9 de junho de 2009

frases de hoje

"A derrota socialista tem razões que não se esgotam na crise e muito menos são explicáveis pela abstenção.
...
E isto porque os socialistas tornaram-se prisioneiros do castelo do poder: trocaram a alma pelo centro e agora ficaram sem o centro e sem a alma"

Miguel Gaspar in jornal Público de hoje

8 comentários:

Renegado disse...

Cada país tem os políticos que merece e Alcacer já os teve quase todos. Não existe solução neste regime. Socialistas, Comunistas, Bloquistas, Social-Democratas, Centristas ou seja o que for, nunca vão fazer nada pelas pessoas. Os interesses da partidocracia e dos caciques locais são o principal obstáculo ao desenvolvimemto do país...

mac disse...

Tem toda a razão no k diz!...
Eu keria era k o 1º Ministro (k levou um cartão vermelho no domingo) nos desse a 6ªfeira... estou mesmo a necessitar d umas mini-férias para descansar desta confusão em k o P.P. da CMAS nos meteu (a nível local) pork a nível central o caso ainda está bué da pior...

Anónimo disse...

Pedro Paredes não é político! João Massano é aprendiz a político! O resto da equipa brinca aos políticos! São todos muito fraquinhos, meteram-se numa embrulhada e não sabem o que fazer para conservar os tachos, uma coisa é certa não querem deixar a boa vida, é preciso ganhar custe o que custar. Ao que parece a população do concelho não está pelos ajustes e já deu sinais claros que os não por cá, o pânico da derrota parece agora mais real! Que fazer?

Anónimo disse...

A sondagem feita pelo PS é magnífica segundo o blog osadao " ...após a sondagem da Eurosondagem encomendada pelo partido e que deu uma vitória ainda superior à de quatro anos, se Paredes enfrentar Balona". Os responsáveis da empresa Eurosondagem gerida por (Boys PS) dizem aquilo que é preciso para receber o dinheiro do trabalho, o que vamos todos querer saber é se essas sondagens também são pagas com dinheiro dos contribuintes. Cuidado meninos, não brinquem com coisas sérias, não brinquem com o nosso dinheiro para pagar sondagens artificiais.

Anónimo disse...

1)Pedro Repolho [EX-EMSUAS] é o novo adjunto de Pedro Paredes. Consultem o blog o sadao. Massano ficou com a EMSUAS toda para ele. 1500€ de ordenado e outras regalias

2) Duarte Lince Faria é o candidato à Asssembleia Municipal.

3) Diz a sondagem do PS local encomendada à Eurosondagem que o resultado deu uma vitória ainda superior à de quatro anos, se Paredes enfrentar Balona. como? Quem é que participou nesta sondagem. Os militantes do PS. Eu não pertenço a nenhum partido e não fui ouvido mais uma vez. Inqueritos a quantos municipes: 100, 200, 1000 para um universo de 12500 eleitores.

Tenham paciencia. PS fora da Câmara. Alcácer precisa de gente jovem, sangue novo. Será dificil compreender isso. Será que a populaçao quer continuar a viver de feiras e festas e discotecas.

Dinheiro há, Recursos materias e humanos há, então estão há espera do quê?

S.F.F pede-se a toda a populaçao local em NÃO VOTAR no PS, nas próximas eleições. Aí sim, P.Paredes percebia realmente se alcácer o "ama"

Radical (ir à raiz das coisas) disse...

