7 de maio de 2009

a nossa opinião sobre as últimas parediotices

Na última folha de Alcácer, Pedro Paredes assina o editorial.

E parece tentar justificar a sua triste afirmação de que em Alcácer não se sente a crise com a afirmação:

 "A economia do Concelho parece querer contrariar o actual ciclo de pessimismo dos investidores mundiais".

Mais valia que Pedro Paredes estivesse calado, uma vez mais.
Uma crise não se mede, nem nunca se mediu, única e exclusivamente em função dos interesses demonstrados por investidores.
Há mais pessoas a viver para além dos investidores...
Há outros factores, outras variáveis que não podem, por uma pessoa culta e de bom senso, ser desprezadas.
E afinal, a economia em Alcácer "parece querer contrariar" ou está mesmo a contrariar o pessimismo dos investidores mundiais? Para quê meias certezas? Será para se poder refugiar, eventualmente, no imaterial? 

Por outro lado, Pedro Paredes também afirma que:

"...haverá, sempre, alguém a contrapor que falo de fantasias abstractas".

Ora foi precisamente Pedro Paredes quem veio para a praça pública destacar a sua obra imaterial! 
As fantasias abstactas inserem-se integralmente no reino do imaterial. 
Que já foi considerado por Pedro Paredes como a obra do seu mandato. 
E agora queixa-se? 
Esqueceu-se das suas próprias afirmações?
Acontece que no reino do real, do concreto, do dia a dia das populações, podem-se apresentar contra argumentos concretos, verdadeiros, reais!
Mas isso Pedro Paredes não faz. 
Porque não tem argumentos para rebater os factos!
E, perante isso, resta-lhe a fuga para a fantasia, para a abstração, para o imaterial, para o urbanismo do canteiro, para as feiras e as festas... tentando assim esconder a sua incapacidade.

Finalmente, Pedro Paredes vangloria-se pelo facto de, em 2008, terem sido criadas 23 empresas.
Tenta, uma vez mais, usar um dado isolado de uma forma abusiva e descredível.
Explicamos porquê.  
Não é correcto falar-se em empresas criadas duma forma absoluta e isolada.
O número de empresas criadas tem que ser avaliado em comparação com o número de empresas encerradas ou desactivadas no mesmo período.
Há que avaliar a viabilidade das empresas criadas e a sustentabilidade dos dados.
Muitas dessas empresas poderão resultar de situações de desemprego. Em que as pessoas procuram alternativas de subsistência, muitas vezes com grandes dificuldades, conhecimentos reduzidos e probabilidades não desprezáveis de insucesso.
Algumas dessas empresas criadas, e nós conhecemos algumas, resultaram apenas da mudança da entidade exploradora dum determinado estabelecimento. 
Por outras palavras, um estabelecimento que é gerido por uma pessoa e, a determinada altura,  passa a ser gerido por outra pessoa, dá origem à criação de uma nova empresa - aquela que inicia a exploração.
Mas, em simultâneo, também dá origem ao encerramento (ou fecho de actividade) da empresa que deixa a exploração do espaço.
Nesta situação criou-se uma empresa, é verdade. Mas encerrou-se outra. E o saldo é nulo! É zero.
  
A criação de empresas por si só significa muito pouco.
Há muito mais dados a considerar para que alguém, com conhecimentos e com bom senso, possa correlacionar esse facto com uma situação de optimismo perante a realidade actual e o futuro desta região.

Alcácer merece mais!

4 comentários:

Anónimo disse...

Será que Pedro Paredes já ouviu falar na Empresa na Hora? Fazer 23 ou 43 não interessa nada! O que é preciso saber é dessas quantos postos trabalho foram criados e qual o seu valor acrescentado. A maior parte são empresas unipessoais e destinam-se a gerir actividades modestas.

Anónimo disse...

mais imaterialidades dum presidente imaterial com uma obra imaterial num cenário parediótico!

Anónimo disse...

Para certas pessoas conciliar duas variáveis já é muito difícil.
Quanto mais os factores todos em jogo neste problema.

PEDRO o LOUCO disse...

mas existem 2 variáveis a funcionar no gabinete de apoio à presidência:

1- realmente existe lá uma secretária competente!

2- Realmente existe lá um secretário a trabalhar em projectos particulares para paredes amigos e atleiers trespassados.

O burro do paredes pensa que toda a gente é otária e não percebe das suas artimanhas de interesses pessoais?!!!

Temos assim que uma parte do gabinete do secretariado à presidência È UMA OFFSHORE
DA DGPU.