes afirmou em entrevista ao Diário do Sul:

"...é muito mais importante esta política de proximidade. Fazer o urbanismo do cantinho, do remate, da concordância do lancil"

Temos observado a relação entre as palavras de Pedro Paredes e a actividade da equipa que ele ainda "governa" - a CMAS.
Em nossa opinião, a coincidência é esporádica, pelo que nos é dado a ver.
Porque será?
Será que nem os funcionários municipais levam a sério as palavras do presidente?
Será que os vereadores não sabem dar seguimento às orientações do "líder"?
Será que o presidente não sabe usar os poderes que lhe foram conferidos?

Eis mais uma evidência do urbanismo de proximidade:

A semana passada circulava neste passeio um adulto invisual acompanhado pelo seu filho, também invisual.
Como se terão sentido ao passar neste local?
Consegue imaginar?

No entanto, lê-se num painel ali afixado: "Damos o nosso melhor a pensar em si!" Assinado pela CMAS, com o seu novo logotipo da rosa azul.
Se isto é o melhor que têm para dar... coitaditos!

O buraco em causa em grande plano.

Não há qualquer protecção nem sequer sinalização.
Desprezam as pessoas que andam a pé...
Se os Toyotas circulassem pelos passeios, provavelmente já teriam detectado o incómodo.




Esta situação dura há mais de um mês...
É isto o urbanismo de proximidade? O urbanismo do cantinho, do remate, da concordância do lancil?
É isto uma obra imaterial?

Mais do mesmo!
"Bora lá mudar"

Nota: o local é de fácil identificação. A ponte dos caminhos de ferro define-o perfeitamente. Trata-se do prolongamento da marginal, como quem vai para a estação da CP. Naquela zona só há passeio daquele lado da via...