Por que colapsou o centro-esquerda

in Público de 10.06.2009, por Rui Tavares

Quem olha para o mapa da Europa que saiu das eleições de domingo passado dificilmente imaginaria que ainda há dez anos, dos quinze países que a UE então tinha, quatorze eram governados por partidos socialistas e afins. Esses partidos de centro-esquerda foram os principais castigados das eleições. Ninguém de esquerda pode ir para o Parlamento Europeu de ânimo leve: o que nos espera é uma oposição dura, duríssima, numa União Europeia cada vez mais conservadora e perante uma crise que vai ser longa e pesada.
A questão é: porquê? E a resposta começa precisamente nesses anos em que os governos socialistas dominavam. As esperanças de muita gente - eu incluído - era a de que então se desse uma refundação do modelo social europeu e de que a União se democratizasse e simplificasse. E em que andavam eles ocupados nessa altura? Com o pacto a que eles mesmos chamaram "estúpido" na sua obsessão dos três por cento de défice, com um Banco Central Europeu indiferente ao desemprego, e com uma crescente burocratização e mesquinhez nas discussões europeias. O Partido Trabalhista inglês foi o precursor da "terceira via", o Partido Socialista português lá seguiu a moda.
Por muita voz grossa que agora façam eles, andavam embevecidos com as mitologias do mercado e remetiam as ideias de esquerda para umas franjas mais ou menos inócuas. Essa atitude está na raiz da crise actual. Criação de um sistema bancário sombra? Foi nos últimos anos de Clinton. Produtos tóxicos fora dos livros de contas? A União Europeia, maioritariamente socialista, estava a dormir no ponto.

Não é por as eleições europeias já terem passado que estes temas desaparecem. Ainda por cima, esta descrição abreviada aplica-se a Portugal e explica o factor relevante destas eleições para nós portugueses: a transformação do nosso panorama político acelerou--se. Onde antes tínhamos meros sinais (metodicamente anotados nesta coluna) temos agora uma dinâmica evidente e talvez inevitável que vai acabar com a bipolarização e confrontar o país com o seu pluralismo.
Aquilo que Mário Soares, Manuel Alegre e outros socialistas têm pedido aos seus líderes é uma verdadeira oposição às ideias que estão por detrás da crise. Mas em vão: isso é o que líderes como José Sócrates e Gordon Brown não estão dispostos a dar--lhes. Isso implicaria romper com o centro-direita (e eles querem apoiar Durão), reconhecer a subalternidade ideológica em que têm vivido, e implicaria confessar: "esquecemo-nos das razões por que éramos de esquerda". Da vitória de Obama nos EUA, só aprenderam o folclore; escapou--lhes a ruptura com um Partido Democrático acomodado, centrista, e sem debate - tão parecido com os partidos deles agora. Ao invés, os actuais líderes socialistas cada vez mais se refugiam na agressividade e na mania da perseguição. E assim não impedem, antes aceleram, a sangria da sua ala esquerda.
Sim, a votação no Bloco de Esquerda (e também, em parte, no PCP) é uma ilustração deste processo. Mas, registados os votos, os contadores voltam agora a zeros, que os eleitores não pertencem a ninguém. Se a esquerda, toda ela, for tão combativa quanto antidogmática, pluralista e aberta, tem agora as pessoas - mesmo as que não são de esquerda - disponíveis para ouvir as suas ideias. Enquanto o CDS discute com as sondagens de ontem e o PSD arranja tácticas dilatórias para que não se veja como estão implicados na crise, este tempo de debate é precioso. Historiador. Deputado eleito pelo Bloco de Esquerda ao Parlamento Europeu.

Anónimo disse...

Comemorações do 10 de Junho
António Barreto exorta o poder a dar “o exemplo”
10.06.2009 - no jornal Público

"O sociólogo António Barreto exortou hoje os diversos poderes, do político ao empresarial, a serem exemplos para o resto da sociedade portuguesa.

No discurso na sessão solene do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Europeias, o presidente da comissão organizadora das comemorações fez várias críticas a algumas opções de Estado — como a guerra colonial —, ao funcionamento das instituições e ao facto de a sociedade portuguesa ainda não ter sabido aplicar parte dos ideais com que fez a democracia.

Pegando no exemplo da “elevadíssima” abstenção das eleições de domingo, Barreto apontou que a cidadania europeia é ainda “uma noção vaga e incerta”, inventada por políticos e juristas, mas que pouco diz ao cidadão comum.

“A sociedade e o estado são ainda excessivamente centralizados. As desigualdades sociais persistem para além do aceitável. A injustiça é perene. A falta de justiça também. O favor ainda vence vezes demais o mérito. O endividamento de todos […] é excessivo e hipoteca a próxima geração”, afirmou António Barreto.

