Stiglitz

Joseph Stiglitz é um economista, professor na Universidade de Columbia e foi laureado com o prémio Nobel da economia em 2001.

Esteve em Portugal a semana passada e falou daquilo em que é especialista: economia (seja lá o que isso for).

Disse que a crise actual foi consequência do sector financeiro e do sistema político, recorrendo a expressões como “depravação moral“, “corrupção ao estilo americano“, e “luta de classes contra os mais pobres“.

Disse também:
“Eles [sector financeiro] viam que havia dinheiro na base da pirâmide e decidiram tira-lo de lá e trazê-lo para o topo...”

E ainda:
“A forma como esta crise tem sido gerida, tem sido uma desilusão. Os que a criaram, estão agora a tentar resolvê-la com a mesma ideologia, a mesma falta de regulação e a mesma alavancagem".

Estas palavras não são novas.
Já foram ditas por muitos Portugueses (e não só).
E mais vezes desditas por políticos e empresários agarrados ao poder.
A diferença é que, desta vez, estas palavras foram proferidas em Portugal por um ilustre académico, prémio Nobel da economia.

Consta até que Stiglitz não se licenciou a um domingo nem fez cadeiras por fax em papel timbrado do governo do seu país numa universidade decrépita. A ponto de o ministro da Economia o considerar como um dos economistas mais influentes do mundo (não, desta vez não foi uma gralha do ministro).