Perante o Presidente da República, o primeiro-ministro, membros do Governo e altas patentes militares, António Barreto — que substituiu o falecido João Bénard da Costa na comissão das comemorações — elogiou, por outro lado, a consolidação do regime democrático — ainda que “recheado de defeitos” —, a evolução da situação das mulheres, a pluralidade da sociedade portuguesa e a filosofia do Estado de protecção social.

O sociólogo defendeu que os portugueses precisam do "exemplo" dos seus heróis — como o que hoje se comemora, Luís de Camões — "mas também dos seus dirigentes". “Porque o exemplo tem efeitos mais duráveis do que qualquer ensino voluntarista”, justificou.

E apelou ao exemplo pela justiça e pela tolerância, pela “honestidade e contra a corrupção”, pela eficácia, pontualidade, atendimento público e civilidade de costumes, contra a decadência moral e cívica, pela recompensa ao mérito e a punição do favoritismo."

Acho que está dito o mais importante!

Dr. Ribeiro (PS de há 30 anos) disse...

Começou a queda da casa de Sócrates

11.06.2009, Helena Matos no jornal Público

Ao primeiro sinal de que o efeito Sócrates se estava a extinguir, as cadeiras do Altis ficaram vazias.

João Cravinho deu o tiro de partida: "o efeito Sócrates só por si já não chega". E de Santarém chegaram-nos imagens de um primeiro-ministro que sabe que a corrida já começou. Nem sequer é a corrida ao seu lugar. O que sempre seria um combate aberto. É sim este desmarcar-se. As derrotas nunca são bonitas de se ver e são ainda mais penosas as derrotas de um líder que em vez de apoiantes tem dependentes.

O PS nunca apoiou Sócrates por aquilo que ele pensava ou defendia, mas sim porque ele lhes garantiu o poder. Sócrates não é para o PS um líder. Como diz Cravinho, Sócrates é um efeito. Um efeito que, valha a verdade, deu uma maioria absoluta ao PS. Mas, sem poder, Sócrates não tem qualquer préstimo para os socialistas - não tem o mundo internacional de Soares e dificilmente lhes pode trazer o prestígio da colocação numa agência internacional como aconteceu com Sampaio e Guterres. O PS está disposto a fechar os olhos a todos os equívocos de Sócrates enquanto existir poder. Assim que o poder se acabar, os socialistas serão os mais violentos nas críticas a tudo aquilo que até agora fizeram de conta que não viram. Sem poder, Sócrates é um embaraço. Por isso, ao primeiro sinal de que o efeito Sócrates se estava a extinguir, as cadeiras do Altis ficaram vazias.
Desconheço que explicações deram ao líder do PS para o desastre dessa noite os muito celebrados especialistas em marketing político que terá contratado e que lhe têm sabido encher os pavilhões dos comícios e escolher o enquadramento em que deve surgir. Mas que muito provavelmente contribuíram para acentuar o seu afastamento das bases do partido e sobretudo para o tornar cada vez mais dependente dessa mesma máquina de propaganda. Durante algum tempo resultou, mas progressivamente o primeiro-ministro foi ficando em delay com o país. Tal como numa novela mexicana, em que os movimentos dos lábios não coincidem com as frases que ouvimos, também o país em que vivemos não coincide com o país de que fala José Sócrates.
Esta captura do discurso político pelos especialistas do marketing levou a este desacerto entre o país real e o país do discurso governamental. Mas não só. Mais do que falar do país, dos seus problemas e discutir seriamente as soluções que propõe, José Sócrates passa de sessões de anúncio para sessões de anúncio, invariavelmente abrilhantadas com figurantes, e fala obsessivamente de notícias, jornalistas, directores de jornais... como se o seu mundo não fosse mais do que isso: ser um efeito. Mas agora que já se ouve que o "efeito Sócrates só por si já não chega" talvez seja o momento para que no Largo do Rato se passe para part time a agência de comunicação e se arranje tempo para ouvir os políticos." Jornalista, helenafmatos@hotmail.com

Ou como dizia o outro,mas sem qualquer conotação ideológica, eu socialista, assino por baixo.